Descubra por que você se sente exausto mesmo sendo competente. Aprenda a identificar seus verdadeiros pontos fortes além das técnicas tradicionais.
Saudações, Auto Desenvolvedor. Este texto sobre Como Identificar Seus Verdadeiros Pontos Fortes é um convite para uma jornada completa de crescimento, não apenas no autoconhecimento, mas também no desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual. Aqui você encontrará reflexões e histórias reais que nascem de diálogos profundos com amigos, leitores e, sobretudo, com os consultantes que me procuram. Cada conversa é uma semente que floresce em conteúdo, inspiração e transformação, mostrando que evoluir é integrar experiências, aprender com os outros e descobrir que o verdadeiro desenvolvimento se revela na prática diária de viver com propósito e consciência.
Muitas vezes, caminhamos pela vida carregando uma mochila pesada, cheia de ferramentas que nos disseram ser essenciais, mas que, no fundo, apenas nos cansam. Eu sei bem como é isso. Nascido e criado na Zona Leste de São Paulo, comecei minha jornada profissional muito cedo, como office boy no escritório de advocacia do meu pai. Dali, passei por chão de fábrica, fui ajudante geral em metalúrgica, repositor de materiais de construção e auxiliar de produção. Em cada uma dessas etapas, fui treinado para ser competente, para executar tarefas com precisão. Mas ser competente não é o mesmo que usar seus pontos fortes. É exatamente sobre essa distinção vital que quero conversar com você hoje.
Vivemos em uma era de otimização excessiva. Aqui em São Paulo, e acredito que na maior parte do mundo conectado, somos bombardeados por listas de habilidades que devemos dominar para ter sucesso. O mercado pede agilidade, pede liderança, pede resiliência. E nós, obedientes, corremos atrás de cursos e certificações. No entanto, raramente paramos para analisar, pesquisar, questionar e concluir se aquilo que estamos aprendendo ressoa com a nossa essência ou se é apenas uma camada de verniz sobre uma madeira que não suporta aquele acabamento.
Como analista de Desenho Humano e líder de TI, aprendi a olhar para as pessoas não como recursos que preenchem uma planilha de excel, mas como sistemas energéticos complexos. Um erro comum no desenvolvimento pessoal é confundir habilidade com ponto forte. Habilidade é algo que você aprende a fazer bem feito através da repetição. Ponto forte é algo que, quando você faz, você se sente energizado, fortalecido e ansioso para fazer de novo. Você pode ser extremamente habilidoso em preencher planilhas complexas e odiar cada segundo disso. Isso não é um ponto forte; é uma fraqueza competente. E nada drena mais a nossa bateria vital do que passar a vida exercendo fraquezas competentes.
Recentemente, tive uma conversa reveladora via WhatsApp com um leitor consultante que ilustra perfeitamente esse dilema. Vou chamá-lo de Carlos para manter o sigilo profissional. Carlos me procurou em um estado de quase burnout. Ele é gerente financeiro em uma grande empresa, ganha bem, tem estabilidade, mas sente um vazio imenso aos domingos à noite. Ele me disse:
Alessandro, eu sou muito bom no que faço. Todos elogiam minha capacidade analítica e minha organização. Por que me sinto tão miserável? Se esses são meus pontos fortes, eu não deveria estar feliz?
Respondi ao Carlos aplicando a filosofia SHD: Analisar, Pesquisar, Questionar e Concluir. Pedi que ele fizesse um exercício de auto-observação, um journaling focado, durante uma semana. A instrução era simples: anote não o que você fez bem, mas como você se sentiu enquanto fazia. Questione a origem da satisfação. A satisfação veio da tarefa em si ou do alívio de ter terminado? Carlos descobriu que sua organização impecável era, na verdade, um mecanismo de defesa contra a ansiedade, e não um talento natural que gerava fluxo criativo. O que realmente acendia os olhos dele era treinar os estagiários, mentorar a equipe, explicar conceitos complexos de forma simples. O ponto forte dele não era a planilha, era a didática e a liderança empática.
Para ajudar o Carlos, e agora você, a sair dessa armadilha, sugeri uma abordagem prática que mistura técnicas de Coaching com a profundidade do autoconhecimento.
Primeiro, esqueça os testes padronizados por um momento. Eles são úteis, sim, mas muitas vezes nos dão rótulos estáticos. A vida é dinâmica. Utilize a técnica da Linha do Tempo Pessoal. Pegue um papel e trace uma linha desde sua infância até hoje. Marque os momentos em que você se sentiu invencível, em que o tempo pareceu parar enquanto você executava uma atividade. Pode ter sido montando um Lego, organizando uma festa na escola, ou resolvendo um problema complexo no trabalho. O que essas situações têm em comum? É ali que residem seus talentos ocultos.
Outra estratégia poderosa é o Feedback 360 Graus Informal. Pergunte a três pessoas de sua confiança (um amigo, um familiar e um colega de trabalho): Qual é aquela coisa que eu faço que parece fácil para mim, mas é difícil para os outros?
Muitas vezes, nossos maiores pontos fortes são tão naturais para nós que nem os percebemos como talentos. Achamos que, se é fácil para nós, deve ser fácil para todo mundo. Isso é a cegueira do especialista. Eu mesmo, como Projetor no Desenho Humano, demorei para aceitar que minha capacidade de ver o sistema, de guiar e direcionar, era meu maior trunfo, e não a minha capacidade de carregar caixas ou operar máquinas, coisas que fiz por anos na indústria.
A neurociência nos mostra que, quando utilizamos nossos pontos fortes, nosso cérebro libera dopamina e serotonina, neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem-estar. Isso cria um ciclo virtuoso de alta performance e saúde mental. Por outro lado, forçar-se constantemente em áreas de não-talento eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Portanto, identificar seus pontos fortes não é apenas uma estratégia de carreira, é uma questão de saúde pública e pessoal.
Trazendo isso para a minha realidade pessoal, aplico esses conceitos diariamente em minha casa na Zona Leste. Tenho duas filhas, a Brenda, nascida em 2003, e a Mylena, de 2011. Observar o desenvolvimento delas é um laboratório fascinante de pontos fortes. A Brenda sempre teve uma inclinação natural para a comunicação e a arte, enquanto a Mylena demonstra uma lógica afiada e uma curiosidade técnica. Seria um erro terrível tentar moldá-las à minha imagem e semelhança ou forçá-las a seguir caminhos que a sociedade dita como seguros se isso for contra a natureza delas. Como pai e como alguém que estuda Astrologia e Desenho Humano, meu papel é criar um ambiente seguro para que esses talentos floresçam, aplicando o conceito de Kaizen, a melhoria contínua, mas respeitando o ritmo e a essência de cada uma.
E como isso se conecta com o Desenho Humano? Essa ferramenta é um divisor de águas na identificação de pontos fortes porque ela não olha para o que você aprendeu, mas para como sua energia funciona mecanicamente. Vamos analisar brevemente como identificar a natureza dos seus pontos fortes através dos cinco tipos energéticos.
Se você é um Gerador, seus pontos fortes estão ligados à sua resposta sacral. Seu talento se revela naquilo que lhe dá satisfação imediata ao fazer. Você é o construtor do mundo. Se sente frustração, é sinal de que está usando sua energia em algo que não é seu ponto forte real.
Para os Geradores Manifestantes, a lógica é similar, mas com uma necessidade de eficiência e multitarefa. Seu ponto forte é encontrar o caminho mais rápido para a realização, pulando etapas desnecessárias. A raiva e a frustração surgem quando você é forçado a ir devagar demais ou a focar em uma única coisa que não brilha seus olhos.
Para os Projetores, como eu, os pontos fortes não estão na execução massiva, mas na orientação. Nosso talento é ver o outro, ver o sistema, identificar onde o fluxo está bloqueado. O sucesso é nossa assinatura. Se estamos amargurados, é porque estamos tentando trabalhar como Geradores, ignorando nossa sabedoria inata de guiar.
Os Manifestores têm o ponto forte da iniciação. Eles são os que abrem caminhos, que trazem o novo. A raiva neles surge quando são controlados. O talento deles é impactar e informar, não necessariamente ficar para a manutenção do que foi criado.
E, finalmente, os Refletores, os mais raros, têm o ponto forte da avaliação e da sabedoria. Eles espelham a saúde da comunidade. Seu talento é a objetividade total e a capacidade de sentir o ambiente. A surpresa é sua assinatura; a decepção é o sinal de alerta.
No meu trabalho como Líder de TI, utilizo metodologias ágeis como Kanban e Scrum não apenas para gerenciar projetos, mas para gerenciar talentos. Um time de alta performance não é aquele onde todos são bons em tudo, mas onde cada um joga na sua posição de força. Uso a Matriz SWOT Pessoal com minha equipe, mas com uma adaptação: focamos 80% do tempo em potencializar as Forças e as Oportunidades, e apenas 20% em gerenciar as Fraquezas para que elas não nos sabotem. A ideia de que devemos corrigir todas as nossas fraquezas é um mito da era industrial. Na era do conhecimento e da IA, você deve ser excelente naquilo que já é naturalmente bom e delegar ou usar tecnologia para cobrir o resto.
Reflito muito sobre isso enquanto ouço minha coleção de discos de vinil ou minhas MP3s no celular. A música é uma âncora poderosa para mim. Quando preciso de energia para enfrentar um desafio técnico no CPD, coloco um rock mais pesado. Quando preciso de clareza para escrever ou aconselhar alguém, busco algo mais instrumental. Conhecer o que altera seu estado emocional para melhor é, também, uma forma de autoconhecimento e uma ferramenta para acessar seus pontos fortes sob demanda.
Para consolidar nosso entendimento, separei três perguntas frequentes que recebo sobre este tema, respondidas de forma direta, ao estilo AEO, para que você tenha clareza imediata.
É possível criar um ponto forte do zero ou nós já nascemos com eles?
Você nasce com talentos (potencial natural), mas um ponto forte é o resultado desse talento multiplicado pelo investimento (tempo, estudo, prática). Você pode adquirir habilidades do zero, mas dificilmente elas se tornarão pontos fortes de classe mundial se não houver uma base natural de talento e interesse genuíno por trás. O esforço compensa, mas o talento potencializa a velocidade do resultado.
Meus pontos fortes podem mudar ao longo da vida?
A essência dos seus talentos tende a ser estável, mas a forma como eles se manifestam muda drasticamente. O que era habilidade de liderar brincadeiras na infância vira gestão de projetos na vida adulta. Além disso, novas experiências podem destravar talentos que estavam adormecidos. O autoconhecimento é um processo contínuo de descoberta, não um destino final estático.
Devo focar apenas nos meus pontos fortes e ignorar minhas fraquezas?
Ignorar totalmente as fraquezas é perigoso se elas forem críticas para sua função ou convivência. O segredo é gerenciar as fraquezas para que elas atinjam um nível aceitável de não-interferência, enquanto você investe pesadamente em maximizar seus pontos fortes. No SHD, chamamos isso de gestão de danos versus alavancagem de potência. Ninguém é lembrado por ser mediano em tudo, mas sim por ser excepcional em algo.
Concluindo nossa conversa de hoje, quero reforçar que identificar seus pontos fortes é um ato de coragem. Exige que você pare de tentar ser quem os outros esperam e comece a ser quem você realmente é. Minha visão, combinando a lógica de um profissional de TI com a sensibilidade de um estudioso do comportamento humano, é que a tecnologia e as metodologias ágeis estão aqui para nos servir, para nos libertar das tarefas repetitivas e nos permitir focar no que temos de mais humano: nossa criatividade, nossa empatia e nossa capacidade única de resolver problemas. Seja você um Gerador, Projetor, Manifestor ou Refletor, o mundo precisa da sua melhor versão, não de uma cópia cansada de outra pessoa.
Anotação de Estudo para seu caderno de evolução:
Diferencie Habilidade de Talento. Habilidade é competência (sei fazer); Talento é energia (amo fazer e aprendo rápido). Para descobrir seus pontos fortes, monitore sua energia, não apenas seus resultados. Use o feedback de terceiros para identificar o que é óbvio para você, mas mágico para os outros. Aplique a regra 80/20: invista 80% do tempo aprimorando o que já é forte.
Poder da Palavra - Termos para pesquisa no SHD: Autoconhecimento, Desenho Humano, Propósito.
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