A Oncogenética é uma especialidade da genética médica que visa identificar pacientes com tendência a desenvolver câncer futuramente devido a fatores genéticos que podem ser previamente mapeados.

Por meio da Oncogenética é possível adotar medidas que reduzem as chances de a paciente desenvolver o câncer de mama, por exemplo, além de garantir um diagnóstico precoce personalizado devido ao acompanhamento médico antecipado.

Na Oncogenética a paciente passa por uma extensa avaliação com exames laboratoriais que permitem identificar alterações genéticas relevantes no desenvolvimento do câncer. Entenda melhor a seguir.


Qual a importância da Oncogenética no combate ao câncer de mama?

O câncer de mama é a patologia oncológica mais comum entre as mulheres, representando quase 30% dos cânceres e com números anuais de mais de 60 mil novos diagnósticos.

A predisposição genética, como a devido à mutação de um gene, é responsável entre 10 a 15% dos casos de câncer de mama entre mulheres. Ainda que pareça uma proporção baixa, essas pacientes podem ter até 85% de chances de desenvolver a patologia ao longo da vida.

Dependendo do tipo de mutação genética, além do câncer de mama, as mulheres têm até 55% de chances de desenvolver câncer de ovário, o que também demanda acompanhamento médico precoce.

O caso mais conhecido da Oncogenética para minimizar as chances de desenvolver câncer de mama é da atriz Angelina Jolie. Após perder a mãe e a avó materna para o câncer de mama, ela fez exames e identificou que também tinha uma mutação genética no gene BRCA1.

Com isso, as chances de a atriz desenvolver câncer de mama ao longo da vida chegavam a 85% e ela optou pela prevenção por meio da mastectomia profilática bilateral, removendo toda glândula mamária e fazendo a mamoplastia reconstrutiva.

A atriz também tem chances aumentadas de desenvolver câncer de ovário e nesse caso faz acompanho médico periódico.


Genes BRCA-1 e BRCA-2

Os principais genes testados na Oncogenética para verificar a predisposição ao câncer de mama são os BRCA-1 e BRCA-2, responsáveis por controlar o crescimento e proliferação das células da mama. De fato, mutações nesses genes são verificadas em 25% das pacientes com diagnóstico de câncer de mama.

Pode ocorrer da mutação nesses genes ao longo da vida, com a paciente desenvolvendo o câncer de mama, mas sem que ele seja decorrente de uma predisposição genética. Nesses casos, a paciente não passa a mutação genética aos descendentes.

No entanto, existem casos nos quais a pessoa nasce com a mutação genética, podendo desenvolver o câncer ao longo da vida e também passar esse gene aos filhos.

Mas os genes BRCA-1 e BRCA-2 não são os únicos investigados e a Oncogenética já identificou 22 mutações genéticas associadas ao câncer de mama. De forma que se não houver alterações nesses genes específicos, outras investigações devem ser realizadas.


Quando a mulher deve buscar uma investigação Oncogenética?

Ainda que apenas 10 a 15% dos casos de câncer de mama sejamcausados por fatores genéticos, a investigação Oncogenética é indicada para aumentar as chances de prevenção e diagnóstico precoce da patologia, o que no caso do câncer é determinante nas chances de cura.

A recomendação é que pacientes com histórico de câncer de mama na família, seja do lado materno ou paterno, busquem auxílio médico especializado, especialmente se os casos entre os familiares ocorrerem antes dos 45 anos.

Caso o histórico médico familiar indique predisposição ao câncer, independentemente do tipo de tumor, também é recomendado buscar um oncogeneticista. Entre os cuidados preventivos que podem ser adotados destacam-se:

·         Mudanças de hábitos de vida;

·         Terapia hormonal;

·         Exames investigativos com maior recorrência, como mamografia ou ressonância magnética;

·         Em casos específicos, como da atriz Angelina Jolie, pode ser indicada a mastectomia.


A Oncogenética pode beneficiar pacientes com predisposição ao câncer de mama e outras doenças oncológicas com um diagnóstico precoce e personalizado, mas apenas o especialista poderá conduzir essa avaliação e determinar a melhor conduta após a investigação genética.

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