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Inteligência Artificial detecta sinais de doenças que humanos não podem enxergar

Tecnologia tem permitido identificar doenças precocemente a partir da análise de comportamento e sinais imperceptíveis aos humanos.

Apesar de todos os potenciais da inteligência artificial não terem sido descobertos ainda, cada vez mais as pesquisas indicam que essa tecnologia será determinante na vida humana nas próximas décadas, incluindo com a descoberta precoce de doenças, antes mesmo dos sinais mais claros.

O aprendizado de máquina, área da IA, tem permitido que os softwares fiquem mais inteligentes e com isso possam identificar mudanças sutis na saúde dos pacientes a partir da análise de bancos de dados.

Em geral, o que ocorre é que um software é programado para identificar padrões e alterações sutis em grandes conjuntos de dados de pacientes diagnosticados. Em seguida, a efetividade dos programas é testada para que eles consigam fazer diagnósticos antes da manifestação da doença.

Como a inteligência artificial pode ajudar a medicina?

Atualmente, as pesquisas com inteligência artificial voltadas à saúde já apresentam diversos avanços que podem ser determinantes no acesso à saúde futuramente, tornando os diagnósticos mais precisos e precoces e auxiliando os pacientes antes mesmo dos sintomas se manifestarem. Conheça algumas iniciativas a seguir.

Sintomas do olhar
Diversas pesquisas de IA tem sido realizadas a partir das informações reveladas pelo olhar. Um estudo do Google treinou um software de IA com 284.335 exames de retina de pacientes com o objetivo de identificar chances de um ataque cardíaco.
O sistema procura padrões no cruzamento de vasos sanguíneos que foram aprendidos nos casos nos quais o ataque cardíaco realmente aconteceu. Dessa forma, a condição pode ser prevista e combatida antes mesmo que ocorra.

Monitoramento via paredes
Outra inovação viável com a IA permite o diagnóstico precoce de doenças como mal de Parkinson, depressão, enfisema, problemas cardíacos e demência. Isso ocorre por meio de um sistema de monitoramento que pode ser instalado nas paredes de casa para fazer o acompanhamento de todos os sinais vitais do paciente.
As ondas eletromagnéticas refletem no corpo do paciente e monitora os movimentos diários, tornando possível a percepção de mudanças sutis como taxas de respiração, padrões de sono e movimento, batimentos cardíacos etc.

A partir disso, pode-se identificar alterações na saúde do paciente mesmo que a mudança seja quase imperceptível, o que demoraria anos até a condição se manifestar e pode ser identificada pelos médicos.

Características da face
Uma pesquisa realizada tem usado os dados da face do paciente para identificar doenças raras. A partir da análise de 17 mil fotografias avaliando 216 condições genéticas, o software tornou-se capaz de perceber pequenas alterações na face que indicam problemas específicos e difíceis de serem percebidos pelos médicos.

No teste, o software acertou 91% dos diagnósticos e superou a taxa de acerto da equipe médica no caso de condições como a síndrome de Angelman e de Cornelia de Lange.

Metabolismo cerebral
Exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética já ajudam nos diagnósticos médicos há décadas, mas uma pesquisa tem usado esses exames para identificar padrões no metabolismo cerebral que permitam identificar precocemente doenças como Alzheimer e câncer.

Um exemplo é a partir da captação de glicose por determinadas regiões do cérebro, condição que pode ocorre no início do Alzheimer. A partir do banco de dados, o algoritmo detectou a doença, em média, seis anos antes do que os médicos, viabilizando um tratamento precoce.

Sinais da fala
Uma área que tem demandado mais atenção da Medicina é a de saúde mental, visto que há um número crescente de casos de distúrbios mentais, afetando 25% da população global. 

Um estudo utilizando aprendizado de máquina permitiu identificar precocemente essas condições a partir de indícios presentes na fala, como escolha das palavras, tom de voz e nuances da linguagem.
Além de identificar a condição, a IA também tem sido usada para fazer a análise dos pacientes, avaliando o estado emocional a partir dos pontos faciais. Por meio da tecnologia é possível identificar se ele está deprimido, ansioso ou sofrendo de transtorno de estresse pós-traumático, o que permite uma atuação mais proativa dos médicos responsáveis.

Impacto da IA na redução de erros médicos
A tecnologia, portanto, tem sido uma importante aliada na área médica. Além de contribuir nos tratamentos e diagnósticos, cada vez mais ela pode ser usada de forma autônoma.

Muitas pessoas já realizam o monitoramento de sinais vitais por meio de dispositivos vestíveis e outros aparelhos, no entanto, a contribuição da IA é justamente na análise desses dados e comparação com outros casos, permitindo identificar padrões e fazer diagnósticos.

Os exames que auxiliam os médicos na emissão de diagnósticos também começam a ser analisados pelas máquinas, pois enquanto o profissional da saúde foca em determinada suspeita, a IA faz uma varredura completa das nuances em cada exame.

O resultado do uso da tecnologia é um maior acerto nos diagnósticos, minimizando os erros médicos nessa etapa que é determinante no encaminhamento do tratamento e chances de vida do paciente.

Atualmente, algumas tecnologias como a telerradiologia já tem viabilizado uma investigação mais especializada dos exames de imagem, no entanto, a expectativa é que a IA intensifique essas transformações na área médica beneficiando pacientes e profissionais da saúde.

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