Cookies podem ser ferramentas importantes para quem usa internet para fazer negócios e construir uma marca, mas nem sempre são benéficos para os usuários.


Apesar da possibilidade de receber conteúdos mais personalizados por causa dos cookies, a preocupação com o uso dos seus dados pessoais é cada vez mais constante entre os usuários da web.



Levando isso em consideração, o Google anunciou que pretende bloquear o uso de cookie

de terceiros no seu navegador próprio, o Google Chrome. Entenda o que isso significa e como a sua empresa pode contornar esse contratempo.

O que são cookies?

Os cookies são pequenos arquivos de texto que os sites armazenam no computador do usuário quando ele visita uma página. Eles contêm informações sobre as atividades do usuário no site, como:


  • Histórico de pesquisa;

  • Páginas visitadas;

  • Tempo gasto em cada uma delas;

  • Preferências de configuração;

  • Entre outros. 


Alguns dados são usados para personalizar a experiência do usuário e fornecer conteúdo mais relevante e útil, lembrar as informações de login ou manter a sessão ativa. Outros focam em marketing e publicidade, permitindo que a empresa entenda o seu público.


Um site de finanças pode usar cookies para rastrear a navegação de um usuário que pesquisa por cálculo de décimo terceiro, por exemplo, como páginas visitadas e ações realizadas, para entender melhor suas necessidades e interesses. 


Os sites geralmente usam os cookies por meio de um processo automatizado. Quando um usuário visita um site pela primeira vez, um cookie é baixado no computador e armazena informações que serão enviadas de volta ao servidor na próxima visita.


No entanto, é importante notar que nem todos os usuários são confortáveis ​​com a coleta de dados por meio de cookies. Alguns podem optar por desativá-los em seus navegadores ou usar extensões para bloqueá-los. 


Além disso, a maioria dos sites agora é obrigada a divulgar suas políticas de privacidade e coleta de dados e oferecer aos usuários a opção de optar por não serem rastreados.

Cookies de terceiros: como funcionam?

Os cookies de terceiros são colocados em seu computador por um site diferente daquele que você está visitando atualmente, geralmente usados para rastrear suas atividades na web e coletar informações sobre seus interesses e padrões de navegação. 


Eles são criados e gerenciados ​​por empresas de publicidade para exibir anúncios direcionados e personalizados com base nos interesses do usuário. 


Por exemplo, se um usuário estiver pesquisando inspeção NR 13 em um site de segurança industrial, os cookies de terceiros podem coletar informações sobre essa pesquisa e exibir anúncios relacionados a esse tópico em outros sites visitados pelo usuário.


Essa ferramenta, entretanto, pode afetar a privacidade do usuário, uma vez que possibilita a  coleta de informações sobre suas atividades de navegação na web sem o seu conhecimento ou consentimento explícito.

Por que o Google vai desativar os cookies de terceiros?

O Google anunciou que pretende bloquear o uso de cookies de terceiros no Chrome a partir de 2024. Essa mudança ocorre como parte de um esforço mais amplo para proteger a privacidade do usuário e limitar o rastreamento de seus dados de navegação.


Isso é reflexo da crescente preocupação com a privacidade e a pressão de reguladores para limitar o rastreamento de dados de usuários que, muitas vezes, fazem uma pesquisa, como o preço de detectores de tensão, e acabam tendo seus dados roubados.


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo, é uma lei brasileira que entrou em vigor em setembro de 2020 e tem como objetivo proteger os dados pessoais dos usuários. 


Ela estabelece regras claras para a coleta, armazenamento, processamento e compartilhamento de dados pessoais, garantindo que as empresas sejam transparentes e responsáveis em relação ao uso desses dados.


Ao bloquear os cookies de terceiros, o Google está mostrando que está comprometido em respeitar a privacidade dos usuários e em cumprir com as leis de proteção de dados, e a decisão também pode incentivar outras empresas a adotar medidas semelhantes.


A LGPD afeta todas as empresas que lidam com dados pessoais, independentemente do tamanho ou setor de atuação.


Isso significa que até mesmo empresas de pequeno porte, como as que trabalham com locação de impressoras, precisam estar em conformidade com a lei.


A decisão do Google de bloquear cookies de terceiros pode ser vista como um passo importante em direção a uma internet mais privada e segura para os usuários.

O que fazer com o fim desse recurso?

Existem diversas outras formas de obter dados importantes, seja para publicidade ou aprimoramento da experiência de usuário, que não ferem os direitos dos usuários. Acompanhe o artigo e confira algumas delas.

Invista em pesquisas e dados primários

Uma alternativa eficaz para o uso de cookies é a realização de pesquisas e coleta de dados primários, que ajudam as empresas a entender o perfil e o comportamento dos consumidores em relação aos seus produtos ou serviços. 


Essas pesquisas podem ser realizadas por meio de questionários, entrevistas, grupos de foco e outras técnicas de pesquisa, além dos cadastros e formulários diretamente nos sites. 


A principal vantagem desse método é que as empresas não apenas se tornam donas dessas bases de dados, como podem usá-las com tranquilidade, visto que todas as informações foram fornecidas consensualmente pelos usuários.


Uma empresa de segurança eletrônica, por exemplo, pode coletar dados primários por meio de questionários em seu site para entender as necessidades de segurança dos usuários e oferecer soluções personalizadas.

Aposte no conteúdo interativo

Conteúdos interativos são formas de engajamento com o público de maneira ativa, como por exemplo, quizzes e calculadoras. Eles são uma forma divertida de gerar engajamento e aumentar o tempo de permanência do usuário no site.


Além disso, os sites podem usá-los para coletar dados valiosos sobre seus usuários. Uma empresa de locação de betoneira, por exemplo, pode criar uma calculadora online que ajude o usuário a calcular a quantidade de concreto necessária para uma determinada obra.


Para ter acesso à ferramenta, o usuário deve fornecer informações como o tamanho da área a ser concretada, a altura da laje, entre outros, que ajudarão a empresa a traçar um perfil detalhado de seus clientes e direcionar campanhas de marketing mais eficazes.


Os quizzes também são uma forma de coletar informações sobre o usuário, como seus interesses e preferências. A empresa do exemplo pode criar um quiz para ajudar os clientes a identificar quais são os tipos de betoneiras mais adequados para cada tipo de obra. 

Crie conteúdo de valor

O marketing de conteúdo ainda é a estratégia mais eficaz para engajar o público e aumentar o tráfego no site, sem depender da coleta de cookies. 


Através de blogs, vídeos, infográficos e outros formatos de conteúdo, as empresas podem oferecer informações valiosas aos seus usuários, ao mesmo tempo em que coletam dados sobre eles.


Uma empresa que oferece serviços de administração de condomínios pode criar um blog com dicas de gestão condominial para atrair usuários mais propensos a fornecer informações sobre seus interesses e necessidades.


Além disso, o marketing de conteúdo também pode ajudar a estabelecer a autoridade da empresa em seu setor de atuação, atraindo novos clientes e fidelizando os atuais. Isso porque, ao oferecer informações relevantes, a empresa gera confiança e credibilidade.

Estude seu público

Os sites podem estudar o público-alvo através das redes sociais e do histórico de interação com a marca para obter os dados que seriam coletados pelos cookies. 


Uma empresa de projeto elétrico predial, com uma presença forte nas redes sociais, consegue monitorar as interações do seu público, angariando informações que serão úteis para diversos processos de decisão da empresa, muito além do marketing.


Ao analisar as interações dos usuários com a empresa, é possível entender o tempo de permanência no site, as páginas mais visitadas, a frequência de compra, a intenção de compra, a percepção que os clientes têm da marca, entre tantas outras coisas.


Além disso, as redes sociais também permitem que as empresas conheçam seus clientes de forma menos estatística, observando o impacto das interações sociais e movimentos culturais no comportamento de compra dos usuários.


Em momentos como esse, é importante que as empresas apostem na criatividade e busquem tirar proveito da situação.


Ao abraçar a medida positivamente, compreendendo que a invasão de privacidade e uso dos dados é um ponto sensível da interação dos sites com os usuários, as empresas podem proporcionar uma experiência mais agradável aos seus clientes.


Divulgar nas redes que a marca é apoiadora da medida de bloqueio e explicar quando, como e porquê ela pode solicitar dados dos usuários ajuda a criar uma sensação de confiança nos consumidores, que se inclinarão a escolher a empresa ao invés de outras.


Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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