Um estudo da Juniper Research mediu os prejuízos globais do tráfego inválido, cujo um dos pontos é a fraude
Roubo de senha do cartão de crédito, sites falsos e golpes de vagas de emprego estão entre os tópicos mais comentados quando o assunto é crime no mundo digital. O que muitos não se atentam é que o foco de cibercriminosos não é somente a pessoa física. Empresas também são alvo de fraudadores e perdem boa parte de seus orçamentos para atividades fraudulentas. Métodos sofisticados que imitam o comportamento humano e tem por objetivo enganar anunciantes e drenar seus budgets de mídia são constantemente desenvolvidos.
Tamirys Collis, gerente de marketing LATAM da TrafficGuard, startup que atua globalmente no combate de tráfego inválido em anúncios digitais, aponta que ao passo que a tecnologia avança, os criminosos se adaptam."O grande ponto é que as equipes de segurança pensam em uma estratégia macro e esquecem áreas mais vulneráveis, como é o caso do marketing. Geralmente, há um investimento grande em sistemas, firewall, autenticação em dois fatores, criptografia, detecção e prevenção de intrusões, mas a fraude nos anúncios digitais ainda não é prioridade para muitas empresas. Trazendo em números o tamanho do problema, o tráfego inválido vai custar US$ 100 bilhões globalmente em 2023, de acordo com a Juniper Research. Isso quer dizer que anunciantes do mundo todo vão perder R$ 500 bilhões para fraude, ", explica.
Portanto, o monitoramento constante e a prevenção de tráfego inválido nos anúncios digitais é essencial e precisa ser considerado no mix de marketing das marcas que investem em publicidade online.
Muito além do desperdício de orçamento, a fraude traz graves consequências para anunciantes em suas estratégias de growth e aquisição de novos usuários. “Sem conhecimento em tempo real da qualidade do tráfego, existe o risco de que as campanhas sejam otimizadas, considerando canais e fontes que fornecem uma alta proporção de cliques fraudulentos, colocando em risco o sucesso da campanha”, explica a especialista.
Outra consequência é a queda na receita, uma vez que ao invés de atingir usuários reais com grandes chances de conversão, o tráfego inválido resulta em cliques e instalações fraudulentas ou fake, que não geram nenhum engajamento real, o que pode levar a taxas de retenção de usuários mais baixas e, por fim, a uma receita menor.
Fraude em anúncios publicitários
A tecnologia pode automatizar uma série de processos. O que é visto como uma vantagem em diversas áreas, também pode ser um perigo. Robôs podem automatizar qualquer ação no fluxo do usuário ou no próprio site ou aplicativo, enviando cliques, atribuindo instalações de aplicativos e ativando eventos in-app falsos, sem gerar qualquer engajamento real. Também criam contas falsas, preenchem formulários e incluem produtos no carrinho de um marketplace.
O aprimoramento constante fez com que a fraude nos anúncios digitais aumentasse 300% em quatro anos, conforme pesquisa da Statista. "As consequências disso consistem em dados totalmente poluídos. Muitas pessoas sequer sabem que 28% do tráfego digital não é humano de acordo com dados da Adobe", pontua.
Para drenar o investimento, cibercriminosos usam bots, fazendas de cliques e outros métodos para imitar o comportamento humano, o que leva ao aumento de cliques, impressões e conversões do anúncio.
A especialista explica que a fraude está dentro do guarda-chuva do tráfego inválido, que consiste em toda interação feita por usuários não-humanos ou que não tenham interesse no produto ou serviço anunciado. Podem aparecer por meio de cliques de concorrentes ou acidentais, tráfego de bots e adware/malware.
Aplicativos financeiros e outros alvos de criminosos
Os aplicativos de finanças estão entre os mais baixados nos celulares, com quase seis bilhões de usuários no mundo todo. E o Brasil se destaca: esteve entre os três países que mais baixaram esse tipo de app. Os holofotes acesos sobre isso direcionam a atenção de criminosos.
“Um banco digital internacional, cliente da TrafficGuard, identificou 20% de tráfego inválido vindos de anúncios de promoção de app. Com o uso de tecnologia para identificar o problema em tempo real, foi possível otimizar US$ 100 mil por mês”, diz a Gerente de Marketing.
Além disso, de acordo com a especialista, todos os anunciantes, independente do segmento, devem se atentar ao problema. “Setor de turismo, educação, e-commerce e financeiro estão entre os mais afetados, mas a verdade é que toda marca que invista em anúncio digital deve se prevenir contra tráfego inválido. Não é questão de saber se são alvo de criminosos, porque isso é fato, mas quanto estão tendo prejuízo ao não protegerem seus anúncios", complementa Tamirys.
Como driblar a atividade dos criminosos
Os fraudadores usam métodos cada vez mais sofisticados, dificultando a detecção e o controle da atividade de bots. Por esse motivo, a implementação de uma tecnologia que identifique essa atividade em tempo real é fundamental para que as empresas consigam maximizar o retorno do investimento e proteger seu orçamento.
“Para driblar a fraude, que evolui de tempos em tempos, é preciso contar com tecnologia avançada, que use várias camadas de proteção, combine uma série de regras e use inteligência artificial e machine learning para identificar em tempo real interações suspeitas com o anúncio e possam bloqueá-las antes que impactem o budget da campanha”, finaliza.
SOBRE A TRAFFICGUARD
A TrafficGuard é uma empresa australiana líder em detecção e prevenção de fraude e tráfego inválido em anúncios digitais. Fundada em 2015, está listada na bolsa de valores de Sydney (ASX: AV1) e tem atuação global, com escritórios na Austrália, Singapura, Índia, Reino Unido, Croácia e Brasil. Atende mais de 4.000 clientes ao redor do mundo.
A solução antifraude está disponível globalmente no marketplace do Google Cloud e já conquistou prêmios como: Effective Mobile Marketing Awards, MarTech Breakthrough Awards, App Growth Awards e Future Digital Platinum Award.