A verdade sobre como argumentar melhor: qual é?
Faça uma rápida busca na web. Pesquise termos como “o segredo para argumentar bem” ou “a arte da argumentação”. Verá que aparecem centenas de artigos falando sobre a habilidade de argumentação como algo misterioso ou como um dom.
A verdade sobre como argumentar melhor é uma só: desenvolver a sua comunicação interpessoal.
Argumentar é, na prática, conseguir embasar uma opinião de forma impactante e coerente. É defender uma ideia ou um posicionamento de maneira objetiva e lograr, com isso, a persuasão.
Não existe segredo para argumentar bem: o caminho é investindo em sua capacidade de organizar o raciocínio e a fala, aumentando seu leque de conhecimento e dominando técnicas centrais de oratória.
Também não adianta falar em “arte” ou “dom” de argumentar. Essa competência não é inerente a algumas pessoas (e a outras não). Não é uma vocação que temos ou deixamos de ter. É, sim, algo que se aprende e se deve aprimorar constantemente.
São 7 as técnicas que considero determinantes para desenvolver uma boa capacidade de argumentação. Veja a seguir!
1. Informe-se frequentemente (e com qualidade)
A comunicação tem três pilares centrais: a expressão vocal, a expressão corporal e a mensagem. Isso significa que há duas ações importantes: ter o que falar e saber como transmitir tudo isso.
A primeira técnica se relaciona, então, ao “ter o que falar”. Quanto mais informada uma pessoa está, quando mais atenta às novidades do seu nicho e sua profissão, mais argumentos ela terá e mais fortalecida será a sua mensagem.
Separe um tempo do seu dia para se atualizar, para ler as notícias, para ver a opinião de outros especialistas – nem que seja para discordar deles, ao final. O importante é não se prender a um conhecimento antigo e considerar que tudo muda rapidamente.
2. Desenvolva a escuta ativa
Escutar ativamente é outra técnica indispensável para argumentar bem. Similar ao que vimos no tópico anterior, a escuta leva ao aprendizado, o que, por si só, expande o conhecimento e as ideias que temos sobre determinado assunto.
Mais que isso, escutar ativamente é compreender a sua audiência e, a partir disso, definir as melhores abordagens para persuadi-la, convencê-la.
Em situações de exposição ou conversas cotidianas, preste atenção. Evite distrações, como o celular ou computador. Foque, realmente, no processo comunicativo do qual você faz parte.
3. Tenha estratégias de organização de pensamento
Agora, chegamos ao “como falar”. Não basta ter os melhores argumentos do mundo se você não souber como expressá-los e fazer com que sejam assimilados pelas pessoas com quem dialoga.
Desenvolver estratégias de organização de pensamento é uma das demandas mais urgentes hoje e que impacta profundamente a maneira como as pessoas se expressam. Recursos, como o mapa mental, são eficientes para esse propósito.
4. Comunique-se com assertividade
Não é difícil perceber a agilidade que rege o mundo atual, não é? E a comunicação é um reflexo disso: hoje, nos comunicamos mais rapidamente, assim como consumimos e produzimos conhecimento.
É preciso, portanto, saber aproveitar as oportunidades que temos para argumentar e usar esse tempo da forma mais inteligente possível. A maneira de fazer isso é aplicando a assertividade.
Ser assertivo é ter clareza ao falar, priorizar informações e saber ressaltar o que realmente importa: fatores básicos e intrínsecos à boa argumentação e à capacidade de se comunicar.
5. Aprenda a fazer perguntas
Engana-se quem pensa que o convencimento ou a persuasão estão incluídos em verdades absolutas, afirmações que não dão margem a qualquer tipo de troca. A comunicação, para ser eficiente, tem que acontecer em um processo.
Fazer as perguntas certas pode ser uma estratégia muito mais eficaz do que fazer uma série de afirmações em um monólogo. Perguntas chamam a atenção e, se feitas adequadamente, levam à reflexão e ao convencimento.
6. Saiba interpretar sinais não-verbais
Para definir boas estratégias de argumentação, a atenção aos sinais não-verbais é determinante. Quais sinais são esses? A postura, os gestos, o tom de voz, as expressões faciais…
Tudo isso também comunica algo e pode nos dizer se estamos no caminho certo para uma boa argumentação. Um erro muito comum é, então, focar apenas no que se diz e esquecer de olhar ao redor.
7. Desenvolva a sua dinâmica não-falada
E quanto aos sinais que VOCÊ emite? Eles também têm um papel importante na comunicação e na capacidade de argumentar, especificamente. Se bem utilizada, a sua linguagem não-verbal potencia os seus argumentos, fortalece a sua mensagem.
Aprenda a usar pausas e a alterar o tom de voz. Garanta uma harmonia entre suas expressões faciais e a sua fala. Dê atenção à postura, ao contato visual e aos gestos. Tudo isso será essencial para a sua boa expressão.