*Por Ana Debiazi, CEO da Leonora Ventures e Alaíde Barbosa, CEO da Capri Venture

O ano de 2022 foi sinônimo de fortes emoções para os investidores, seja aqueles do mercado de ações, seja do universo das startups. No início de 2023, com o cenário macroeconômico mundial ainda projetando crise, a alta dos juros somada à inflação global, a ameaça de recessão nas principais economias do mundo e a instabilidade política global, a perspectiva segue temerosa. Afinal, vimos recentemente os investimentos em startups, por exemplo, recuarem 44% em comparação a 2021.

De acordo com um levantamento da Distrito, no primeiro semestre de 2022, foram investidos apenas US$ 2,92 bilhões em startups nacionais. Em dezembro, a bolsa de valores caiu a ponto de zerar os ganhos do ano e começar a dar prejuízo aos investidores. Por isso, muita coisa ainda está por vir no mercado de ações quando voltamos os olhares para 2023. No Brasil, ainda viveremos os três primeiros meses do novo governo com muita instabilidade até que o mercado entenda os rumos da economia do país.

Porém, nem tudo está perdido. Vamos olhar o que de bom aconteceu e como podemos investir nosso dinheiro e ajudar a fomentar a economia brasileira. Refiro-me, então, ao mercado de investimentos em startups. Quando se investe em empresas do tipo, principalmente em early stage, damos a oportunidade de um novo negócio crescer, gerando emprego e renda e ainda resolvendo problemas em todos os segmentos da economia.

Historicamente, investimentos em venture capital pagam prêmio de risco, com retornos superiores a outras classes de ativos, como a bolsa ou a renda fixa, por exemplo, que gera rendimento de 12% a 14% ao ano. Não à toa, em um levantamento realizado pela Forbes, constatou-se que das 400 pessoas mais ricas do mundo, 92% fizeram suas fortunas investindo em equity (private equity ou venture capital).

Investir em empresas em fase inicial já deveria ser uma rotina de todo investidor com mais apetite ao risco em nome de ganhos exponenciais no futuro. No Brasil, um estudo do Insper, em parceria com a Spectra e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), analisou o desempenho dessas modalidades de transações no país entre 1984 e 2021. O levantamento identificou que foram investimentos lucrativos apesar da turbulência na economia brasileira e da desvalorização do real, com retornos históricos anualizados de 17,5% – mais do que o dobro do Ibovespa, que registrou rendimento anual médio de 7,4% entre 2010 e 2020.

É que as startups conseguem responder rapidamente à crise, adequando-se ao mercado. As demissões vistas em 2022, por exemplo, foram ações necessárias frente às adversidades. Já era esperada a redução das captações, tendo em vista o receio dos investidores. Portanto, essas companhias se ajustaram para queimar menos caixa e seguirem ativas.

Toda crise traz oportunidades. Para os investidores, a hora é agora. Os valuations foram regularizados, os fundadores estão cientes de que para receber um aporte precisam demonstrar escalabilidade, força de vendas e custos baixos. Todos já entenderam que fazer voo solo é muito mais arriscado do que estar junto de quem agrega, que é o caso das ventures builders. Além de dinheiro, a expertise e o apoio de estratégia e gestão são fundamentais para mitigar o risco do investidor.

Mesmo com as circunstâncias atuais, as chances de o investidor encontrar boas startups e conseguir retornos expressivos são grandes. Trata-se de empresas com alto perfil de resiliência, baixo investimento e alta performance. Porém, é sempre bom lembrar a importância de montar uma carteira aderente ao seu perfil de risco e que não se limite apenas a um tipo de ativo.

Investir em uma startup é fácil e sem burocracia. Além disso, é muito mais do que apenas colocar seus recursos financeiros para obter rendimento. É possível movimentar a economia do país, pois o dinheiro investido não vai ficar parado em um fundo apenas acumulando juros; os fundadores da startup vão alocar os recursos para contratar equipe, melhorar a tecnologia, entre outras ações. O foco será o desenvolvimento da empresa o mais rápido possível. Consequentemente, o valor investido será direcionado para aumentar o valuation da companhia.

*Ana Debiazi, é CEO da Leonora Ventures, uma corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação;  Alaíde Barbosa, é CEO da Capri Venture, uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet.

Sobre a Leonora Ventures

A Leonora Ventures é uma Corporate Venture Builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação. Nascida das iniciativas do Grupo Leonora, empresa que está presente há 37 anos no mercado, sendo a segunda maior distribuidora de produtos de papelaria do Brasil e presente em mais de 11 mil estabelecimentos, e do Grupo FCJ, maior Venture Builder da América Latina, a Leonora Ventures é mão na massa e eleva o potencial escalável das startups em que atua. 

Para mais informações, acesse: https://leonoraventures.com.br/ 

Sobre a Capri Venture

A Capri Venture Builder é uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet. Tem como idealizadores a conceituada empresa Anilhas Capri, líder na identificação de animais silvestres, que firmou parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional pioneira e líder no segmento de venture builder na América Latina. Como a primeira Pet Corporate Venture Brasil, atua em todo segmento com alta expertise em pássaros e genética de animais. 

Para mais informações, acesse https://capri.builders/ 

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