Descubra a psicologia do brasileiro e por que sentimos tanto.
Descubra a psicologia do brasileiro e por que sentimos tanto. Aprenda a usar sua inteligência emocional e cultura a seu favor com técnicas práticas de gestão.

Olá, sou Alessandro Turci, fundador do SHD: Seja Hoje Diferente, referência em Autoconhecimento, Desenvolvimento Pessoal e Profissional. Sou Líder de TI Industrial, Especialista em Metodologias Ágeis e um entusiasta convicto do Desenho Humano. Aqui, compartilho reflexões e histórias reais que nascem de diálogos profundos com amigos, leitores e, principalmente, com os consultantes que me procuram em busca de clareza em meio ao caos. 

Cada conversa é uma semente que floresce em conteúdo, inspiração e transformação. Hoje, uso minha visão prática e holística para guiar você através da complexa e fascinante psicologia do brasileiro e entender por que somos uma nação que sente tudo com tanta intensidade.

Muitas vezes, aqui na sala de TI na Zona Leste de São Paulo, enquanto observo a dinâmica da fábrica onde atuo como Líder de TI, percebo algo peculiar. A técnica, o código e o hardware são lógicos, binários e frios. Mas quem opera tudo isso somos nós, brasileiros. E nós não somos binários. Nós somos analógicos, somos ondas, somos picos de emoção. Nascido em 1976, no ano do dragão de fogo, e sendo um canceriano raiz, sinto na pele essa característica nacional. A psicologia do brasileiro não pode ser explicada apenas pelos livros europeus ou norte-americanos, porque nossa base cultural é a mistura, o calor e a proximidade.

Vivemos em um país onde o pessoal e o profissional se misturam com uma facilidade assustadora. Sérgio Buarque de Holanda cunhou o termo homem cordial, não no sentido de ser gentil, mas de agir pelo coração, pelo afeto, seja para amar ou para odiar. Isso explica por que sentimos tanto. A nossa inteligência emocional é testada diariamente não pela falta de emoção, mas pelo excesso dela. Em São Paulo, essa locomotiva do país, vejo pessoas que carregam o peso do mundo nos ombros, sentindo a dor do colega, a raiva do trânsito e a euforia da sexta-feira com a mesma magnitude avassaladora.

Como projetor no sistema do Desenho Humano, minha mecânica natural é absorver e ampliar a energia do outro para poder guiá-lo. Isso me fez perceber que a intensidade emocional do brasileiro é, ao mesmo tempo, nossa maior força e nossa maior fraqueza. Quando não gerida, ela vira a famosa síndrome de vira-lata, onde nos sentimos inferiores e reagimos com vitimismo. Mas quando compreendida, ela vira resiliência, criatividade e aquela capacidade única de dar um jeito em tudo.

No meu dia a dia, equilibrando a gestão de um CPD industrial, o casamento com a Solange e a criação das minhas filhas, Brenda e Mylena, aplico a filosofia de analisar, pesquisar, questionar e concluir para não me afogar nesse mar de sentimentos. Aprendi que metodologias como o Mindfulness não servem para parar de sentir, mas para criar um espaço de respiro entre o estímulo e a resposta. A neurociência das emoções culturais nos mostra que nosso cérebro foi treinado socialmente para buscar conexão a qualquer custo, e isso muitas vezes nos custa a paz mental.

Para lidar com isso, trago o conceito do 5S para dentro da mente. O Seiri, senso de utilização, é vital: essa emoção que estou sentindo agora é útil? Ela resolve o problema ou apenas aumenta meu sofrimento? Muitas vezes, nós brasileiros sofremos por antecipação ou por dores que nem são nossas. Aplicar um filtro racional, quase como um firewall de TI, é essencial para sobrevivermos emocionalmente saudáveis em um ambiente tão carregado.

Recentemente, tive uma conversa muito marcante via WhatsApp com uma consultante que chamarei de Cláudia para preservar o sigilo. Ela me procurou em um estado de exaustão emocional típica. Ela dizia que no ambiente de trabalho dela, uma empresa familiar, tudo era levado para o lado pessoal. Se ela cobrava um prazo, o colega ficava de mal. Se o chefe estava estressado, gritava como se estivesse em casa. Cláudia me perguntou: 

Alessandro, como eu posso ser profissional se todo mundo ao meu redor age como criança ferida? Eu sinto a energia pesada e volto para casa destruída.

Respondi à Cláudia aplicando uma mistura de consultoria prática e acolhimento. Disse a ela que a primeira coisa a fazer era desenhar uma barreira imaginária, mas sólida. Sugeri a técnica da dissociação da PNL. Pedi para que, quando o caos emocional começasse, ela imaginasse que estava assistindo àquela cena em uma tela de cinema, em preto e branco, e que ela estava sentada na poltrona, segura, apenas observando o filme. Isso ajuda a baixar a temperatura da reação límbica.

Além disso, recomendei que ela usasse a Comunicação Não Violenta (CNV) como ferramenta de sobrevivência. Em vez de reagir à emoção do outro, ela deveria nomear o fato. Ensinei um roteiro simples: quando você grita (fato), eu me sinto desrespeitada (sentimento), porque preciso de um ambiente calmo para produzir (necessidade), então, por favor, podemos falar mais baixo? (pedido). A linguagem técnica e direta muitas vezes desarma o drama emocional brasileiro.

Também sugeri que ela fizesse o Time Blocking não só para tarefas, mas para a recuperação emocional. A cada duas horas, ela deveria sair do ambiente, nem que fosse para ir ao banheiro, respirar fundo e lembrar quem ela é fora daquele cenário. Disse a ela: Cláudia, sua empatia é um dom, mas sem bordas, ela vira veneno. Você precisa aprender a diferença entre sentir com o outro e sentir pelo outro.

Essa conversa me fez refletir profundamente sobre minha própria trajetória. Lembro-me de quando comecei como office boy no escritório de advocacia do meu pai, na Zona Leste. Eu via os clientes chegarem carregados de problemas, chorando, brigando. Eu, menino, absorvia aquilo. Depois, na metalúrgica, a emoção era outra: a pressão da produção, o medo do erro. Levei anos e muitos estudos de psicologia e teologia para entender que eu não precisava carregar o mundo. A minha coleção de discos de vinil e a Quinta Sinfonia de Beethoven, que escuto quase todo dia, tornaram-se meu refúgio, meu ponto de aterrissagem onde a emoção é sublime e não caótica.

O autoconhecimento para brasileiros passa obrigatoriamente por entender nosso Desenho Humano. Se você é um Gerador, sua sacralidade responde ao ambiente; se o ambiente é frustrante, você vibra frustração. Se é um Manifestor, a interrupção constante da nossa cultura invasiva gera raiva. O Refletor, então, é o termômetro do caos nacional. E nós, Projetores, sentimos o amargor de não sermos reconhecidos em uma cultura que valoriza quem faz muito barulho e não quem vê longe. Entender seu tipo é a chave para parar de sentir o que não é seu.

Para consolidar esse entendimento, separei três perguntas frequentes que recebo e que podem ajudar a clarear seu caminho.

Ser emotivo atrapalha minha carreira corporativa?

A resposta curta é que depende da sua gestão. Emoção é energia; se canalizada para paixão e engajamento, é ouro. Se virar drama, é âncora. 

Como o brasileiro pode treinar a frieza sem perder a humanidade? 

Respondendo diretamente, não busque frieza, busque temperança. O estoicismo nos ensina a controlar a reação, não a extinguir o sentimento. 

Por que sofremos tanto com a opinião dos outros?

Culturalmente, somos um povo gregário. Nossa sobrevivência histórica dependia do grupo. Aceitar que nem todos vão gostar de você é o primeiro passo para a liberdade emocional.

Em conclusão, a psicologia do brasileiro é um terreno fértil e vulcânico. Sentimos tanto porque somos vivos, pulsantes e conectados. Mas, como Líder de TI e estudante das leis da mente, garanto que você não precisa ser refém dessa intensidade. Ao aplicar metodologias ágeis em sua vida pessoal, fazendo retrospectivas semanais do que sentiu e como reagiu, você ganha dados para melhorar. 

A expansão da consciência vem de integrar nossa natureza calorosa com a frieza estratégica da razão. Que possamos usar nosso coração gigante não para sofrer, mas para impulsionar nossa evolução e a de quem está ao nosso redor, respeitando a mecânica única de cada tipo energético.

Anotação de Estudo: Anote em seu caderno que a intensidade emocional não é um defeito, é uma característica cultural e biológica que precisa de gestão. Pratique a dissociação da PNL (ver-se em terceira pessoa) em momentos de conflito para retomar o controle racional.

Poder da Palavra: Aqui estão as 3 palavras para pesquisa no SHD: Inteligência Emocional, Psicologia Cultural, Autoconhecimento.

Sentiu a energia deste artigo? Não interrompa sua transformação agora: antes de sair, mergulhe ainda mais fundo explorando outro conteúdo do Seja Hoje Diferente e mantenha vivo o impulso da mudança. 

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1 Comentários

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  1. Que mensagem poderosa! Ela valoriza a intensidade emocional do brasileiro e mostra como transformar essa característica em força prática, usando inteligência emocional e cultura como aliados na gestão e no crescimento pessoal.

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