As criptomoedas seguem em pauta no Banco Central do Brasil (BC). 

Após afirmar que está discutindo a regulação dos criptoativos no Brasil junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a autoridade monetária voltou a falar sobre a privacidade das movimentações com moedas digitais.

Mais precisamente, o BC declarou que o anonimato não será uma opção nas negociações de criptoativos no país.

O responsável pela declaração foi o diretor de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do Banco Central, Maurício Moura.

A afirmação foi feita por ele durante sua participação em um congresso promovido pelo Instituto dos Profissionais de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (IPLD).

Conforme noticiou o Valor Econômico na quinta-feira (2), Moura lembrou ainda que a regulação dos ativos digitais vem sendo discutida no Senado, em um Projeto de Lei de autoria do senador Irajá Abreu (PSD-TO).

“Não posso adiantar muito”, disse Moura.

Sobre o assunto, o diretor destacou apenas que cabe aos parlamentares formularem o texto. De qualquer forma, ele garantiu que os envolvidos em negociações de criptomoedas terão sua identidade conhecida “de ponta a ponta”.

“Posso afirmar que o anonimato não será uma opção”, garantiu Moura.

BC muda de ideia sobre regulação de criptomoedas

Vale destacar que, pouco tempo atrás, em maio deste ano, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que as discussões sobre a regulação de criptomoedas eram irrelevantes.

Segundo ele, os ativos digitais em si não são importantes, o que importa é o “network” envolvido. Ou seja, o desenvolvimento dos protocolos nos quais cada criptoativo se baseia. Contudo, ao que parece, a autoridade mudou de ideia quanto ao assunto.

Afinal, em evento na semana passada, Campos Neto afirmou que os brasileiros detêm aproximadamente US$ 40 bilhões em criptoativos. 

Ainda segundo o presidente do BC, a demanda por criptomoedas passa por um “aumento muito grande”.

Apesar disso, executivos do Banco Central têm reafirmado em diversas ocasiões que criptomoedas como o Bitcoin são ativos meramente especulativos.

Além disso, a autoridade monetária faz questão de reiterar que o Real Digital, a moeda digital nacional não é como o Bitcoin.

“As CBDCs não se confundem com criptoativos. O BC mantém a opinião de que os criptoativos são ativos especulativos. Eles trazem alto risco para carteiras dos indivíduos”, disse Fábio Araujo, coordenador do projeto do Real Digital, recentemente.

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