Em todo o mundo, pesquisadores estão buscando entender melhor o novo coronavírus. A chegada do inverno pede mais atenção aos cuidados com a saúde e a imunidade.


No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia causada pelo novo coronavírus. Desde então, médicos e cientistas buscam entender como funciona o vírus e quais as complicações da COVID-19 a longo prazo.

Muitos estudos estão tentando encontrar uma possível relação entre o clima e a proliferação do vírus. Até o momento, não há indícios de que o vírus SARS-CoV-2 fique mais forte no inverno. Mesmo assim, é importante manter as medidas para se proteger, como a utilização de máscaras e álcool em gel.

Frio preocupa médicos e especialistas

O vírus não fica mais forte no inverno, mas a chegada da estação preocupa os médicos. Isso porque as condições deixam o ar mais gelado e seco, o que potencializa gripes e quadros respiratórios todos os anos. Assim, especula-se a possibilidade do aumento dos casos da COVID-19.

A baixa temperatura tem um efeito no corpo humano e acaba causando um desarranjo do sistema imunológico. Quando a temperatura interna cai por causa da externa, o metabolismo diminui em determinadas áreas, uma delas são as vias aéreas.

Com essa diminuição, fica mais difícil para as células atuarem no local, gerando uma pré-disposição às infecções. Isso explica o aumento dos casos de viroses, todos os anos, no período do inverno. Ou seja, a queda de imunidade dificulta a luta do metabolismo contra os vírus.

A combinação do ar seco, que provoca sensibilidade nas mucosas, com a mudança de hábito durante as temperaturas baixas podem aumentar os casos da doença. Como as pessoas fecham portas e janelas, o ar ventila menos e os ambientes fechados se tornam mais propícios para a transmissão. 

Alguns cuidados evitam a queda de imunidade:

Aumentar a hidratação por meio da ingestão de líquidos;
Manter uma alimentação balanceada;
Usar creme hidratante para ajudar a preservar a umidade da pele;
Arejar os ambientes, proporcionando maior circulação do ar;
Praticar exercícios;
Usar agasalhos adequados
Proteger as áreas expostas do corpo.

Muitos médicos e pesquisadores estão estudando o vírus. Até o momento, a comunidade científica não entrou em consenso ao relacionar a diminuição ou o aumento de temperatura com os índices de transmissão. 

Enquanto não é possível definir se a temperatura mais baixa aumenta ou não os casos de COVID-19, o melhor é manter os cuidados recomendados pela OMS: cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, usar máscaras, lavar as mãos com frequência e manter uma distância segura em relação às outras pessoas.

População deve evitar ir aos hospitais

Os casos de pessoas que buscam hospitais por causa de síndromes respiratórias e viroses aumentam no inverno. Esse cenário não é uma novidade para os médicos, que se preparam para receber um maior número de pacientes, principalmente, crianças. 

No entanto, como há uma pandemia, esses locais possuem alto nível de transmissibilidade do novo coronavírus. Para evitar a busca pelos hospitais, os governos adiantaram a aplicação da vacina da H1N1. O objetivo da medida é evitar um aumento de casos da gripe e facilitar a identificação da COVID-19. 

A população deve permanecer em casa, fazendo o isolamento social sempre que possível. Em caso de sintomas leves, deve-se esperar e analisar se há alguma evolução. Optar por uma teleconsulta é a melhor alternativa para não se expor nas unidades básicas de saúde (UBS) e de pronto atendimento.

É importante conhecer os diferentes sintomas da COVID-19, da gripe e da rinite, evitando sair de casa sem necessidade. Veja as especificidades de cada uma a seguir. 

COVID-19

A maior parte dos infectados pelo novo coronavírus apresenta sintomas leves, como febre, tosse e fadiga, podendo evoluir para uma pneumonia. Congestão nasal, dificuldade para respirar, diarreia, perda do paladar e do olfato também são sintomas da COVID-19.

Gripe

Alguns sintomas da gripe se assemelham aos do coronavírus, como tosse, febre, congestão nasal, fadiga e dor de cabeça. Entretanto, é muito comum que a gripe gere dores musculares, o que não acontece nos casos de COVID-19.

Rinite

A rinite é uma síndrome respiratória alérgica que aparece mais intensamente no outono e no inverno. Os sintomas estão muito relacionados aos espirros, congestão nasal, coriza, irritação nos olhos e coceira no nariz, nos olhos ou na garganta. Ela não costuma apresentar sintomas como febre ou tosse.
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