Cuidar do homem, dos animais e do meio ambiente. É isso que a biossegurança busca por meio de ações, estudos ou procedimentos para evitar os riscos causados pelo uso de agentes químicos, físicos e biológicos.
Esses perigos estão em todo lugar, em diversos ambientes e atividades, como pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços.
Para a biossegurança, uma área em especial expõe mais riscos, a biotecnologia. Isso porque quando manipulamos micro-organismos, plantas ou animais, a fim de fabricar produtos, colocamos em perigo a integridade dessas fontes. Justamente por isso, a biossegurança é tão necessária!
O termo biossegurança começou a ser mais debatido a partir dos anos 70, época em que a biotecnologia teve grande avanço, e quando começou a se discutir sobre a questão dos transgênicos e os seus efeitos à saúde do homem, animais e planeta.
O uso sadio e sustentável de produtos alimentícios derivados da biotecnologia e suas aplicações para a saúde humana são critérios que também se enquadram nas preocupações da biossegurança, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
Grande preocupação da biossegurança: engenharia genética
O termo “biossegurança” pode ser usado para qualquer assunto relacionado aos produtos de biotecnologia. No entanto, um deles exige uma preocupação especial: a engenharia genética.
Ela gera preocupações tanto de saúde humana quanto ambiental. Isso porque a engenharia genética tem a capacidade de modificar e reprogramar os seres vivos, o que pode causar alguns impactos que, até hoje, não são bem definidos pela ciência.
A base da engenharia genética são as tecnologias de DNA recombinante. Na época em que isso foi descoberto, nos anos 70, foram estabelecidas até medidas de contenção e procedimentos laboratoriais. Inclusive, os produtos com essa origem vinham com alertas de “bio risco” ou “bio perigo”. Com o tempo e a imposição comercial, os termos foram substituídos pelas biossegurança.
Os produtos transgênicos, os Organismos Geneticamente Modificados (OGM’s), ainda são considerados uma novidade e há pouco conhecimento científico sobre seus riscos. Por isso, para que haja a liberação das plantas transgênicas para plantio e consumo em larga escala, é indispensável que estudos de biossegurança sejam realizados, por meio de análises criteriosas.
Lei de Biossegurança
A Lei de Biossegurança, que existe desde 2005, tem enfoque nos riscos envolvidos nas técnicas de manipulação de organismos geneticamente modificados. O órgão que regula essa lei é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, da qual fazem parte profissionais de diferentes ministérios e indústrias tecnológicas.
As normas de biossegurança, licenciamento ambiental, mecanismos de monitoramento e rastreabilidade desses produtos são uma maneira de assegurar que não haverá danos a curto ou longo prazo devido ao seu uso. Essas medidas ajudam a controlar as infecções em funcionários das empresas e de toda a comunidade consumidora.
Fonte de Pesquisa: Fornari Indústria