Muitas pessoas optam por financiar um veículo para realizar mais rapidamente o sonho de ter um carro ou moto. Esse conceito está no imaginário do brasileiro, e muitas pessoas fazem de tudo para conquistar este objetivo.

Entretanto, o financiamento de automóveis pode ser uma dívida a longo prazo, sendo preciso pensar com muito cuidado e fazer um planejamento antes de iniciar este processo, uma vez que pode acabar tendo problemas no futuro.

Isso porque muitas vezes a dívida acaba ficando muito alta, correndo os riscos de perder o veículo para a instituição financeira.

Inclusive, antes de começar a se preparar para a revisão e o emplacamento de carro, é necessário pensar em todos os detalhes necessários para a aquisição do mesmo.

Por isso, é preciso compreender todos os prós e contras de um financiamento para ser capaz de identificar se está optando pelo melhor com o financiamento.

Para conseguir identificar esses elementos, o primeiro ponto é começar pelo básico.



Quais são os tipos de investimento existentes?

Para adquirir um veículo, há diversas formas de financiamento. Você precisa ficar atento a qual modelo está sendo ofertado e identificar se ele entra em seu orçamento, bem como se não vai causar prejuízos no futuro.

Um carro tem uma série de custos que devem ser levados em conta na hora da compra. Você pode ser pego desprevenido se precisar de uma bateria de carro 60 amp ou algum outro equipamento e não tiver o valor acessível no momento.

1 - Consórcio

Uma das maneiras mais conhecidas de financiamento, o consórcio é uma forma de ajuda mútua em grupo, controlada por uma instituição financeira em particular.

O consórcio funciona da seguinte forma: você opta por uma faixa de valor que deseja obter para comprar o veículo e escolhe o tempo que pretende pagar por este crédito. Então, um pagamento mensal deve ser feito mesmo sem ter o veículo em mãos.

Junto de você, um grupo de pessoas fará o mesmo procedimento, aumentando o capital acumulado pela instituição financeira. 

Durante o período de pagamento, periodicamente números são sorteados, e se você for contemplado, receberá a carta de crédito para comprar o veículo.

Após efetuar a compra, já é importante pensar em formas de proteger seu novo bem. Por isso, a adesivação de carros é uma excelente dica para começar a proteger a estrutura.

Além do sorteio, você pode adiantar algumas parcelas na forma de um lance para conseguir o veículo, aumentando suas chances de recebê-lo. 

Neste caso, não são cobrados juros pela negociação, embora você tenha que pagar uma taxa de manutenção para a instituição.

Caso fique inadimplente antes de receber o veículo, você fica incapacitado de participar do sorteio até a regularização. Se já tiver sido contemplado, a empresa pode agir normalmente nos trâmites da lei para reaver o valor devedor.

Uma das principais vantagens no consórcio é que, caso você tenha algum desfalque financeiro e não possa continuar contribuindo, se não estiver com o bem em suas mãos, pode optar por se tornar desistente.

Nestes casos, você consegue reaver seu dinheiro ao final do consórcio e não é incluído em cadastros restritivos. Entretanto, é preciso lembrar-se que estes consórcios podem levar um longo tempo antes da devolução dos valores de fato ocorrerem.

2 - Crédito Direto ao Consumidor

O CDC, ou Crédito Direto ao Consumidor, trata-se de um empréstimo financeiro no qual a instituição disponibiliza o dinheiro necessário para a compra do veículo e cobra em parcelas fixas, acrescidas de juros.

É importante ter em mente que durante todo o período em que a dívida continue ativa, você não será capaz de negociar o veículo, ainda que ele esteja em seu nome. Isso é uma forma de proteger a instituição do caso de inadimplência.

Depois de escolhido esse modelo de financiamento, basta levar o veículo para o primeiro emplacamento de moto e começar a utilizá-lo.

Ademais, as taxas e juros neste tipo de negociação são realizadas diretamente na assinatura do contrato e tem caráter imutável, ou seja, não se modificam ao longo dos pagamentos.

Em caso de inadimplência, a instituição pode tomar o carro e levá-lo a leilão para quitar a dívida e qualquer despesa judicial. Vale lembrar que, caso sobre dinheiro depois de pagos todos os valores devidos, esse dinheiro é devolvido ao contratante.

No entanto, o CDC é o modelo que oferece taxas de juros menos atraentes, o que faz com que o custo da operação seja o maior de todos. Depois de juntar todos os valores com juros e taxas das instituições, acaba sendo uma operação com custo muito elevado.

Entretanto, existem algumas vantagens neste tipo de financiamento. 

Se você se programar corretamente, o adiantamento de parcelas pode tornar essa opção muito mais interessante, uma vez que o desconto é realmente significativo e o valor pode ser investido em reparos e higienização interna de carros, por exemplo.

Além disso, quanto mais você conseguir adiantar, menos juros irá pagar, uma vez que se você adiantar seis meses do valor, por exemplo, terá como desconto toda a taxa de juros do período, diminuindo muito o valor final do veículo.

Se você precisa de formas mais fáceis de pagamento, esta pode ser a sua melhor opção. Isso porque você pode fazer o pagamento por boleto bancário, que pode ser entregue em sua residência ou baixado no site da instituição credora, ou optar por débito automático.

Muitas empresas, visando o conceito de adimplência, acabam oferecendo descontos para quem opta pelo débito automático. Portanto, é importante ter em mente que o valor deve estar disponível em sua conta no dia do pagamento.

3 - Leasing

O leasing funciona como uma espécie de aluguel. O carro fica no nome da instituição financeira, que faz o pagamento e cobra parcelas fixas do comprador. 

Aqui, as regras de taxas e juros seguem a ideia do CDC, sendo fixadas a partir do momento da assinatura do contrato.

A ação cabível em caso de inadimplência também é a de tomada judicial e leilão, mas neste caso, o contratante não recebe nenhum valor de volta, mesmo que o leilão passe o valor devido.

É preciso que o veículo esteja em perfeitas condições para uma boa utilização, por isso, você pode precisar ter o contato de uma oficina de funilaria de confiança.

Em contrapartida, em casos de leasing você pode negociar o veículo, passando a dívida restante para o novo comprador, o que permite que você consiga uma recuperação sem precisar ir na justiça ou correr o risco de perder dinheiro.

O leasing é isento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que o torna uma excelente opção em termos de taxas. 

Entretanto, as tarifas da instituição com relação ao leasing podem ser muito altas, e é importante que você faça uma boa pesquisa antes de bater o martelo na compra.

Esse tipo de financiamento não permite antecipação de parcelas e, inclusive, cobra uma multa por rescisão de contrato caso você queira antecipar algum valor. 

Isso a torna uma opção menos interessante do que o CDC se seu interesse é diminuir a diferença de valores sempre que tiver uma oportunidade.

A forma de pagamento do leasing é acordada entre o cliente e a instituição financeira, embora normalmente eles também optem pelos mesmos modelos que o CDC, como o débito automático e o boleto bancário.

Esse valor tem que estar alinhado com os gastos mensais, como a troca de óleo carro em casos de muita circulação.

Outras formas de pagamento podem existir, mas essa ação deve ser acordada anteriormente com ambas as partes, e é preciso levar em consideração que este tipo de financiamento não permite amortização.

Afinal, qual é a melhor alternativa?

Normalmente, quando você vai financiar um veículo, os juros ficam pré-determinados na assinatura do contrato. Isso significa que essa taxa é fixa e que se mantém da primeira à última parcela.

No entanto, os juros de um financiamento veicular são altíssimos, e você acabará pagando quase o dobro do valor do veículo comprado, uma quantia que não será recuperada em uma revenda.

Se você precisa de um veículo, o melhor caminho pode ser procurar uma boa forma de conseguir lidar com os valores e entrar oficialmente em um financiamento. São casos de pessoas que:

  • Possuem parentes com dificuldade de mobilidade;

  • Moram muito longe do emprego;

  • Precisam do veículo para efetuar o trabalho;

  • Possui outras dependências para suas tarefas do dia a dia.

Por conta disso, o ideal é que você espere para conseguir adquirir um veículo à vista. Somente se houver uma grande necessidade de possuir o veículo, deve se pensar em um financiamento.

Por fim, ter um carro próprio pode ser um sonho para alguns e uma necessidade para outros, principalmente para aqueles que acabaram de conseguir sua carteira de habilitação carro e moto

Entretanto, é um investimento de valor elevado, sendo necessário ter em mente sua capacidade de pagamento e de manutenção do veículo quando iniciar um financiamento.

Principalmente pelo fato de que um veículo demanda custos de manutenção para funcionar, e você deve ser capaz de bancar o financiamento.

Por isso, se não houver uma necessidade imediata na aquisição do veículo, muitas vezes o ideal é juntar o dinheiro para comprá-lo à vista. Dessa forma, você evita as armadilhas financeiras que podem se apresentar no caminho.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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