Divulgação Reprodução

A pandemia do novo coronavírus teve muitos efeitos diferentes na nossa sociedade. O mais intenso e mais sentido, claro, foi o impacto sanitário e em vidas. Foram 2 milhões de infectados no Brasil desde o início da pandemia, além de mais de 80 mil mortes.

No entanto, outros danos indiretos começaram a ser sentidos na nossa vida em sociedade, mesmo que a gente não perceba em um primeiro momento. Um dos exemplos disso foi o aumento no consumo de bebidas alcoólicas durante a quarentena.

Segundo uma pesquisa da Fiocruz, o Brasil já era um país com alto consumo de álcool. Cerca de 30% da população consumia pelo menos uma dose de álcool todos os meses, além de 2,3 milhões de pessoas apresentarem os critérios para classificação de dependência alcoólica.

No entanto, a situação pode ter ficado mais séria nessa quarentena. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), o aumento de vendas de bebidas alcoólicas aumentou em 38% nas distribuidoras de bebidas pelo país e em 27% nas lojas de conveniência.

Isso indica que, de fato, as pessoas estão consumindo mais álcool nessa quarentena, o que pode ter consequências negativas para a sociedade em geral. No entanto, a situação só pode ser gerenciada se for compreendido os motivos para esse aumento de consumo.

É claro que a situação da pandemia do novo coronavírus é uma das mais estressantes que gerações inteiras tiveram de enfrentar. Pela primeira vez em muitos anos, a população inteira corre o risco de se infectar de um vírus que não faz distinção de nenhum tipo de classificação e o número de mortes impressiona, algo que não acontecia desde a última Guerra Mundial.

Além disso, o impacto social do vírus é enorme. A única forma de manter a taxa de contaminação e internação dentro do aceitável é com o isolamento social. Por causa disso, a vida das pessoas mudou da água para o vinho (sem a intenção do trocadilho). Por exemplo, o nível de cuidado mais básico nessa situação envolve usar a máscara quando sair de casa e lavar as mãos com água e sabão, além de álcool gel 70%.

No entanto, essa mudança é apenas superficial. As pessoas passaram a trabalhar de casa (quem pode, claro) e isso muda a perspectiva sobre a vida. Até mesmo a percepção de tempo de muita gente ficou alterada, uma vez que todos os dias parecem os mesmos.

Essas alterações causam impactos muito mais profundos do que os outros. Por isso, é normal que as pessoas não reparem nisso em um primeiro momento, uma vez que estão lidando com as consequências dessas mudanças.

Ficar preso em casa, além do fato de ter uma pandemia global com milhares de mortos no mundo todo, faz com que a ansiedade fique a mil e o estresse também. Uma das maneiras mais comuns de aliviar essa situação, pelo menos em casa, é com o consumo de álcool, o que age como um estimulador para que as pessoas bebam mais.

Outro elemento que ajuda com o aumento no consumo de bebidas é a facilidade de obtê-las na pandemia. É claro que não é mais fácil do que obtê-las antigamente, mas ainda assim é bem fácil, já que existem aplicativos de delivery que trabalham com isso.

Por exemplo, é bem fácil solicitar por bebidas delivery em Rappi, um dos aplicativos de entregas mais famosos do Brasil e da América do Sul. Em poucos minutos, o usuário pode ter uma garrafa da sua bebida favorita entregue em casa, sem precisar sair para comprar no supermercado.

Outro fator que ajuda a estimular o consumo de bebidas durante a quarentena do novo coronavírus é o fato de que as pessoas estão trabalhando de casa. Isso permite que o trabalho seja visto de maneira mais superficial, sem tanta seriedade em termos de comportamento. Por exemplo, você pode trabalhar de pijama ou no sofá, desde que não precise fazer videochamadas com as outras pessoas.

Por causa disso, é comum que as pessoas fiquem com vontade de uma cerveja ou uma taça de vinho depois do almoço, o que aumenta o consumo de bebida alcoólica.

O principal risco disso, claro, é o desenvolvimento de dependência química. Se o álcool é usado como um elemento que alivia o estresse da pandemia, pode ser muito fácil ficar dependente dele uma vez que o estresse e a ansiedade não vão embora logo.

Além disso, há o fato de que o álcool está intimamente ligado à violência doméstica. Por isso, infelizmente, não é uma surpresa ver que os casos de denúncias de violência doméstica também começaram a aumentar nessa pandemia, uma vez que as pessoas estão mais tempo em casa e com maior consumo de álcool.

Por isso, é importante ter alguns cuidados ao consumir álcool nessa pandemia, para evitar desenvolver problemas como uma dependência ou algo pior.

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