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Descubra a evolução da alimentação no Brasil entre 1960 e 2020 e como isso afeta nossa saúde e estilo de vida atualmente.

Descubra a evolução da alimentação no Brasil entre 1960 e 2020 e como isso afeta nossa saúde e estilo de vida atualmente.

Olá amigos do SHD: Seja Hoje Diferente, hoje para vocês trago uma viagem saborosa e reflexiva pelos caminhos da nossa alimentação, desde os tempos dos anos 60 até os dias de hoje. Quando penso em como a comida era preparada na casa dos meus pais, me vem à mente aquele cheirinho de comida feita com calma, com ingredientes frescos, direto da feira ou do quintal. Não havia pressa, nem micro-ondas. A comida era, antes de tudo, um ritual de conexão. Mas, o que aconteceu com a nossa forma de comer ao longo dessas décadas?

Entre os anos 1960 e 1980, o Brasil ainda era predominantemente rural. Muitas famílias preparavam seus próprios alimentos, cultivavam hortas e compravam direto dos pequenos produtores. Arroz, feijão, farinha, ovos caipiras, carne de açougue e legumes da feira compunham a base alimentar. Refrigerantes eram raros e caros, reservados para aniversários ou visitas. A industrialização dos alimentos era incipiente, e a TV — que começava a se popularizar — ainda não influenciava tanto nossas decisões alimentares. Aliás, você sabia que o leite era entregue em garrafas de vidro nas casas e fervido antes de consumir? Esse hábito simples era um símbolo de outro tempo, onde o alimento ainda carregava a presença do produtor.

Já nos anos 1990, com a urbanização acelerada e a entrada de grandes redes de supermercados, começamos a consumir mais produtos industrializados, congelados e embutidos. A correria da vida urbana exigia praticidade, e as marcas entenderam isso. O que era uma panela de feijão no fogo por horas virou um sachê pronto em 2 minutos no micro-ondas. Mas será que essa praticidade custou algo à nossa saúde? Sim, e a ciência tem mostrado isso. O aumento do consumo de alimentos ultraprocessados está diretamente ligado ao crescimento dos índices de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. Segundo um estudo da Fiocruz, os brasileiros passaram de consumir 20% de ultraprocessados nos anos 80 para mais de 50% em algumas faixas etárias a partir de 2010. Um dado preocupante, mas que também serve de alerta.

De 2000 a 2020, a tecnologia passou a ditar nosso ritmo. Aplicativos de entrega, dietas da moda, superalimentos e uma enxurrada de informações nutricionais passaram a influenciar nossas escolhas. Mas, ao mesmo tempo, surgiu um movimento de retorno às raízes: a valorização dos alimentos orgânicos, da comida feita em casa, da compra em feiras e do resgate de receitas antigas da vovó. É um paradoxo interessante: ao mesmo tempo em que aumentamos o consumo de fast food, também aumentamos o interesse por uma alimentação mais consciente.

Será que estamos nos afastando do verdadeiro significado de comer bem? Comer bem é mais do que contar calorias ou seguir a dieta da internet. É reconhecer o valor afetivo da comida, sua história e impacto na nossa saúde física e emocional. É lembrar que muitas vezes um simples prato de arroz, feijão e ovo pode ser mais nutritivo do que um lanche caro e cheio de marketing.

Uma curiosidade que me surpreendeu: o Brasil foi o primeiro país do mundo a incluir a palavra “afeto” em seu Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014. Isso mostra que alimentar-se bem vai além do conteúdo do prato — é sobre cultura, memória, pertencimento.

Te convido agora a fazer um exercício simples: reflita sobre o que você comeu na última semana. Quantas dessas refeições foram feitas em casa, com ingredientes minimamente processados? Você parou para saborear ou comeu na frente da tela, distraído? Essa simples observação pode revelar muito sobre o seu atual relacionamento com a comida.

Outra pergunta que pode mudar sua percepção: quando foi a última vez que você cozinhou uma receita que aprendeu com alguém da sua família? Tente reviver esse momento. Resgatar memórias afetivas através da comida é um caminho para mais presença e significado no cotidiano.

Não posso deixar de lembrar de uma frase marcante da chef e pesquisadora Bela Gil: “Você pode sim substituir ingredientes na sua receita, mas nunca o afeto que você coloca nela.” Essa ideia se conecta profundamente com a essência do SHD: trazer mais presença, consciência e sentido à vida, mesmo nas tarefas mais simples, como preparar um prato.

A mudança nos hábitos alimentares entre 1960 e 2020 é um retrato claro da transformação da sociedade brasileira. Compreender essa evolução é essencial para que possamos fazer escolhas mais conscientes no presente. Afinal, somos o que comemos — e também somos o que escolhemos preservar de nossa cultura, valores e história à mesa.

Sucesso, saúde, proteção e paz! 

Alessandro Turci

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