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A desenvoltura dos monotrilhos como transporte médio de passageiros ao longo do dia tem dividido opiniões em SP. Afinal, a capital paulista teria estrutura para suportar esse tipo de investimento? Confira as vantagens e desvantagens desse modal.

Lidando com o maior trânsito do Brasil, o governador de São Paulo adota, em meio a uma discussão, mais um meio de locomoção: o chamado monotrilho. Trata-se de um trem elétrico suspenso que possui pneus encaixados em um trilho, com aproximadamente 15 metro de altura. Essa antiguidade poderá ter a sua circulação de volta, em breve, na capital paulista.

O governo de São Paulo defende que a capacidade de transportar um maior número de passageiros, além do transporte coletivo, pode ajudar a reduzir a quantidade de carros nas vias urbanas, amenizando o fluxo de trânsito e dando maior qualidade de vida aos habitantes.

No entanto, o monotrilho tem sido visto com certo mau gosto pela população, pois, trata-se de mais um meio de transporte ocupando as ruas e atrapalhando o fluxo de carros. Além de que, algumas pessoas consideraram o cenário como uma poluição urbana. Tudo isso tem dividido opiniões dos habitantes e arquitetos especialistas do estado de SP.

Capacidade de agregar passageiros menor do que o metrô

Enquanto o metrô tem capacidade para transportar até 2.000 pessoas, o monotrilho terá apenas a metade. Tudo isso já pode ser usado como justificativa pelos profissionais operacionais do metrô que, afirmam que a população que pretende usufruir do monotrilho será a mesma e não surtirá grandes efeitos. 

Apesar de a Secretaria de Transportes Metropolitanos afirmar que a linha 15 irá operar em pequenos intervalos para atender a demanda, não fará muita diferença para o desconforto dos passageiros: é o que afirmam alguns pesquisadores da extensão territorial urbana. 

A ideia é que o transporte opere por 90 segundos, mas como o veículo tem a margem de apenas 75 segundos por parada, isso equivale a 40 partidas por hora, envolvendo a situação crítica de 38 mil passageiros em cada intervalo.

Para o arquiteto e urbanista da Ambiens Sociedade Cooperativa, especialista em gestão urbana, é normal que todo modal de transporte coletivo tenha impactos positivos e negativos para quem usufrui e também para o território em que estará em circulação.

A paisagem precisa de componentes que não interfiram na sua estrutura e na identidade visual do ambiente. Por isso, é importante verificar a aceitação do modelo de transporte pela população que, consequentemente, será afetada pela falta de privacidade entre as edificações. São questões relevantes e que devem ser levadas em consideração.

Menor custo benefício em relação ao metrô

O governador estadual escolheu o monotrilho devido ao seu custo benefício em relação ao metrô. Isso porque um monotrilho custa, em média, R$ 70 a 130 milhões por km, enquanto o metrô possui um alto custo equivalente a R$ 300 milhões por km. Todo esse custo envolve o sistema de sinalização, bem como a sua construção. 

O monotrilho tem como ocupação oferecer um transporte médio, não excluindo o metrô e nem outras linhas de operação. Funcionará apenas como um suporte para que a população possa se locomover em horários de pico. A questão a ser debatida é se vale a pena o investimento e quais os impactos urbanísticos que essa nova modalidade poderá causar, tanto em relação à estrutura, quanto à paisagem.

Apesar de algumas desvantagens, vale lembrar que o intuito do governo estadual é equilibrar a alta demanda de passageiros por isso, o modal servirá de suporte ao metrô. São duas linhas que podem operar em paralelo por isso, é uma pauta de discussões intensas que precisam da opinião de especialistas em urbanística.
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