Além de ajudar a combater estresse e ansiedade, atividades físicas fortalecem o sistema imunológico, reduzem dores e ansiedade

“A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o movimento e o exercício físico metódico o preserva” — essa citação do grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina, lembra a importância de se manter fisicamente ativo para conservar a saúde e impedir (ou retardar) a ocorrência de doenças.

Manter o corpo em movimento e cuidar da saúde mental é uma das questões que surgiram para a humanidade durante a quarentena provocada pelo novo coronavírus. Como preservar a saúde física e psíquica dentro de casa durante o isolamento social? 

Atividades simples, como alongamentos e caminhadas, somadas à ginástica e meditação, vêm despontando como as mais recomendadas para cuidar da saúde durante o período de confinamento físico. Para quem realiza home office, é essencial garantir cadeiras confortáveis para trabalhar com bem-estar e, assim, manter a concentração.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de alta intensidade por semana. Essas sugestões podem ser realizadas dentro de casa, com espaço limitado e sem equipamentos especiais.

Inúmeros profissionais de saúde lançaram vídeos em plataformas on-line para tentar ajudar as pessoas a manterem-se saudáveis em meio à pior pandemia do último século que, até o dia 6 de maio, já havia matado mais de 264 mil indivíduos em todo o planeta. Confira algumas razões para manter o corpo em atividade durante o confinamento.

Diminuição de estresse e ansiedade

As incertezas e as preocupações provocadas pela atual pandemia podem aumentar quadros de ansiedade e estresse. Exercícios físicos, desde alongamentos, agachamentos, movimentos de coordenação e de respiração, ioga e pilates, são ótimos para amenizar a sensação de pânico e medo.

A movimentação do corpo ativa o sistema nervoso central, que começa a produzir maiores quantidades de serotonina, dopamina e noradrenalina — neurotransmissores que proporcionam sensações de relaxamento e bom humor. Os efeitos começam imediatamente no início da atividade física e se prolongam por algumas horas, o que também melhora a qualidade do sono.

Melhora da resposta imunológica

Embora não impeça a contaminação pelo novo coronavírus, praticar atividade física de nível moderado é fundamental para garantir melhores respostas imunológicas e reduzir quadros inflamatórios.

O movimento muscular e o aumento da frequência cardíaca tiram as células imunes de seus “pontos de espera”, como baço, pulmão e linfonodos. Essa maior circulação de células imunes prontas para destruir agentes invasores, como vírus, bactérias, fungos e protozoários, fortalece o sistema de defesa do organismo. Exercícios de pelo menos 30 minutos já desencadeiam essa resposta imunológica.

Aumento do metabolismo

A realização de atividades física também aumenta o nosso metabolismo, a energia e a disposição, o que melhora a performance física. Isso é fundamental para quem realiza home office e precisa manter a concentração por algumas horas.

Esse aumento metabólico acontece a partir da liberação de hormônios, que fazem o organismo gastar mais calorias para se manter vivo. A longo prazo, isso ajuda, também, no controle do peso corporal.

Redução de chances de doenças

Atividades físicas são fundamentais para prevenir comorbidades como doenças cardiovasculares, diabetes, contusões, vários tipos de câncer, depressão, osteoporose e até Alzheimer. Além disso, problemas na coluna vertebral e doenças reumáticas, como artrose e fibromialgia, também são amenizados com a prática habitual de exercícios.

Prevenção contra dores 

Dores frequentes por todo o corpo, um desgaste crescente de cartilagens e articulações, perda de massa muscular e de flexibilidade são os principais efeitos de um modo de vida sedentário. Dores nas costas, que afetam até 80% da população mundial, segundo dados da OMS, também são outro efeito da falta de atividades físicas. 

Isso se dá a partir da liberação de endorfina, neurotransmissor liberado pelo cérebro, assim que iniciamos uma atividade física. A endorfina atua como um “anestésico natural”, capaz de regular a percepção da dor por até 72 horas após o exercício. Por isso, manter o corpo em atividade é fundamental não só para reduzir as dores físicas, mas, também, para conservar o bom humor.

Em mulheres, atividades físicas aliviam sintomas da menopausa. Para as grávidas, os exercícios previnem complicações durante o parto e amenizam dores provocadas pela endometriose — distúrbio caracterizado pelo crescimento do endométrio, tecido que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina.
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