Investir na previdência privada já se provou uma boa ideia.

Por meio desse investimento, que é extremamente democrático - afinal, é possível decidir a quantidade e o valor dos aportes -, as pessoas podem planejar a sua aposentadoria ou mesmo fazer planos de longo prazo para comprar uma casa, um carro ou fazer uma viagem.


Você pode estar se perguntando: ora, se a minha ideia é guardar dinheiro, por que eu não invisto na poupança? A verdade é que a poupança não é considerada de fato um investimento, já que rende muito pouco - e tem rendido cada vez menos com o passar dos anos.


Por conta disso, ela acaba desvalorizando o nosso dinheiro. Na prática, depois de manter certo dinheiro aplicado, você recebe rendimentos tão baixos que não consegue “cobrir” a inflação.


Em bom português: guardar dinheiro na poupança é perder dinheiro em vez de fazê-lo aumentar de volume. Isso é, por inúmeras razões, bastante indesejado.


Quando apostamos na previdência privada, entendemos que o dinheiro aportado será multiplicado, especialmente se ele permanecer investido por dez, quinze ou vinte anos. Ao final de todo o processo de acumulação, receberemos não apenas o que investimos, mas rendimentos que de fato fazem diferença.


Além desse investimento, é sugerido às pessoas que diversifiquem a sua carteira com títulos públicos, ações (para quem se interessa por isso, claro!) e afins. Assim, dentro de uma década, os resultados serão satisfatórios!


Uma pergunta: quanto tempo você demorou para saber sobre investimentos e sobre a importância deles? É por isso que temos que começar, desde cedo, a falar com os nossos filhos sobre liberdade, gastos pensados e responsabilidade financeira.


A importância de começar a poupar cedo

Nos últimos anos, nos deparamos com uma série de crises e instabilidades na economia.


Além das questões políticas e econômicas no cenário internacional, que definitivamente têm impacto na forma como lidamos com os nossos gastos cotidianos e nas possibilidades de emprego, tivemos uma pandemia de proporções assustadoras.


Comércios fecharam, o desemprego aumentou vertiginosamente, o preço dos aluguéis disparou, a comida ficou mais cara… A alta do dólar está aí, também, e cobrando o seu preço nos combustíveis. Para quem tem carro, a mudança nos preços gastos para manter o veículo funcionando foi brusca.


Em situações do gênero, sai na frente quem tem mais controle do próprio dinheiro e quem já estava, digamos assim, preparado para emergências - inclusive com uma reserva financeira, composta por investimentos de liquidez diária e com taxas pequenas.


Quem não tinha uma reserva ou um plano B possivelmente passou por maus bocados. Pode, na verdade, ter contraído dívidas, vendido coisas para conseguir fechar as contas ou mesmo pedido dinheiro emprestado.


Tudo isso, como sabemos, é complicado para a autoestima, para o bem-estar e para  a saúde física e mental de uma pessoa. O estresse financeiro, que chega com tudo quando não conseguimos ter plenitude financeira, pode destroçar psicológicos, famílias e muito mais.


Como se pode ver, habituar-se a guardar (e a fazer render!) o dinheiro é, antes de tudo, se preocupar com situações imprevisíveis. Se estamos minimamente preparados para o desconhecido, sentimos com menos força o impacto de determinadas coisas. E esse deve ser o objetivo!


Por onde começar?

Não é possível, claro, explicar todas as minúcias do mercado financeiro e da economia para as crianças. Isso seria atropelar fases, além de desrespeitar o caminho natural da aprendizagem - não existe falar sobre investimentos e juros compostos sem passar por todo o processo de entender somas, multiplicações, etc.


O que podemos fazer, desde os primeiros anos de vida, é ensinar sobre o valor e o poder do dinheiro. Quando dermos uma nota de dois ou dez reais para as crianças, devemos explicar a elas o que podem fazer com tal dinheiro, o que ganham se guardarem o troco, como isso pode ser acumulado… Tudo isso.


Da mesma forma, vale ser franco sobre as possibilidades financeiras da família sem dramatizar ou criar uma carga negativa sobre aquilo. Explicar que é preciso pagar as contas, de onde vem o dinheiro para comprar um videogame novo e afins aproxima as crianças da realidade da casa, ao mesmo tempo que educa sobre a vida.


É preciso que percamos o medo de falar sobre dinheiro! Por mais que acreditemos que ele não é o mais importante - porque não é, de fato -, vivemos em um mundo onde o dinheiro é troca e possibilidade. Ensinar às crianças sobre isso é, antes de tudo, um ato de amor e respeito.

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