As mudanças na nossa economia e na previdência têm feito com que cada vez mais pessoas busquem formas de guardar dinheiro (e de fazer com que ele cresça). Não por acaso, muitos têm buscado se educar sobre como investir em ações e em demais investimentos de renda fixa ou variável.

Como sabemos, não estamos em um momento econômico muito favorável: a pandemia do novo coronavírus fez com que diversos empreendimentos tivessem que fechar as suas portas, causou demissões em massa e prejudicou tanto trabalhadores em regime fixo quanto freelancers.

Isso não é tudo: tensões internas, relações abaladas com parceiros comerciais e dependência do mercado norte-americano têm feito o real perder valor frente a outras moedas, como o dólar, e aumentado significativamente a inflação.

Na prática, isso significa que o nosso dinheiro está valendo menos e que o nosso poder de consumo diminuiu. Gastamos mais para comprar menos itens e, se insistirmos em formas de guardar dinheiro sem grande retorno, como a poupança, corremos o risco inclusive de perder dinheiro.

Muitos têm se perguntado sobre a possibilidade de, com a aproximação da Black Friday, haver um “aquecimento” na econômica. Trata-se de uma pergunta relevante, especialmente para quem vive do comércio e conta com a data para limpar os estoques e adquirir um bom montante.

A seguir, falaremos um pouco sobre a relação entre a economia e a Black Friday, de acordo com o que dizem especialistas. Confira.

Black Friday 2020: como será?

Primeiro, é preciso que entendamos que o comportamento do consumidor já estava em processo de alteração: no ano passado, as vendas online cresceram 23% no final de semana da Black Friday, que tradicionalmente ocorre na última sexta-feira de novembro.

Com a pandemia, a proibição de aglomerações e os espaços que limitam a entrada de visitantes, a tendência é que as compras virtuais se tornem ainda mais intensas e que sejam dominantes durante o dia da Black Friday (e as datas que a antecedem ou seguem, já que temos semanas inteiras de preços baixos por aqui).

Apesar de tudo isso, há quem diga que pode haver uma reviravolta na história: segundo pesquisa da Criteo, 27% dos 13 mil consumidores entrevistados já se sentem confortáveis para frequentar espaços de comércio, como shopping centers.

Além disso, os menos interessados em tecnologia admitem preferir comprar as coisas pessoalmente, já que podem tirar as suas dúvidas com os vendedores, testar o funcionamento de determinados produtos e comparar, de forma física, os artigos que desejam adquirir.

No que tange a plataforma de compras, existe uma tendência grande de fazer compras pelo celular - assim, empresas que investirem em aplicativos com benefícios, em sites responsivos e similares têm mais chance de ganhar o coração dos consumidores e de fidelizar os indecisos.

Recuperação econômica x Black Friday

De acordo com a Méliuz, uma plataforma de cashback de grande porte, 72% dos consumidores brasileiros têm expectativa de fazer compras durante a Black Friday. O período, que ocorre perto do Natal, é visto como uma possibilidade de adiantar os presentes da família por um preço mais em conta.

Entre os entrevistados, 1,19% afirmaram que não farão parte do evento. Entre os indecisos, um dado interessante: 64% não estão confiantes com relação ao valor dos produtos que serão comercializados.

Para a Criteo, os itens domésticos, como televisores, smartphones, roupas confortáveis para home office, artigos de cozinha, móveis e peças de decoração serão populares entre os consumidores.

A tendência, ao contrário dos anos anteriores, vai na contramão do desejo e fica na necessidade: 42% dos entrevistados querem investir em itens de necessidade.

A Ebit Nielsen, empresa especializada na classificação de e-commerces, as vendas online, durante o ano passado, ultrapassaram os R$3,2 bilhões. Para 2020, a expectativa é que o valor cresça em 20

Assim como outras pesquisas, a Ebit confirmou a tendência do virtual sobre o real: desde março, 85% dos brasileiros que têm acesso à internet fizeram compras pelo celular ou computador. É de se esperar que, durante a Black Friday 2020, a tendência se mantenha.

Ainda é cedo para dizer se os efeitos do evento serão significativos para a economia como um todo: por enquanto, atuamos com projeções e com a ideia de que os brasileiros aproveitarão a data para renovar produtos de necessidade, que têm sido utilizados durante o isolamento social ou o período de home office.

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