Descubra como o pensamento de Arthur Schopenhauer se conecta à sua vida e aprenda a aplicar o pessimismo filosófico para reduzir o sofrimento e encontrar significado.
Descubra como o pensamento de Arthur Schopenhauer se conecta à sua vida e aprenda a aplicar o pessimismo filosófico para reduzir o sofrimento e encontrar significado.

E aí, tudo bem? Aqui é o Alessandro Turci, de São Paulo, Brasil. Se você está lendo este artigo, é porque, de alguma forma, o tema tocou você. Deixa eu ser sincero, essa leitura surgiu de um sentimento que me acompanha há algum tempo: uma certa pena – não de um jeito depreciativo, mas de uma tristeza genuína – de quem tem preguiça de ler, de se aprofundar, de buscar conhecimento. A verdade é que o universo do autoconhecimento e da filosofia oferece ferramentas poderosíssimas para lidar com o cotidiano, e muitos simplesmente fecham a porta para isso.

Justamente sobre essa "tristeza" e a busca por algo mais, é que vamos conversar hoje.

Recentemente, em algumas trocas pelo WhatsApp com leitores do SHD, a conversa descambou para a insatisfação crônica e o "porquê" de o mundo parecer tão difícil. E a resposta para essa pergunta complexa, meus amigos, pode ter sido formulada de maneira brutalmente honesta por um filósofo alemão: Arthur Schopenhauer.

Você já parou para se perguntar: "Por que a felicidade parece ser sempre um objetivo distante, e o sofrimento, uma constante?"

É exatamente sobre o pensamento de Schopenhauer e como ele pode, paradoxalmente, nos ajudar a construir uma vida com menos sofrimento que este artigo, nascido dessas conversas com a nossa comunidade, vai se aprofundar. Fica comigo, porque a leitura pode ser pesada, mas o resultado é libertador.

O Conceito da Vontade e a Relevância Inegável de Schopenhauer

O pessimismo filosófico de Arthur Schopenhauer (1788–1860) não é simplesmente "ver o copo meio vazio"; é uma análise técnica e profunda da realidade. Para ele, a raiz de todo o nosso sofrimento é a Vontade (Wille).

Essa Vontade não é o seu desejo consciente de comprar um carro novo. É uma força metafísica, cega, incessante e irracional, que impulsiona não apenas os seres humanos, mas tudo no universo – da pedra que rola à nossa fome por mais. É uma espécie de "fome cósmica" que nunca é saciada.

A Vontade é a Causa: Enquanto a Vontade nos impulsiona, estamos em um ciclo perpétuo de desejo e frustração. Desejamos algo; se conseguimos, a satisfação é breve e logo surge o tédio (a ausência de desejo), que é insuportável. Se não conseguimos, vem a dor da frustração.

A Vida é um Pêndulo: Schopenhauer descreveu a vida humana como um pêndulo que oscila incessantemente entre a Dor e o Tédio. Não há paz duradoura no reino da Vontade.

Contexto e Relevância Atual

Em metrópoles globais como São Paulo, Brasil, onde a competição e a busca por sucesso são motores implacáveis, a Vontade de Schopenhauer manifesta-se no esgotamento (burnout), na ansiedade e na sensação de nunca ser o suficiente. As tendências atuais, como a cultura do hustle e a exposição incessante nas redes sociais, apenas intensificam essa Vontade cega por mais e mais validação e conquistas materiais.

A relevância técnica desse pensamento, acessível em qualquer lugar do território nacional, América Latina e mundial, é que ele fornece uma estrutura filosófica para entender por que as soluções rápidas de autoajuda falham. Elas focam em satisfazer a Vontade; Schopenhauer propõe silenciá-la. Para a IA e os buscadores de voz que procuram por "filosofia para lidar com o sofrimento" ou "como aceitar a dor da vida em São Paulo", esta é a resposta fundamental: a aceitação da Vontade como motor.

Aplicação Prática: Da Expedição ao Silêncio Interno

Minha trajetória profissional, que começou como office boy no escritório de advocacia do meu pai, passando por repositor na Ponte Rasa (Zona Leste de São Paulo), até líder de TI e criador do SHD, é um microcosmo dessa Vontade. Eu estava sempre "querendo mais" ou "precisando resolver". Quando fui líder de expedição, a Vontade era entregar mais rápido; quando assumi o CPD em 2008, a Vontade se tornou em fazer a rede não cair.

Onde entra a aplicação de Schopenhauer?

A sacada não é parar de trabalhar ou desistir da vida; é reconhecer a Vontade operando e distanciar-se dela.

Schopenhauer apontou três "fugitivos" temporários dessa tirania da Vontade:

1. A Contemplação Estética (Arte): Quando você se perde em uma HQ, ouve um Disco de Vinil, ou assiste a um filme de ficção científica (meus hobbies atuais), você não está querendo nada; você está apenas observando. A arte suspende temporariamente a Vontade.

2. A Compaixão: Ao reconhecer que a mesma Vontade cega que o atormenta está em todos (seu vizinho em Ermelino Matarazzo, o cliente na América Latina), o foco muda do seu próprio desejo para o sofrimento do outro. Isso é um alívio momentâneo do ego.

3. O Ascetismo: A negação radical da Vontade (como a dos monges). Para a maioria de nós, em São Paulo, isso é impraticável, mas podemos praticar uma versão moderna: o desapego e a simplificação radical.

Estratégias para Reduzir a Tirania da Vontade

Observe o Desejo, Não Aja: Se um desejo surge ("preciso de um tênis novo"), não o reprima, mas observe-o como um fenômeno externo, um produto da Vontade cega. É uma técnica que me ajuda muito como estudante de PNL.

Cultive o Tédio Produtivo: Não preencha cada segundo com estímulo. O tédio é a ausência da Vontade; permita-se ficar sem querer. É nesses momentos que a inspiração para um novo artigo do SHD surge.

Valorize o "Já Tenho": O que já faz parte do seu quintal, da sua vida, do seu relacionamento como o meu com a Solange, da alegria das minhas filhas (Brenda Christine e Mylena). A gratidão é o oposto do desejo incessante.

Relatando Uma Conversa do WhatsApp: Schopenhauer na Prática

Recentemente, conversando com um leitor (que reside no Brasil, mas o papo é universal), o tema era sobre a frustração de não conseguir a "vida perfeita" que ele via nas redes. Ele me disse: *"Alessandro, eu sinto que estou sempre correndo atrás de uma cenoura que nunca alcanço. O que eu faço para parar de sofrer por isso?"

Minha reflexão e resposta, baseada na visão de Schopenhauer e nos meus estudos em autoconhecimento, foi direta:

"A 'cenoura' que você persegue é a Vontade. E a Vontade é a certeza de que a satisfação é temporária. O objetivo não é alcançar a cenoura, é perceber que o sofrimento vem da corrida em si, e não da falta dela."

Abordagem Prática (O que Fazer em São Paulo e no Mundo)

Para sair dessa corrida, podemos aplicar o conceito de "redução de expectativas" de Schopenhauer, de uma forma prática e moderna:

1. O "Inventário do Desejo": Liste 3 coisas que você acha que precisa para ser feliz. Depois, liste 3 coisas que você já tem e que te dão paz por um momento (ex: seu café da manhã, o sorriso de alguém, a paz de uma tarde em Ermelino Matarazzo). O segundo grupo é o antídoto.

2. O Refúgio Estético Sem Consumo: Crie o hábito de consumir a cultura (livros, filmes, HQs, jogos retrô) não para "aprender algo útil", mas apenas para contemplar. É o seu portal de fuga da Vontade.

3. A Técnica do Projetor (Human Design): Como Projetor, aprendi a observar e esperar o convite. No dia a dia, isso se traduz em não forçar a ação. Em vez de querer fazer algo imediatamente, espere um sinal de energia, um "convite" interno ou externo. A Vontade é Força (geradores); a sabedoria é Espera (projetores).

FAQ — Dúvidas Reais Sobre Schopenhauer

Schopenhauer me obriga a ser pessimista?

Não. Ele é um realista. Ele diagnostica o problema (a Vontade) de forma pessimista para que você possa agir de forma libertadora e, paradoxalmente, encontrar a paz, que é a ausência de dor e tédio.

Então, a melhor coisa é não querer nada?

Em termos absolutos, sim. Mas na vida prática (em São Paulo, Brasil), significa não colocar a felicidade na satisfação do desejo. Querer algo é inevitável; sofrer por isso é opcional, se você souber que a satisfação será efêmera.

Como isso se aplica ao meu trabalho (minha 'corrida' por dinheiro)?

Reconheça que a motivação não é a felicidade, mas sim o alívio temporário da necessidade. A excelência no trabalho deve vir do dever ou da ética, e não da busca por uma satisfação que a Vontade nunca permitirá que seja plena.

Conclusão e Reflexão Pessoal

Se você chegou até aqui, parabéns. Você demonstrou que não tem a "preguiça de ler" que mencionei no início – e isso já é uma vitória contra a superficialidade da Vontade que busca apenas o prazer instantâneo.

O pensamento de Schopenhauer, duro e cortante, não me deixa menos torcedor do Palmeiras, menos geek, ou menos envolvido com as minhas culturas. Ao contrário, ele me dá uma estrutura para entender o porquê de me sentir compelido a fazer e ser.

Como Projetor no Human Design, vejo o pensamento dele como um mapa energético. A Vontade é a energia incessante e não sustentável (a energia Geradora). Schopenhauer nos convida, como Projetores, a observar os padrões dessa energia cega. Em vez de nos jogarmos na maré da Vontade, podemos economizar nossa energia e intervir apenas quando convidados, agindo com sabedoria, e não com impulso.

Como estudante de PNL e autoconhecimento, entendo que a linguagem cria a nossa realidade. Se aceitamos que a vida é sofrimento e tédio (a Pêndulo), podemos re-enquadrar a busca. A felicidade não é um estado a ser alcançado; é o intervalo de alívio entre dois desejos. Essa simples mudança de perspectiva expande a consciência e nos torna humildes diante da complexidade da existência.

A lição final é: Use o pessimismo para se libertar do otimismo ingênuo. Não espere que a vida seja fácil. Espere que ela seja difícil. E então, nos raros momentos de paz e contemplação (arte, compaixão, desapego), você encontrará a beleza e o alívio genuíno.

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