Descubra por que entender as gerações no Brasil mudou completamente minha forma de liderar equipes, educar filhas e até de me relacionar com minha própria mãe. Será que o TikTok realmente destruiu tudo ou apenas acelerou o que já estava mudando? Venho vivendo essa ponte entre mundos há 49 anos e quero te mostrar, com o coração aberto, o que aprendi analisando, pesquisando, questionando e concluindo.
Saudações, Auto Desenvolvedor. Eu sou Alessandro Turci, criador do SHD – Seja Hoje Diferente, nascido em 1976 na zona leste de São Paulo, filho de um tempo em que a novela das oito parava o país e o rádio era a internet dos pobres. Hoje lidero TI industrial, estudo Desenho Humano, aplico metodologias ágeis e convivo diariamente com pessoas de cinco gerações diferentes dentro da mesma empresa e da mesma casa. Este texto nasce das conversas que tenho com vocês, dos áudios de WhatsApp que recebo às duas da manhã, das dúvidas de pais e filhos que se sentem em planetas diferentes. Vamos juntos nessa viagem do rádio ao TikTok, porque entender as gerações não é só curiosidade histórica – é a chave para parar de brigar e começar a se conectar de verdade.
Eu cresci ouvindo Trio Parada Dura no vinil do meu pai enquanto minha avó rezava o terço na cozinha ao som da Rádio Nacional. Minha filha mais velha, Brenda, nasceu em 2003 quando o Orkut estava começando. Mylena, nascida em 2011, nunca viveu sem smartphone. Três gerações na mesma casa, quatro mundos na mesma mesa de jantar. E na empresa onde trabalho há 24 anos, tenho colaboradores da geração silenciosa que ainda escrevem relatórios à mão até estagiários que comunicam tudo por Reels. Viver isso na pele me obrigou a parar de julgar e começar a traduzir.
Há algumas semanas recebi um áudio longo de uma consultante de 42 anos, mãe de dois adolescentes. Ela chorava falando que não reconhecia mais os filhos, que eles viviam “grudados naquele celular” e que ela mesma se sentia uma péssima mãe por não conseguir acompanhar.
Alessandro, eu sou de uma geração que brincava na rua até escurecer, como eu faço para entender esses meninos que acham normal gravar dancinha no TikTok?
A dor dela era a minha dor de anos atrás, quando tentava explicar para minha mãe por que eu passava horas no computador em 2001.
Naquele momento, como analista de Desenho Humano, respondi olhando para os tipos energéticos dela e dos filhos. Ela é Manifestadora, energia explosiva que precisa iniciar, mas estava tentando controlar tudo. Os filhos, um Gerador e uma Manifestadora Jovem, precisavam de resposta sacral e espaço para experimentar. Expliquei que o problema não era o TikTok em si, mas a falta de tradução entre linguagens geracionais. Dei a ela um passo a passo simples que uso até hoje em casa e na empresa:
Primeiro, pare de demonizar a ferramenta e observe o que ela entrega de valor para aquela geração. Segundo, entre no mundo deles por 15 minutos por dia sem julgamento – grave um vídeo bobo junto, mesmo que saia horrível. Terceiro, use o Kanban pessoal para criar momentos analógicos obrigatórios na semana: jantar sem celular, caminhada no parque, jogo de tabuleiro.
Quarto, aplique a Técnica Pomodoro invertida com eles: 25 minutos de tela livre seguidos de 5 minutos de conversa olho no olho. Funciona. Em duas semanas ela me mandou outro áudio, agora rindo, contando que o filho ensinou ela a fazer transição no CapCut e que pela primeira vez em anos conseguiram conversar de verdade.
Essa conversa me levou a uma reflexão pessoal profunda. Eu mesmo já julguei muito. Em 2010 achava ridículo o Facebook da minha esposa. Em 2015 torcia o nariz para o Snapchat da Brenda. Em 2020 brigava com a Mylena por causa do TikTok. Até que percebi o padrão: toda geração nova assusta a anterior. Meus avós achavam televisão coisa do diabo. Meus pais diziam que videogame atrofiava o cérebro. Eu repetia o mesmo discurso. Quebrei o ciclo quando entendi que tecnologia não destrói valores – ela apenas muda a forma de expressá-los.
No trabalho aplico isso o tempo todo. Tenho um colaborador de 68 anos, da geração silenciosa, que é puro Gerador no Desenho Humano: responde com “uhum” sacral e entrega resultado impecável quando respeitado no ritmo dele. Ao lado dele senta um Projetor de 23 anos que vive de Reels e precisa de reconhecimento constante. Em vez de forçar ambos ao mesmo molde, criei rituais híbridos: reunião semanal presencial para o mais velho sentir pertencer e canal no WhatsApp com feedback rápido e emojis para o mais novo sentir visto. Resultado? Produtividade subiu 40% no setor e o turnover caiu quase a zero.
Do ponto de vista do Desenho Humano, cada tipo energético atravessa as gerações de forma diferente.
O Manifestador baby boomer aprendeu que precisava pedir licença para iniciar, muitas vezes calando sua natureza.
O Gerador millennial foi ensinado a se sacrificar pelo trabalho, ignorando a resposta sacral.
O Manifestador Gen Z já nasce dizendo “eu faço do meu jeito” e grava no TikTok sem pedir opinião.
O Projetor da Geração X, como eu, passou a vida sendo chamado de preguiçoso por não ter energia constante, até descobrir que sua força está no guia.
E o Refletor, raro em qualquer geração, sempre foi o termômetro da família, sentindo antes de todo mundo quando algo estava fora do eixo.
A grande sacada é parar de querer que o outro mude de geração e começar a traduzir amor na linguagem que ele entende. Minha mãe nunca vai fazer Reels, mas aceitou que eu grave Stories contando as histórias dela. Minha filha mais nova nunca vai entender a emoção de esperar uma semana pela próxima fita VHS alugada, mas chora assistindo comigo o filme Conan o Bárbaro de 1982 porque sente a energia que aquela trilha sonora carrega para mim.
FAQ
Como explicar para um adolescente que passar horas no TikTok pode fazer mal sem parecer antiquado?
Mostre com curiosidade genuína: pergunte o que ele gosta nos vídeos e depois compartilhe um documentário de 15 minutos no YouTube sobre algoritmos viciantes. Informação + conexão funciona melhor que proibição.
Vale a pena empresas contratarem pessoas de todas as gerações?
Sim. A diversidade geracional é o maior ativo intangível que existe. Um time só de Gen Z inova rápido mas queima rápido. Um time só de boomers tem experiência mas resiste à mudança. A mistura certa cria equilíbrio perfeito.
É possível um pai da Geração X entender de verdade um filho da Geração Alpha?
Mais que possível, é necessário. Comece escutando sem interromper por 10 minutos seguidos. Depois pergunte: “me ensina algo que você ama fazer aí no celular?” Troca de poder gera respeito mútuo.
Conclusão
Entender as gerações brasileiras do rádio ao TikTok me ensinou que o tempo não destrói, ele transforma. Como líder de TI que vive Scrum e Kanban, sei que a única constante é a mudança – e como Projetor no Desenho Humano, minha função é guiar essa mudança com reconhecimento e convite, nunca com força. O segredo que carrego há anos é simples: traduza, não julgue. Entre no mundo do outro por alguns minutos e convide-o para entrar no seu. Assim construímos pontes em vez de muros.
Anotação de estudo para seu caderno SHD hoje: “Minha missão não é fazer o outro voltar no tempo, mas trazer o melhor do meu tempo para enriquecer o tempo dele – e deixar que ele faça o mesmo comigo.”
Sentiu a energia deste artigo? Não interrompa sua transformação agora: antes de sair, mergulhe ainda mais fundo explorando outro conteúdo do Seja Hoje Diferente (SHD) e mantenha vivo o impulso da mudança.
Para potencializar seu desenvolvimento e integrar-se a um movimento de apoio, confira no rodapé do blog como receber notificações especiais do SHD no WhatsApp. Deixe também o seu comentário logo abaixo — sua opinião e seus insights são fundamentais para continuarmos essa conversa. Que sucesso, saúde, proteção e paz estejam sempre presentes na sua jornada.



Postar um comentário
A reflexão só se torna completa quando compartilhada! Deixe seu comentário e ajude a ampliar este diálogo sobre a condição humana, conectando suas perspectivas às de outros leitores. Cada interação aqui não apenas enriquece este espaço, mas também fortalece o propósito de inspirar desenvolvimento e crescimento por meio de ideias e aprendizados em Psicologia, Filosofia, Espiritualidade e muito mais. Participe e faça deste lugar um ponto de encontro de reflexões transformadoras!