Eles são primordiais na qualidade de vida dos seres humanos: os cães-guia. Saiba mais sobre esses companheiros importantes para seus tutores deficientes visuais


Os cães guia são os companheiros das pessoas que possuem deficiência visual, porém, existem algumas coisas que não sabemos sobre eles, mas que vale a pena conhecermos um pouco mais, afinal, fazem um papel super importante. 

Mas como e quando eles surgiram? O que acontece, é que existem duas origens principais. 

A versão mais aceita pelos pesquisadores, e por isso a mais utilizada, é que no início de 1780, no Hospital Lez Quinze-Vingts, cães foram treinados por Josef Riesinger para que fossem ajudantes dos pacientes, pois se tratava de uma unidade médica para cegos.


O fato curioso é que Josef não era médico do Hospital, mas sim, um deficiente visual que treinou tão bem o seu cão, que duvidaram de sua cegueira, mas foi o responsável por treinar outros cães.  


Outra história, dessa vez mais moderna, tem início na 1ª Guerra Mundial, na qual o médico Gerhard Stalling, pensando em ajudar os soldados que voltavam cegos da batalha, treinou vários cães para ajudá-los. 

Independentemente das versões, atualmente, os cães são treinados da mesma forma e dividem-se em três fases. 

  • Na primeira, os cães mais dóceis da ninhada do canil são adotados por uma família que será responsável pelo treinamento inicial, que consiste em obediência e socialização. 

Como ainda são pequenos,  os ensinam os comandos mais simples, mas também a frequentar locais públicos comuns do cotidiano, assim como andar em certos tipos de transporte. Isso inclui ruas, praças, restaurantes, carros, ônibus etc. 

  • Quando completam 1 ano e meio, esses cães voltam ao canil. Nessa segunda fase, que dura de cinco a oito meses, eles começam a receber o adestramento mais voltado para o “trabalho” em si, e por isso é mais focado e intenso e passam a utilizar a guia de fato. 

Desse modo, entendem que quando estão treinando, estão trabalhando. Mas sem a coleira, podem se comportar normalmente. 

  • Na última fase, o cão vai para a casa do seu dono. Porém, durante um mês, o centro de treinamento os acompanha e se certifica de que ambos se adaptaram ao processo. Nesse período, o guia é apresentado à rotina que o acompanhará dali em diante. 

5 curiosidades sobre os cães-guia 

Agora que já sabe o básico sobre esses cães, deu vontade de aprender ainda mais, né? Então é a hora de estar por dentro de cinco curiosidades deles, que provavelmente você não sabia, veja só: 

  1. Labradores e golden retriever são os cachorros mais utilizados como cães guia no Brasil

Apesar de não haver necessariamente uma restrição de raça, é fato que algumas são mais utilizadas. 


Isso porque elas detêm as características essenciais para serem guias perfeitas, ou seja: são dóceis, possuem um bom temperamento e têm porte médio a grande. 


No caso do Brasil, os labradores e golden retriever são os mais comuns e fazem muito bem seu papel, pois apesar de não serem pequeninos e de terem uma certa imponência, obedecem aos comandos e são super inteligentes. 

  1. Eles se aposentam com 08 anos de idade;

Os cães podem viver, em média, de 10 a 15 anos, mas isso depende de muitos fatores, desde raça até condições físicas e qualidade de vida. Porém, os cães-guia se aposentam aos 8 anos de idade. 


A partir dessa idade, eles passam a estar mais próximos da velhice, e com isso, a serem menos atentos e ativos, o que diminui a eficiência de suas atividades como guia, e infelizmente, precisam se desfazer dessa função. 


Apesar do apego emocional e afetivo entre cão e dono, a segurança de ambos precisa prevalecer. E é válido citar que apesar disso, ele não é obrigado a se desfazer do dono, apenas precisa não usá-lo como guia, mas a relação permanece a mesma! 

  1. Ninguém pode proibir a entrada do cão-guia!

É muito importante que os donos conheçam seus direitos, principalmente a Lei n° 11.126, de 2005. Em incontáveis locais, sejam particulares ou públicos, a entrada de cães é estritamente proibida. 

Porém, devido à importância dos cães-guia para seus donos, criou-se essa lei, que assegura a entrada e permanência deles em todos os locais que o deficiente visual queira estar, sem exceção, inclusive em transportes. 


Os donos são, de certa forma, dependentes desses cães para sua segurança, melhor locomoção e qualidade de vida, e isso não se restringe a apenas sua casa ou vias públicas. 


Por esse motivo, estar atento a leis como essa são super importantes, pois evita constrangimento e garante o bem-estar dos donos. 

  1. Nem toda pessoa cega se adapta ao cão-guia

Cães são assim como nós, e às vezes isso é pouco compreendido. O que isso quer dizer? Que eles possuem temperamentos diferentes, humor, comportamentos e hábitos variados. 


E se todas essas características não baterem com as do dono, não há adaptação, e forçá-la não é uma opção.


Outro fator que pode interferir na adaptação, é simplesmente o fato do dono não se acostumar com um cão-guia, e preferir estar por conta própria. 


Nenhuma falta de adequação deve ser vista com maus olhos, o importante é o bem-estar do cão e da pessoa, pois uma relação não saudável não é boa para ninguém. 

  1. Como ele guia o dono?

Como já citamos, os cães guiam seus donos em todos os lugares que eles frequentam. Além disso, eles…


  • Auxiliam a atravessar a rua no momento e local correto, desviando de ocasiões perigosas e atentos aos semáforos; 
  • Ajudam na entrada e saída de transportes públicos;
  • Na locomoção, desviam de obstáculos, pessoas, buracos ou qualquer outro empecilho e obstruções;
  • Assim como são treinados a obedecer, também são orientados a desobedecer, caso a ordem do dono os coloquem em situação de risco; 

Resumidamente, eles fazem o que é preciso para tornar a vida do tutor mais segura, fácil e prática, por conta das restrições causadas pela deficiência. 


Apesar de serem treinados para tais tarefas, um cão ainda é um cão e não pode ou deve apenas realizá-las, sem praticar outras atividades tão importantes para eles, como o lazer, as brincadeiras e momentos de descanso.


Para ter um cão-guia, é necessário respeitar esses momentos para manter uma ótima relação com o bichano, que seja benéfica para ambos. 


E lembre-se: em caso de adoção ou dúvidas de como adquirir um, sempre consulte um profissional veterinário ou uma clínica veterinária 24h.

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