Minha volta por cima: Um pedido de desculpas a mim mesmo

Não é sobre provar nada, mas se perdoar e evoluir. Descubra como fazer as pazes consigo mesmo e viver a vida que você merece, com humor e nostalgia!

Bem-vindo ao SHD! Se você ainda não me conhece, sou Alessandro Turci, nascido em 1976, um apaixonado por tecnologia e por histórias humanas que cruzam o tempo e o espaço. Desde 1999, quando os blogs ainda eram uma novidade cheia de charme, venho escrevendo e compartilhando ideias pela internet. Hoje, meu lar digital é o Seja Hoje Diferente, um espaço onde misturo reflexões úteis, um toque de humor e aquela nostalgia gostosa que nos leva de volta aos anos 60, 70, 80, 90 e até os 2000. Trabalho com TI, mas meu coração pulsa forte por estudos humanos e universais – e é exatamente essa mistura que trago para você nos meus textos. Hoje, quero falar sobre algo que, acredito, já passou pela cabeça de muita gente: dar a volta por cima. Mas não do jeito que você talvez esteja pensando. Não é sobre provar nada para ninguém, nem sobre esfregar sucesso na cara de quem duvidou. É sobre algo mais profundo, mais íntimo – um pedido de desculpas a nós mesmos.

Vamos imaginar o tema como uma jornada. Não é sobre o destino final, aquele momento em que você olha para trás e diz “consegui!” para os outros. É sobre o caminho, sobre as paradas que fazemos para olhar para dentro e reconhecer onde falhamos com nós mesmos. Quantas vezes você já aceitou menos do que merecia? Quantas vezes deixou o medo ou o cansaço te derrubarem antes mesmo de tentar? Eu já fiz isso mais vezes do que gostaria de admitir. E é por isso que esse assunto importa tanto. Ele nos lembra que a verdadeira vitória não está em mostrar algo para o mundo, mas em fazer as pazes com quem somos. É um tema que toca na nossa essência, naqueles momentos em que percebemos que o maior obstáculo, muitas vezes, não está lá fora – está aqui dentro.

Eu sempre fui aquele cara que gostava de planejar tudo. Na adolescência, lá nos anos 90, eu sonhava em ser um mestre dos computadores – era a época do Windows 3.11, dos disquetes barulhentos e do som mágico da conexão discada. Mas, junto com esses sonhos, vinham as inseguranças. Eu me lembro de desistir de um curso de programação porque achei que não era “inteligente o bastante”. Aceitei um emprego mediano, ignorei minhas ambições e deixei o medo falar mais alto. Anos depois, percebi que não era o mundo que tinha me rejeitado – fui eu que me abandonei. Dar a volta por cima, para mim, começou quando parei de buscar aprovação externa e decidi me perdoar por aquelas escolhas. É como se eu tivesse dito: “Desculpa, Alessandro Turci, por duvidar de você. Vamos tentar de novo?”

E sabe o que é interessante? Esse processo não é linear. Não é como nos filmes dos anos 80, tipo Karatê Kid, em que Daniel-san treina com o Sr. Miyagi, vence o torneio e pronto, está tudo resolvido. Na vida real, a volta por cima é mais como um episódio de Friends – cheia de idas e vindas, momentos engraçados e outros em que você só quer sentar no sofá da Monica e repensar tudo. Às vezes, você avança três passos e recua dois. Mas cada passo conta. Pense em um exemplo prático: talvez você tenha um sonho de mudar de carreira, mas o medo de falhar te paralisa. Que tal começar pequeno? Um curso online, uma conversa com alguém da área, um rascunho de plano. Não é sobre provar nada para os outros, mas sobre mostrar a si mesmo que você merece essa chance.

Agora, me deixa te fazer uma pergunta: você já parou para pensar em quantas vezes se cobrou por algo que não precisava carregar? Tipo, eu já me culpei por não ter “chegado lá” aos 30 anos e nem aos 40 anos, como se a vida tivesse um prazo de validade. A resposta é simples, mas poderosa: ninguém define o seu ritmo, só você. Perdoar-se por essas cobranças é libertador. É como tirar um walkman velho e quebrado da mochila e trocá-lo por um MP3 novinho – você se livra do peso e ganha espaço para o que realmente importa. E aqui vai um fato curioso: estudos mostram que o autoperdão está ligado a uma melhor saúde mental. Pessoas que conseguem se reconciliar com seus erros tendem a ter menos ansiedade e mais resiliência. Não é mágica, é ciência – e um pouquinho de coragem.

Por falar em coragem, eu adoro lembrar de uma cena de De Volta para o Futuro, de 1985. Marty McFly só consegue mudar seu destino quando acredita em si mesmo, não quando tenta impressionar os outros. Claro, ele tinha um DeLorean e um cientista maluco pra ajudar, mas o princípio é o mesmo! Nos anos 70 e 80, a cultura pop nos vendia essa ideia de heróis invencíveis, mas hoje eu vejo que o verdadeiro heroísmo está em ser honesto consigo mesmo. Minha volta por cima não tem trilha sonora épica nem efeitos especiais – tem silêncio, reflexão e pequenos passos. E, com um toque de humor, eu diria que é como trocar o cabelo cheio de laquê dos anos 80 por um corte mais leve: você se sente mais você.

Então, o que podemos tirar disso tudo? Dar a volta por cima é um ato de amor próprio. Não é sobre gritar para o mundo que você venceu, mas sobre sussurrar para si mesmo que você merece estar em paz. Dos estudos humanos, aprendemos que somos seres em constante evolução, capazes de nos reinventar a cada dia. Do universo, entendemos que o tempo é um aliado, não um inimigo – ele nos dá chances infinitas de recomeçar. 

Minha dica prática? Comece hoje. Escreva uma carta para si mesmo, pedindo desculpas por algo que você se cobra. Guarde-a ou queime-a, mas sinta o peso saindo dos ombros. E, se puder, compartilhe esse texto nas redes sociais – quem sabe ele não inspire alguém a fazer o mesmo?

Um forte abraço e até a próxima!

Alessandro Turci

Grato pelo apoio