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A Batalha Épica das Rádios Rock em SP: Kiss FM, 89 FM e Brasil 2000
Ilustração Reprodução Divulgação.

Reviva a guerra das rádios rock em São Paulo! Kiss FM, 89 FM e Brasil 2000 marcaram gerações. Descubra curiosidades e por que o rock ainda pulsa!

Saudações, meus amigos, familiares, colegas de trabalho — e você, que me acompanha de algum canto do Brasil ou até mesmo do mundo! É com alegria que venho falar com vocês aqui no SHD: Seja Hoje Diferente, um espaço para inspiração, reflexão e transformação diária. Hoje, vou levar você de volta a um tempo em que o rock dominava as ondas do rádio em São Paulo, especialmente no meu bairro, Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. Se você, como eu, viveu os anos 90 com um rádio de pilha colado no ouvido, prepare-se para uma viagem nostálgica pela batalha épica entre Kiss FM, 89 FM e Brasil 2000. E, sim, vou contar como essa rivalidade era quase como torcer por Corinthians ou Palmeiras — com direito a discussões acaloradas e até algumas brigas!

Por que o rádio rock era tão especial em São Paulo?

Cresci em São Paulo, uma cidade que pulsa energia, caos e cultura. No final dos anos 80 e início dos 90, a Zona Leste, onde vivo até hoje, era um caldeirão de influências: a Galeria do Rock no centro, os rolês na Liberdade e as tardes ouvindo vinis com amigos. Mas o que realmente dava o tom da nossa adolescência era o rádio. Naquela época, sem Spotify ou YouTube, as rádios rock eram nossa trilha sonora, nossa identidade. Kiss FM, com seu rock clássico, 89 FM, a Rádio Rock, e Brasil 2000, com uma pegada alternativa, disputavam nossos corações — e nossos ouvidos.

Lembro de estar com meus amigos no campinho do bairro, com um rádio portátil sintonizado na 89 FM, ouvindo “Smells Like Teen Spirit” do Nirvana, enquanto alguém gritava: “A Brasil 2000 toca mais underground, é melhor!”. Era como escolher um time de futebol. A lealdade à sua rádio era quase sagrada, e as discussões podiam esquentar. Afinal, o rock não era só música — era um estilo de vida.

Kiss FM: O lar do rock clássico

Se eu tivesse que descrever a Kiss FM em uma palavra, seria “raiz”. Desde que comecei a ouvir, por volta dos 17 anos, ela era a rádio que me conectava ao rock clássico que minha avó Carmem, com quem morei por anos, também curtia indiretamente. Bandas como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath ecoavam pela casa, e eu imaginava ela, com seu jeito peculiar, balançando a cabeça enquanto eu aumentava o volume.

A Kiss FM sempre teve essa vibe de “rock de verdade”. Era a rádio que você sintonizava para ouvir os solos de guitarra de Jimi Hendrix ou o vocal inconfundível de Ozzy Osbourne. Em São Paulo, onde o trânsito caótico da Radial Leste já me fazia perder a paciência, a Kiss era como um amigo que dizia: “Calma, cara, coloca um AC/DC e respira fundo”. Hoje, aos 49 anos, ela continua sendo minha rádio do coração, especialmente quando dirijo até a fábrica de tomadas e interruptores onde trabalho, a 30 minutos de Ermelino Matarazzo.

89 FM: A Rádio Rock que agitava a galera

A 89 FM, autoproclamada “A Rádio Rock”, era o oposto: jovem, rebelde e cheia de energia. Nos anos 90, ela era a trilha sonora dos rolês na Galeria do Rock, onde eu passava horas fuçando vinis e camisetas de bandas. Tocava de tudo: de Guns N’ Roses a Pearl Jam, passando por Red Hot Chili Peppers. Era a rádio dos adolescentes de São Paulo, dos skatistas da Praça Roosevelt e dos headbangers que lotavam os shows no Anhembi.

Lembro de uma vez, em 1993, quando eu e meus amigos estávamos na Liberdade, e alguém trouxe um toca-fitas com a 89 FM gravada. Tocou “Creep” do Radiohead, e foi como se o mundo parasse. A 89 tinha esse poder: ela trazia o que era novo, o que estava bombando. Mas, confesso, às vezes eu achava que ela tentava agradar demais. Enquanto a Kiss FM era fiel ao rock clássico, a 89 flertava com o pop rock, o que gerava debates acalorados entre a galera do bairro.

Brasil 2000: O underground da Zona Leste

E então havia a Brasil 2000, a rádio que parecia feita para quem queria se sentir diferente. Ela era a escolha de quem curtia sons mais alternativos, como The Cure, Sonic Youth ou até bandas brasileiras como Legião Urbana e Titãs. Em Ermelino Matarazzo, onde o rock nem sempre era o gênero dominante, a Brasil 2000 era como um segredo compartilhado entre os mais “cult”. Eu me sentia meio arqueiro do zodíaco, com meu signo de Câncer e alma de Dragão de Fogo, buscando algo único ao sintonizar 107.3 FM.

A Brasil 2000 tinha uma vibe mais introspectiva, quase como uma conversa com um amigo mais velho que te apresentava bandas que ninguém conhecia. Lembro de ouvir “Losing My Religion” do R.E.M. enquanto jogava RPG com meus irmãos, Odirlei e Ulisses, na sala de casa. Era como se a rádio entendesse nossa busca por identidade em meio ao caos de São Paulo.

A rivalidade: mais que música, uma questão de identidade

Agora, vamos ao que realmente pegava fogo: a rivalidade. Nos anos 90, escolher entre Kiss FM, 89 FM e Brasil 2000 era como declarar sua tribo. No meu bairro, tinha até briga! Eu já vi amigos discutindo no bar sobre qual rádio tocava o “melhor rock”. Era quase como torcer por Corinthians (como meu pai, Euclécio) ou Palmeiras (como meu avô Romeu). Eu, palmeirense por influência do avô que nunca conheci, sempre achei que a Kiss FM vencia pela consistência, mas confesso que a 89 me pegava pelo impacto imediato.

Essa rivalidade não era só sobre música. Era sobre quem éramos. O rock, para nós, era rebeldia, liberdade, um jeito de gritar para o mundo que éramos mais do que o trânsito da Marginal Tietê ou as contas para pagar. E as rádios eram nossas bandeiras. Você já sentiu isso com alguma música ou rádio da sua adolescência? Qual era a sua “tribo” naquela época?

Como as rádios moldaram São Paulo e o rock brasileiro

São Paulo sempre foi o coração do rock no Brasil. Segundo dados da época, a cidade concentrava 60% do mercado de shows de rock no país nos anos 90, e as rádios tinham um papel crucial nisso. A 89 FM trouxe o grunge e o rock alternativo para as massas, enquanto a Brasil 2000 dava espaço para bandas nacionais como Raimundos e Planet Hemp. Já a Kiss FM, com sua pegada clássica, mantinha viva a chama do rock’n’roll puro, conectando gerações.

Essa diversidade fez de São Paulo um caldeirão musical. Enquanto no meu bairro, Ermelino Matarazzo, o som das rádios ecoava nos quintais e nas ruas, no centro da cidade, a Galeria do Rock era o templo onde todos se encontravam. Eu mesmo passei muitas tardes lá, entre 1988 e 1993, caçando vinis do Metallica ou camisetas do Iron Maiden. Era como se as rádios fossem a trilha sonora da nossa busca por pertencimento.

A filosofia SHD e o legado do rock

No SHD, nossa filosofia é clara: Analisar, Pesquisar, Questionar e Concluir. Aplicando isso ao rock, vejo que essas rádios não eram só sobre música, mas sobre conexão. Elas nos ensinavam a questionar o status quo, a buscar autenticidade. Como canceriano, sempre fui movido por emoção, e o rock me dava isso. Como Dragão de Fogo, eu queria algo que queimasse, que marcasse. E essas rádios entregavam.

Hoje, olhando para trás, vejo que o rock me ajudou a construir resiliência, algo que estudo na Psicologia Positiva e aplico na minha vida. Quando minha companheira, Solange, enfrentou o câncer de mama em 2023, ou quando perdi minha mãe, Ivone, no mesmo ano, foi o rock — e a Kiss FM no rádio do carro — que me trouxe de volta ao centro. É como o Mindfulness: estar presente, sentir a música, deixar ela te guiar.

Comparando Ermelino Matarazzo com o cenário das rádios

Viver em Ermelino Matarazzo, onde cresci e ainda moro, é como ouvir a Brasil 2000: um lugar que nem todo mundo entende, mas que tem uma energia única. São Paulo, com sua imensidão, é como a 89 FM — vibrante, caótica, cheia de possibilidades. E a Kiss FM? Ela é como a casa do meu pai, onde construí minha própria casinha: firme, clássica, um porto seguro. Cada rádio reflete um pedaço da cidade e da minha história.

O que o futuro reserva para o rock em São Paulo?

Com o avanço do streaming, as rádios perderam um pouco do brilho, mas a Kiss FM segue firme, agora também online. A 89 FM voltou em 2012, após um hiato, e a Brasil 2000 ainda tem seu público fiel. O rock, como São Paulo, não para. Ele se reinventa. Como diria a Futurologia, o futuro do rock está na conexão entre o analógico e o digital, entre o vinil e o Spotify.

Eu, que já passei por um Super Nintendo na adolescência e hoje lidero a TI na fábrica onde trabalho, sei bem o que é se reinventar. E o rock, meus amigos, é isso: reinvenção. Então, que tal ligar o rádio, sintonizar a Kiss FM e deixar o som te levar? Qual música te faz lembrar dos anos 90?

Conclusão

Escrever sobre essa batalha das rádios me fez reviver os dias em que o rock era minha bússola. Kiss FM, 89 FM e Brasil 2000 não eram só estações — eram nossas vozes, nossas tribos. Espero que essas histórias e reflexões tenham te inspirado a revisitar suas memórias musicais ou até a explorar o rock que pulsa em São Paulo. Qual rádio marcou sua vida? Conta aqui nos comentários!

Sucesso, saúde, proteção e paz para você! Até breve, meus amigos do SHD — Seja Hoje Diferente. Antes de se despedir, que tal explorar um pouco mais? Confira os Artigos Relacionados abaixo ou descubra os destaques no nosso TOP 10 da semana. Cada clique em um novo conteúdo é uma forma de apoiar e fortalecer o SHD — e ao abrir mais de um artigo, você contribui diretamente para que essa comunidade continue crescendo. Quer ficar por dentro dos principais artigos do dia? Acompanhe nosso canal no Telegram.

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