Descubra por que a paixão cega é a armadilha do século! Eu, nascido em 76, vi a TI e a vida virarem o jogo.
Descubra por que a paixão cega é a armadilha do século! Eu, nascido em 76, vi a TI e a vida virarem o jogo. Pare de sustentar o sonho alheio!

Saudações, Auto Desenvolvedor! Neste texto sobre estratégia e emoção trago a vocês leitores do SHD: Seja Hoje Diferente uma reflexão forjada na minha jornada, que começou muito antes dos smartphones e das metodologias ágeis. Minha história, que se inicia em 14 de julho de 1976, me deu a chance de presenciar as mais radicais transformações socioculturais e tecnológicas no Brasil e no mundo. Vi o disco de vinil dar lugar ao cassete, ao CD e, finalmente, ao streaming; vi a tela verde do terminal evoluir para a ubiquidade da TI. E, no meio de tudo isso, aprendi uma lição de vida e carreira que se tornou um pilar: quem vive de emoção sustenta quem vive de estratégias.

A frase, que soa um tanto dura, é um espelho de como a Neuro-Linguística (PNL), a Lei do Novo Pensamento e a Psicologia se encontram com a prática da vida. A PNL nos ensina que o nosso mapa não é o território. As nossas emoções são, muitas vezes, apenas as reações fisiológicas e mentais a esse mapa interno, cheio de crenças e pressupostos nem sempre alinhados com a realidade externa. Viver "de emoção" é permitir que esse mapa subjetivo, muitas vezes reativo e não examinado, dite todas as suas decisões, tanto as pequenas quanto as que definem o futuro. É o impulso do "eu mereço" na hora da compra desnecessária ou o "eu sinto que vai dar certo" sem um plano de ação concreto.

O que percebi, especialmente ao longo da minha carreira na TI Industrial, onde entrei em 2001 e assumi a liderança do antigo CPD em 2008 – em uma fabricante de tomadas e interruptores –, é que a estratégia é a arte de criar um mapa que seja o mais próximo possível do território, um plano que antecipe as variáveis. A Lei do Novo Pensamento, com sua ênfase na capacidade da mente de moldar a realidade, não prega o pensamento mágico desconectado do esforço. Pelo contrário, ela sugere que, para manifestar o desejo, é preciso primeiro ter clareza, o que é um ato de profunda estratégia mental e não apenas de fervor emocional. O pensamento focado e a visualização são ferramentas de PNL e Novo Pensamento que se tornam poderosas apenas quando acopladas a um plano tangível.

Nas décadas de 80 e 90, o Brasil vivia sob o signo da instabilidade econômica. A emoção que dominava era a da incerteza, do "viver o hoje" devido à hiperinflação. No ambiente de trabalho, especialmente na indústria, o foco era a estabilidade e a eficiência repetitiva. As estratégias eram rígidas, tradicionais – como as metodologias em cascata que aprendi e apliquei – e altamente hierárquicas. O profissional de TI da época, como eu, que estava passando por vários cargos antes de liderar o CPD, precisava ter uma mentalidade de executor, de quem segue o plano mestre à risca. A emoção era tolerada, mas a estratégia de permanência era crucial.

Com a virada do milênio, nos anos 2000, e a explosão da internet, o jogo começou a mudar. O mundo tornou-se mais ágil, e as metodologias que eu estudo e aplico hoje — as metodologias ágeis (Scrum, Kanban) – surgiram como uma resposta estratégica à complexidade e à velocidade da mudança. Se o método tradicional era um castelo de pedra (estável, mas lento), o método ágil é uma tenda forte (adaptável e rápida). Essa transição, que vivi em tempo real na minha fábrica de tomadas e interruptores, me fez entender que a estratégia não é a ausência de emoção, mas a inteligência para direcioná-la. A Psicologia, com a ascensão da Inteligência Emocional, validou essa visão: a emoção mal canalizada é ruína; a emoção compreendida e gerida é combustível estratégico.

O Desenho Humano, um estudo que integra a sabedoria do I-Ching, Cabala, Astrologia e Chakras, nos oferece um mapa de como a nossa energia e autoridade de tomada de decisão funcionam. Em sua essência, ele ensina que a nossa "verdadeira" autoridade (o que deve guiar a decisão) é muitas vezes não-emocional. Para quem tem autoridade emocional, a estratégia é clara: esperar. Não tomar decisões sob a onda emocional. Isso é o ápice da estratégia: saber quando agir e, mais importante, quando não agir. É um lembrete profundo de que a impulsividade emocional é a base de muitas decisões ruins.

No contexto cultural brasileiro, temos o famoso "jeitinho brasileiro", que é, por vezes, uma tática emocional de curto prazo, um improviso. É a emoção (o medo de falhar, a pressa, a esperteza) tentando se sobrepor à estratégia (o planejamento, a ética, a transparência). No entanto, o desenvolvimento pessoal e profissional que acompanhei mostra que o mercado de trabalho e as relações pessoais valorizam cada vez mais a competência estratégica. Não basta querer; é preciso saber como chegar. Minhas especializações e a evolução do antigo CPD para uma TI moderna e ágil são provas disso. A emoção de "querer inovar" é inútil sem a estratégia de "como implementar essa inovação" com o mínimo de risco.

O Brasil de hoje, com a instabilidade política e a aceleração digital, exige uma mentalidade de estrategista. As pessoas que vivem de emoção, que se endividam por impulso, que mudam de carreira a cada seis meses por tédio, que se deixam manipular pela raiva ou euforia das redes sociais, estão, de fato, sustentando um ecossistema de negócios e indivíduos que operam com estratégia fria e calculada. Seja a estratégia de marketing que apela à sua carência emocional para vender um produto ou o empregador que se aproveita da sua paixão cega por um projeto para te submeter a condições ruins. A filosofia nos ensina, desde os estoicos, que o domínio sobre a reação emocional é a única verdadeira liberdade.

Curiosidades regionais mostram esse contraste: o fervor emocional do Carnaval ou do futebol (emoção pura) convive com a rigidez estratégica e o planejamento meticuloso de grandes players do agronegócio ou da indústria de base (estratégia pura). O ponto não é abolir a alegria ou a paixão, mas sim entender que elas devem ser celebradas nos momentos certos, e não utilizadas como bússola para decisões estruturais. A emoção é um belo tempero; a estratégia é a receita completa.

A minha jornada, desde os anos 80, passando por diversas funções na fábrica até liderar a TI, foi uma lição constante de que é preciso planejar, medir e adaptar. As metodologias ágeis, que adotei e adaptei à realidade da TI Industrial, são a prova de que a estratégia mais eficaz é aquela que sabe incorporar o feedback rápido, ou seja, que usa a informação (e não a emoção) para fazer o próximo movimento. Meu desenvolvimento, que me levou do velho CPD para a liderança da TI, se deu ao transformar a paixão por tecnologia em um conjunto de habilidades estratégicas e de liderança.

O verdadeiro autoconhecimento é a capacidade de distinguir a voz da emoção momentânea da voz da sabedoria estratégica. É aqui que eu convido o leitor, você, auto desenvolvedor, a fazer o exercício final com a filosofia SHD.

Analisar: Qual é a diferença real entre uma decisão puramente emocional e uma decisão baseada em dados e planejamento em sua vida pessoal e profissional? Eu estou agindo por impulso ou por propósito?

Pesquisar: Quais crenças limitantes, identificadas pela PNL, estão por trás das minhas reações emocionais mais custosas? E o que a Psicologia diz sobre o gatilho que me faz agir sem pensar?

Questionar: O que eu perdi na vida por ter agido apenas pela emoção? Quem ganhou com a minha falta de estratégia? O meu Desenho Humano sugere que eu espere a onda emocional passar?

Concluir: Qual é o primeiro passo estratégico (pequeno, ágil e concreto) que posso dar hoje para substituir um hábito puramente emocional por um hábito planejado e consciente?

O caminho para o sucesso sustentável é pavimentado com decisões estratégicas, não com boas intenções emocionais. Use sua emoção para te dar energia, mas use sua estratégia para te dar direção.

As três principais palavras sobre o tema para pesquisar no SHD: Estratégia, Emoção e PNL.

Inside para anotação ao caderno de estudo:
"A estratégia não elimina a emoção, ela a utiliza como motor e não como volante. Minha autoridade de decisão deve ser racional ou, se for emocional, precisa de tempo (esperar a onda passar), conforme me ensinam os estudos do Desenho Humano e da Inteligência Emocional."
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