Eletronuclear marca presença no Seminário Internacional de Energia Nuclear
O evento, que tem como tema "Tecnologia nuclear: amiga do clima, do homem e do planeta", coloca em pauta assuntos como a retomada da construção de Angra 3, as oportunidades de negócios no setor e as aplicações dessa tecnologia no meio ambiente, medicina, agricultura e indústria.
Começou na terça-feira (8), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na capital fluminense, o 13º Seminário Internacional de Energia Nuclear (Sien). O evento, que termina hoje (11), tem como tema central “Tecnologia nuclear: amiga do clima, do homem e do planeta”.
Em pauta, assuntos como a retomada da construção de Angra 3, as oportunidades de negócios no setor e as aplicações dessa tecnologia no meio ambiente, medicina, agricultura e indústria.
Principal patrocinadora do evento, a Eletronuclear foi representada na abertura pelo seu presidente, Eduardo Grand Court. Ele destacou que a energia nuclear é uma alternativa limpa para o desenvolvimento do país. “A fonte nuclear opera na base do sistema elétrico. Por isso, sua expansão se torna imperativa. Quando falamos da economia de baixo carbono, não podemos descartar a energia nuclear. É de baixa emissão, gera energia firme e temos experiência comprovada com Angra 1 e 2, que servem de exemplo para outras usinas”, afirmou.
Também presente na abertura, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, ressaltou que a energia nuclear tem papel estratégico na garantia da soberania energética do Brasil. “Estamos falando de uma política de Estado, capacidade científica e tecnológica, competência empresarial e uma soma de fatores que formam um ecossistema irreversível. Precisamos de previsibilidade e continuidade”, salientou.
O engenheiro nuclear Leonam Guimarães, ex-presidente da Eletronuclear e membro do Conselho de Administração da companhia, representou na abertura a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), controladora da operadora da central nuclear de Angra, da Itaipu Binacional e das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). “A ENBPar tem um papel muito importante a desempenhar para tornar realidade as intenções [do setor]”, disse. O executivo também participou da palestra “Custo da energia nuclear x mudanças climáticas – por uma matriz colaborativa”.
Segurança de suprimento
Já o chefe da Assessoria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Expansão da Geração da Eletronuclear, Marcelo Gomes, integrou mesa-redonda sobre o tema “Angra 3 – o marco da retomada – modelo de contrato e novas oportunidades de negócio”.
O especialista enumerou os benefícios de concluir a planta. “Angra 3 é hoje o maior empreendimento de infraestrutura em desenvolvimento no Brasil. [A usina vai] gerar energia de forma despachável, 24 horas por dia, o que traz uma segurança de suprimento grande quando fontes variáveis estão muito presentes no sistema. É preciso ter uma base firme para garantir sua estabilidade”, frisou.
Gomes realçou ainda que Angra 3 é essencial para assegurar a continuidade do programa nuclear brasileiro e a manutenção do know-how do setor, além de trazer benefícios como criação de empregos e geração de impostos e renda para o estado do Rio de Janeiro, sobretudo para Angra dos Reis e região.