Um grande número de doenças se apresentam no período da infância, e atuar com um certo descaso sobre essas enfermidades pode causar danos graves durante a vida adulta. A Síndrome de Tourette é uma entre esses distúrbios.


Descoberta na França, durante o século XIX, a doença foi identificada pelo médico Georges Gilles de La Tourette, e por esse mal recebeu o nome de Síndrome de Tourette, em homenagem ao profissional clínico francês.


A doença alcança hoje um número relevante de pessoas, atingindo um a cada mil indivíduos, principalmente pessoas de gênero masculino, no que equivale a quase o triplo de pessoas com a síndrome do sexo feminino.


Por mais que não seja um processo aleatório - como um sorteio entre os contratantes de um consórcio que tem direito à uma cota contemplada - o surgimento da doença segue alguns preceitos genéticos, ainda não muito bem identificados.


Antes de especificar as causas e tratamentos, é preciso entender como essa síndrome se comporta em relação ao corpo humano.

No que consiste a Síndrome de Tourette?

A doença de Tourette se apresenta em sua maioria durante o período infantil, entre os 6 e 10 anos, podendo chegar ao seu pico na fase dos 11-12 anos. Um tratamento nesse período permite que a doença seja erradicada ou seus males reduzidos.


Por mais que não exista uma cura para o Tourette, o tratamento de seus sintomas e ao que estão relacionados podem ser identificados por médicos. E quanto mais cedo isso acontecer, melhores serão as chances de adaptação e superação do paciente.


Retirando a necessidade de ter o lençol hospitalar como um parceiro conhecido, devido ao alto período de tempo em que a pessoa adulta passa em um ambiente médico por causa da doença, que poderia ter sido melhor identificada durante a infância.


Sobre a doença em si, a Síndrome de Tourette consiste na realização de movimentos involuntários, sendo algo incontrolável por parte das pessoas atingidas pela doença, como uma atividade inevitável, por ter uma origem direta do organismo.


Entre esses movimentos se destacam diversas modalidades de tiques nervosos, sendo eles tiques sonoros ou relacionados a uma movimentação específica, como uma atividade motora.


As suas causas não são tão fáceis de serem identificadas, como um laudo de periculosidade na construção de um prédio, pois o mapeamento dos seus sintomas passa por questões físicas, genéticas e em alguns casos sociais.


Por isso é importante identificar essa síndrome ainda criança, sendo mais fácil de se mapear as suas causas e agravantes, com base no sistema imunológico dos jovens e em seu convívio social.


A Síndrome de Tourette pode ter origem genética, sendo passada de pai para filho na maioria dos casos, diante a maior probabilidade da doença em pessoas do sexo masculino, sendo uma doença de base neuroquímica.


O Tourette costuma se comportar como uma consequência de um desequilíbrio dos impulsos elétricos no quadro nervoso, causando esses movimentos involuntários, já que a movimentação corporal depende desses estímulos realizados pelo sistema nervoso.


Da mesma forma que um aluguel de cama hospitalar precisa compreender não apenas a quantidade de camas, mas a especificidades desses materiais, com base nas necessidades do hospital. O corpo não consegue se movimentar sem uma motivação.


Esses incentivos, que vão de correr a levantar o braço para alcançar o controle remoto, são desenvolvidos no campo cerebral, que por meio dos impulsos nervosos levam essa ordem para que os músculos realizem uma atividade específica.


A doença de Tourette atua justamente nessa relação, prejudicando a chegada dessa mensagem aos músculos e outras partes do corpo humano, perturbando a identificação da ação desejada, causando-as diversas vezes de forma indesejável.


A causa dos distúrbios ainda é desconhecida, pois mesmo que exista uma indicação sobre a sua origem, como um distúrbio genético, o que motiva o surgimento da síndrome ainda é um mistério para os especialistas.


Não é como se existisse um instrumento capaz de medir a probabilidade de uma pessoa desenvolver a Síndrome de Tourette, como um aparelho para medir pressão arterial, mas caso ela seja identificada na infância, maiores são as chances de amenizar seus sintomas.


Isso porque, além das manifestações físicas, a falta de controle sobre os movimentos corporais é capaz de impactar a vida social do indivíduo, causando transtornos como ansiedade, além de dificultar processos como o de aprendizado ou de sociabilidade.

Sintomas comuns em quem sofre de Tourette

O que engloba os sintomas de quem sofre da Síndrome de Tourette são manifestações corporais involuntárias, tendo origem na movimentação motora ou na realização de sons. Os sintomas mais comuns são:


  • Piscadas frequentes;
  • Movimentos com a cabeça;
  • Espasmos faciais, resultando em caretas;
  • Movimentos com os ombros;
  • Gestos com as mãos, como bater palmas;
  • Chutes, pulos e ações de grande movimentação;
  • Fungar com frequência;
  • Tosses e espirros;
  • Sons e vocalizações guturais;
  • Palavrões e gestos obscenos;
  • Gritos e gemidos;
  • Repetição de palavras e sílabas.

Por não ter uma causa específica, o número de tiques causados em quem sofre de Tourette são inúmeros, afetando o corpo de diferentes maneiras, o que impacta diretamente na vida desses indivíduos, indo além da sua dificuldade em socializar.


O movimento frequente dos ombros, por exemplo, pode prejudicar os músculos e suas articulações relacionadas, sendo necessário a realização de um tratamento de fisioterapia no ombro, para garantir o completo funcionamento dessas regiões, sem danos maiores.

Os tratamentos indicados

Como já foi alertado anteriormente, não existe uma cura para a Síndrome de Tourette, justamente por não se conhecer especificamente a sua causa, mas existem maneiras de amenizar os danos que ela traz para a vida da pessoa afetada.


Não existe como impedir esses movimentos involuntários, como em uma aula no curso direção defensiva, mas um acompanhamento médico permite que esses pacientes tenham acesso a práticas capazes de controlar melhor a intensidade desses impulsos.


Uma supervisão médica desde a infância permite que os médicos identifiquem, por exemplo, quais técnicas podem surtir um melhor efeito na vida do paciente, como por meio de tratamentos físicos, químicos ou até sociais.

Acompanhamento físico

Um fisioterapeuta pode trabalhar com os músculos afetados por esses tiques, como o pescoço em quem movimenta a cabeça com frequência, as articulações dos joelhos nos pacientes que pulam de forma incomum, por aí em diante.


Por exemplo, em um treinamento brigada de incêndio, os bombeiros são ensinados sobre práticas a serem realizadas em possíveis eventualidades que ocorram em um incêndio, de forma a proteger a si mesmo de algum acidente.


É uma situação similar, pois sem a possibilidade de impedir esses tiques nervosos, as pessoas que sofrem de Tourette podem aprender práticas que reduzem os danos causados em seu corpo e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida.


Em alguns casos é até possível restringir esses tiques, por meio de um tratamento químico. Algumas medidas farmacológicas podem ser apresentadas a um paciente de Tourette, como remédios que melhoram a recepção entre as ligações nervosas.


O uso de medicamentos pode ajudar também não só com o tratamento da doença em si, mas com o acompanhamento dos sintomas, e os danos que podem ser causados ao corpo, diante desses movimentos específicos frequentes.

Tratamento químico

Uma medicação específica pode trazer benefícios ao paciente ao lidar, por exemplo, com as crises de ansiedades que acontecem com quem sofre da Síndrome de Tourette. Uma consequência dos sintomas físicos, que acaba por impulsionar o surgimento disso.


As dificuldades em se sociabilizar faz com que o indivíduo que sofre de Tourette desenvolva diversos distúrbios sociais, tais como crises de ansiedade e transtornos obsessivo-compulsivos.

Terapia social

Essas questões podem afetar a inclusão desses indivíduos na sociedade, além de prejudicar processos essenciais para o ser humano, como o desenvolvimento por meio da aprendizagem ou o seu processo de sono.


Os distúrbios sociais não só são causados pelos sintomas da Síndrome de Tourette, como intensifica os seus efeitos, pois uma crise de ansiedade pode desencadear uma perturbação no indivíduo.


Podendo resultar, dessa forma, em um índice maior de casos de coprolalia, a realização de xingamentos e gestos ou palavras obscenas, em alguém que sofre normalmente apenas de tiques específicos, como sons guturais.

Considerações finais

Os sintomas de Tourette são diversos, assim como a complementação entre eles, no caso de alguns pacientes. Mas isso não significa que as pessoas que vivem com o distúrbio não possam ter uma vida comum.


Por meio do tratamento correto, uma pessoa que sofre dessa síndrome pode aprender a conviver com seus impulsos e alcançar as mesmas posições conquistadas por outros indivíduos sociais.


Entre algumas personalidades que convivem com Tourette estão o comediante Dan Aykroyd, da franquia de filmes Caça-Fantasmas, e o autor Brad Cohen, cujo livro Front of the Class, sobre suas memórias pessoais, resultou no filme O Primeiro da Classe (2008).


A Síndrome de Tourette pode ainda ter suas causas desconhecidas pela ciência, mas conviver com a doença não é algo impensável como antes, sendo necessário apenas encontrar o tratamento correto, por meio de um acompanhamento médico.


Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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