Reflexão sincera sobre amor, arrependimento e gratidão: como honrar nossa mãe e ser uma pessoa melhor, mesmo após a despedida.
Olá, tudo bem? Eu sou Alessandro Turci, criador do SHD – Seja Hoje Diferente. Hoje quero abrir meu coração e compartilhar uma reflexão profunda e dolorosa: “Fui um bom filho à minha mãe, mas poderia ter sido melhor.”
Minha mãe, Ivone, faleceu em março de 2023.
Desde então, muitas memórias têm voltado — algumas felizes, outras cheias de saudade, e algumas que me fazem refletir sobre o que eu poderia ter feito diferente.
Se você já perdeu alguém querido, sabe como esses sentimentos podem nos consumir.
Quando criança, nas férias em Peruíbe, minha mãe me levava para a casa dos meus avós, um lugar que parecia mágico, com plantação de morangos, árvores frutíferas e aquele cheiro de maresia misturado com o da terra molhada.
Essas lembranças me aquecem o coração, mas também me lembram de como o tempo passa rápido e de como, muitas vezes, deixamos palavras e gestos para depois — um depois que pode nunca chegar.
Neste artigo, quero compartilhar minhas reflexões, aprendizados e lições, na esperança de que elas inspirem você a valorizar quem ama, enquanto ainda há tempo.
A Dor Silenciosa do “Poderia Ter Sido Melhor”
Quando perdemos alguém, sempre surge a pergunta: “Será que eu fiz tudo o que podia?”
Eu sei que fui um bom filho. Sempre estive por perto, ajudei em muitas fases difíceis e tentei ser presente.
Mas, olhando agora, vejo momentos em que o trabalho, as responsabilidades e até mesmo minhas próprias preocupações me afastaram emocionalmente.
No SHD – Seja Hoje Diferente, falo muito sobre autoconhecimento e consciência emocional, mas a verdade é que, na correria do dia a dia, às vezes esquecemos de aplicar esses conceitos com quem mais amamos.
“Se você quer ser feliz, precisa aprender a valorizar as pessoas enquanto elas estão ao seu lado.”
— Inspirado em uma lição de Bruce Lee: “O que importa não é quanto tempo você vive, mas como você vive.”
Minha mãe me ensinou sobre resiliência, mesmo sem usar essa palavra.
Ela enfrentou dores, perdas e dificuldades, e ainda assim encontrava formas de sorrir.
Hoje, percebo que poderia ter dito mais vezes: “Mãe, eu te amo”, ou simplesmente ter escutado com mais atenção suas histórias e preocupações.
Lições que Aprendi Após a Despedida
1. O Tempo É Um Presente, Não Uma Garantia
Por muitos anos, acreditei que sempre haveria uma próxima visita, uma próxima conversa, um próximo aniversário.
Mas a vida não funciona assim.
Percebi que cada momento com quem amamos é único e irrepetível.
No trabalho, costumo usar técnicas como Time Blocking para organizar meu dia.
Hoje, aplico essa mesma ideia na vida pessoal: reservar tempo de qualidade para minha família, como um compromisso sagrado, inadiável.
2. Escutar É Mais Poderoso Que Falar
Quantas vezes interrompi minha mãe para dar conselhos, quando ela só queria ser ouvida?
Essa foi uma das minhas maiores lições: escutar é um ato de amor.
Agora, busco aplicar o Mindfulness — estar totalmente presente, sem celular, sem distrações — quando converso com minhas filhas ou com Solange.
Isso cria uma conexão verdadeira, algo que aprendi tarde, mas que ainda posso praticar.
3. Pequenos Gestos Fazem Grande Diferença
Lembro de quando eu era criança e minha mãe fazia bolos simples, mas cheios de carinho.
Ela não tinha muito, mas sempre encontrava um jeito de nos fazer sentir especiais.
Hoje, percebo que não são os presentes caros que importam, e sim os gestos simples:
- Um abraço apertado.
- Uma mensagem inesperada.
- Uma xícara de café compartilhada.
São esses momentos que ficam na memória e no coração.
4. Honrar Quem Partiu Através das Suas Escolhas
A perda da minha mãe me fez refletir sobre a filosofia SHD: Analisar, Pesquisar, Questionar e Concluir.
Como posso honrar sua memória?
A resposta que encontrei foi: vivendo de forma diferente, melhorando um pouco a cada dia.
Ayrton Senna dizia: “Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si."
Essa frase me inspira a aplicar, não apenas na carreira, mas também na forma como me relaciono com minha família.
Hoje, tento ser o melhor pai que posso para a Brenda e a Mylena, mostrando através das minhas atitudes tudo o que aprendi com minha mãe.
Curiosidade Nostálgica
Nos anos 80 e 90, minha mãe me levava à loja de disco do bairro, um lugar que despertou em mim a paixão por música e coleções de vinil.
Esses passeios não eram apenas compras — eram momentos de conexão e descobertas.
Até hoje, quando coloco um vinil para tocar, sinto como se ela estivesse por perto, sorrindo.
FAQ – Perguntas Frequentes
1. É normal sentir arrependimento após a perda de um ente querido?
Sim. O arrependimento faz parte do luto, mas pode ser transformado em aprendizado e crescimento emocional.
2. Como posso honrar a memória de quem partiu?
Vivendo de forma alinhada aos valores que a pessoa representava e mantendo viva a gratidão por tudo o que ela fez por você.
3. Como lidar com a saudade no dia a dia?
Crie pequenos rituais, como ouvir músicas que trazem boas lembranças ou visitar lugares especiais, para transformar a saudade em uma forma de conexão.
4. Ainda posso me reconciliar emocionalmente com minha mãe, mesmo após sua partida?
Sim. Escreva cartas, faça meditações ou simplesmente converse com ela em pensamento.
Esses atos ajudam a trazer paz e cura interior.
Conclusão
Fui um bom filho à minha mãe, mas poderia ter sido melhor.
Essa frase não é apenas um lamento, mas também um compromisso com o futuro.
Cada escolha que faço hoje é uma forma de honrar sua memória e de me tornar uma pessoa melhor para aqueles que ainda estão ao meu lado.
Se você tem sua mãe viva, não espere o amanhã para demonstrar seu amor.
Se ela já partiu, transforme a saudade em força para viver de forma diferente, assim como eu tenho feito no SHD – Seja Hoje Diferente.
A vida é como um vinil antigo: cada faixa é única, com suas alegrias e tristezas, e cabe a nós ouvir com atenção e gratidão.
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E você? Já refletiu sobre como tem demonstrado amor à sua mãe?
Compartilhe sua história nos comentários. Sua experiência pode inspirar alguém a valorizar mais o presente enquanto ainda há tempo.
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