Seríamos a geração que testemunharia um novo evento exclusivo.

Houve uma febre há poucos dias. Um cometa surgiu em nosso sistema solar. Passou como tantos outros — com algumas variações e mudanças que, aos olhos de grandes astrônomos, são fascinantes e cheias de novas descobertas.

Mas nada disso permaneceu no campo científico. O fenômeno foi capturado pelas redes sociais. O algoritmo silencioso povoou a cabeça de muitos. De repente, já não era um cometa: transformou-se em uma nave espacial, em oportunidade de encontrarmos vida extraterrestre. Um alien, como nos filmes.

Seríamos a geração que testemunharia um novo evento exclusivo.

Mas… para quê?

Para alimentar o caos público.
Uns sentiam medo, outros vibravam de entusiasmo, e as redes sociais exibiam de tudo: desde teorias afirmando que, ao se aproximar do Sol, o cometa o destruiria, até narrativas dizendo que ele se transformaria em uma nave alienígena.

E, nesse turbilhão, poucas mentes — tomadas pelo caos e pela “verdade” distorcida — perceberam que tais narrativas poderiam significar nossa destruição ou nossa servidão.
Mas tudo bem?

Era realmente isso que desejávamos?
Pagaríamos para ver um extraterrestre?
E certamente não seria o simpático ET de Steven Spielberg, escondido na garagem e resgatado por uma bicicleta ao luar.

Isso é manipulação.
E muitos estão sendo manipulados.

Você já parou para observar como o mundo reage a um simples evento cósmico?

O caso do Cometa3I/ATLAS é um exemplo claro de como as redes sociais manipulam para gerar engajamento através do medo.

Enquanto o cometa segue sua rota normal, a fábrica de FakeNews entra em ação: o objeto celeste vira nave alienígena, ameaça de colisão com o Sol, ou qualquer outra narrativa de terror capaz de colocar os mais desavisados em pânico.

Evgeny Morozov, em Big Tech: A ascensão dos dados e a morte da política, provoca:

“Será a crise das fake news a causa do colapso da democracia?
Ou seria ela apenas a consequência de um mal-estar mais profundo, estrutural, que está em desenvolvimento há muito tempo?” (p. 183)

A passagem do cometa e o espalhamento de notícias falsas refletem o que testemunhamos na construção (ou desconstrução) da nossa democracia e do nosso próprio cérebro— e da nossa própria capacidade crítica de analisar, filtrar, observar.

As reações se polarizam: uns acreditam e espalham; outros riem, como se fosse piada. 
Mas o assunto é sério.

O problema vai além do digital.
Na vida, no trabalho e em diversos ambientes, quantas “fake news” são criadas e acabam destruindo reputações, ignorando trajetórias e causando sofrimento?
Lutar contra uma mentira não é simples.
Muitas vezes, as pessoas acreditam mais no espetáculo da inverdade do que na justificativa da verdade.

É disso que tratamos: a necessidade de plugarmos nossa mente ao universo da consciência.

Um chamado ao Despertar Humano, como propõe a Filosofia SHD — expandir a consciência para além das fake news, criar um espaço equilibrado para discussões e cultivar lucidez em meio ao barulho.

E surge o papel central do Algoritmo da Consciência:

Qual é o nosso papel nesse cenário?

Seremos transmissores do pânico — ou promotores do pensamento crítico?

Por: ALGORITMO DA CONSCIÊNCIA

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