O desespero geralmente se manifesta em momentos de estresse e pânico extremos.

Quando uma situação parece não ter saída, nos deixamos levar por sentimentos e pensamentos que tiram a nossa paz e habilidade de pensar com clareza. 

Sua manifestação está comumente associada às situações enfrentadas pela maioria das pessoas, como estresse no trabalho, desentendimentos na família, convívio com amizades tóxicas, morte de alguém próximo, e o nosso próprio pessimismo no modo de levar a vida. Assim que essas passam, no entanto, ele desaparece.

A sua permanência é sinal de que existe um problema maior que merece um olhar mais cuidadoso.

Quando olhamos ao redor e não encontramos a segurança e o conforto que desejamos para nos manter bem no dia a dia, significa que a desesperança se instalou em nosso íntimo.

O que é desespero?

O desespero é um estado emocional de extrema tensão, ansiedade e medo.

A pessoa mergulhada neste estado não consegue sair com facilidade, pois sua percepção negativista contribui para que esteja sempre para baixo. Quando recorrente, torna-se clínico e pode assumir o controle das emoções. 

Uma característica marcante do desespero clínico é a falta de significado do sentimento. Não há ameaças iminentes, sofrimento ou circunstâncias perigosas. Mesmo assim, a pessoa vivencia este estado de novo e de novo. 

Ele toma conta em cenários comuns da vida cotidiana, aumentando a proporção dos sentimentos e pensamentos negativos.

Assim, a pessoa acredita que a situação é mais problemática do que realmente é. Esta maneira de pensar acaba alimentando o seu estado emocional delicado.  

Durante uma crise, você pode ser dominado pelo pânico, angústia e grande aflição. Já outra pessoa na mesma situação pode sentir ansiedade, tremores no corpo e taquicardia.

Em outras palavras, não há sintomas específicos. Os fatores constantes são a sensação de perda de controle e a desesperança.

Quais as causas para o desespero?

O desespero está associado a alguns transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e, principalmente, a síndrome do pânico. 

Comumente, também é provocado por eventos negativos na vida da pessoa, como traumas, divórcio, demissão, morte de alguém querido, abuso, uso de substâncias químicas, entre outros.

Muitas pessoas que sofrem com crises têm dificuldade para lidar com suas emoções e sentimentos no cotidiano.

Quando existe muita raiva, ressentimento e culpa reprimida em nosso interior, em algum momento de nossas vidas esses sentimentos terão que sair. Não necessariamente através de acessos de raiva ou de choro, mas por meio de transtornos mentais, pensamentos ruins – podendo até mesmo chegar a ser suicidas – e instabilidade emocional. 

A repressão de paixões, sonhos, desejos e emoções positivas no geral também podem resultar em um cenário semelhante. Por isso, não devemos deixar as nossas vontades em segundo plano.  

Em suma, existem diversas causas que alimentam este estado emocional instável e desesperador. Um diagnóstico definitivo vai depender da história, do passado, da criação e crescimento de cada pessoa. 

Se você frequentemente sofre com ataques incontroláveis de desânimo, insatisfação ou pânico, saiba que é possível mudar e reconquistar a saúde mental. 

Passos para combater o desespero
Para combater este sentimento com sucesso, você precisa, acima de tudo, firmar um compromisso. Um compromisso com você mesmo, sem pressão, para iniciar o processo de cura. 

Por que isso? Processos como esse não são fáceis e requerem muita perseverança, paciência, autoamor e disciplina.

Possivelmente, você terá que deixar a zona de conforto para encontrar um caminho além do desespero. 

Isso implica em remodelar o seu estilo de vida e forçar as suas limitações. Mas faça isso da maneira mais confortável e segura possível para não prejudicar o seu emocional.

Assumir um compromisso pessoal é apenas uma forma de motivação extra. 

1. Quebre o padrão negativo

Assim que notar a repetição de comportamentos prejudiciais, tire um momento para se afastar da situação e pensar. Essa autopercepção se torna mais fácil com a prática.

Quando começamos a desenvolvê-la, nem sempre é possível interromper o padrão negativo, mas percebê-la já é um grande começo.

Quando enxergar o padrão, procure analisá-lo. Por que você está agindo dessa maneira? É produtivo ter esse comportamento? O que ele irá ajudá-lo de alguma forma? 

Tudo em sua vida deve ser feito ou pensado ou sentido para ser benéfico para você. Se não está sendo bom, então, tem algo errado. Por mais que pensamentos ruins tentem nos dizer o contrário, o bem-estar é a verdade absoluta. 

Toda vez que perceber a repetição do padrão de comportamento nocivo, lembre-se disso para ajudar a combatê-lo.

2. Procure racionalizar o problema

Este passo é semelhante ao anterior. Os problemas que nós criamos são geralmente bem maiores do que a realidade. As pessoas ao nosso redor nem percebem que a situação é um problema para nós por ser tão corriqueira.  

A melhor forma de racionalizar um problema e torná-lo menos assustador é racionalizando-o. Se preferir, coloque as ideias no papel para ajudar na visualização. Responda as seguintes perguntas:

O que é este problema?

Por que ele me traz medo/angústia/ansiedade/aflição?

Qual é o pior cenário em minha mente? (Imagine com todos os detalhes o que lhe causa desconforto referente ao problema)

O que é mais provável acontecer na realidade? (Imagine com todos os detalhes o desenrolar mais realístico)

O desespero faz com que a pessoa se vicie em fantasias trágicas. Ela se imagina sendo mal atendida numa loja, sendo vítima de violência verbal ou física, sendo ignorada por amigos e familiares. Na realidade, no entanto, esses cenários raramente se concretizam. 

Essas perguntas lhe ajudarão a acalmar a mente, mostrando para ela que não há nada a temer. É possível fazer este exercício antes de qualquer situação para que seja mais fácil administrá-la. 

3. Faça exercícios de respiração e relaxamento

O relaxamento deveria ser uma prática diária para todas as pessoas. Aliado a respiração profunda, ele é capaz de aliviar nossas preocupações, renovar a mente e injetar uma boa quantidade de entusiasmo e positividade para o dia que se segue. 

Comece respirando profundamente. Puxe o máximo possível de ar para encher os pulmões, segure a respiração por três segundos e exale também por três segundos. Neste exercício, os músculos relaxam e a mente se aquieta.   

Preferencialmente, faça o exercício todas as manhãs e noites. Com o tempo, você conseguirá executá-lo rapidamente em todos os lugares, garantindo relaxamento imediato. A meditação também é uma prática excelente para obter esse resultado.

4. Acredite no processo de mudança

Mudar não é fácil!

Quem está passando por momentos difíceis, raramente consegue ver ou acreditar na luz no fim do túnel. Todos os conselhos, dicas e passos são vistos como inúteis, pois a crença de que é impossível viver melhor é mais forte. 

Essa mentalidade, porém, não é correta. Para que seja possível fazer movimentos de mudança, você precisa acreditar que eles o ajudarão a ter uma vida melhor.

Não é fácil encarar a si mesmo e perceber seus defeitos, falhas e erros, mas não é impossível. 

Tenha paciência. 

Ninguém acorda no dia seguinte como a melhor versão de si mesmo. Se não tiver todas as respostas para seus questionamentos agora, saiba que elas aparecerão com o tempo. Precisamos estar prontos para recebê-las, por isso, não chegam no momento em que desejamos. Enquanto aguarda, seja otimista. 

5. Identifique as possíveis causas

Reflita sobre sua história para encontrar a possível causa do seu atual momento de vida. Encontre pensamentos, emoções, crenças, comportamentos e atitudes que contribuíram para a evolução deste estado desesperador. 

Existe um acontecimento, como um trauma ou acidente, que criou este sentimento? Um momento que hoje você vê como decisivo para chegar a sua situação presente? 

Quando descobrimos a origem de nossos problemas, se torna mais fácil aceitá-los e encontrar soluções eficazes para eles. É provável que leve um bom tempo – algumas pessoas demoram anos para encontrar a causa – para identificar o motivo certo.

A autorreflexão, contudo, ajuda descobrir fatores e pequenos detalhes que possam ter ajudado a agravar este sentimento extremamente negativo. 

6. Encontre uma forma de terapia

Se você tentou encontrar a origem para o desespero e tudo ficou ainda mais difícil, procure ajuda profissional. Durante a sua busca, você pode esbarrar em memórias dolorosas e sentimentos de difícil administração.

Para não se sobrecarregar com as descobertas, visite um psicólogo.  

O atendimento psicológico auxilia neste processo de identificação da causa.

A psicoterapia é capaz de dizer se ela está relacionada a um transtorno mental ou acontecimento traumático do passado. 

Além disso, as emoções e pensamentos negativos que alimentam este comportamento não são apenas investigados, mas também resignificados com a psicoterapia.

Logo, os sentimentos ruins se tornam coisas boas, como coragem, alegria, amor-próprio, autoestima, criatividade e, enfim, felicidade. 

Todavia, ressalta-se que essa transformação é resultado de sessões regulares e enfrentamentos constantes.

O psicólogo irá ajudar a tornar esses momentos menos árduos e garantir os melhores resultados para você. 

Seguindo esses passos, você será capaz de efetivamente controlar o desespero bem como construir e perpetuar um estado de espírito mais alegre e confortável.  


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