Juscelino Kubitschek (1902-1976) ex-presidente do Brasil governou entre 1956 e 1961. Durante seu mandato construiu Brasília, a nova capital do País, inaugurada no dia 21 de abril de 1960.

Por Dilva Frazão

Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu na cidade de Diamantina, em Minas Gerais, no dia 12 de setembro de 1902. Filho do caixeiro-viajante João César de Oliveira e da professora Júlia Kubitschek, ficou órfão de pai aos três anos de idade.

Estudou no Seminário de Diamantina, onde concluiu o curso de humanidades. Em 1919, presta concurso público para telegrafista e no ano seguinte vai morar em Belo Horizonte.

Médico

Em 1922, ingressa no curso de Medicina da Universidade Federal de Belo Horizonte. Em 1927, conclui o curso. Estudou cirurgia em Paris com o professor Maurice Chevassu e estagiou no hospital Charité de Berlim em 1930.

De volta a Minas Gerais, casou-se com Sara Lemos em 1931. Foi nomeado capitão-médico da polícia mineira, chefiando o hospital de sangue de Passa Quatro, onde se destaca como cirurgião durante a revolução 1932.

Vida Política

Em 1934, Juscelino Kubitschek ingressou na política como chefe de gabinete de Benedito Valadares, na ocasião, interventor federal em Minas Gerais. No mesmo ano, elegeu-se deputado federal, mas perdeu o mandato em 1937, com o advento do Estado Novo, quando a Câmara foi fechada. Voltou a exercer a Medicina.

Entre 1940 e 1945 foi prefeito de Belo Horizonte, numa administração, que projetou o nome do ainda desconhecido arquiteto Oscar Niemeyer, com as obras do bairro da Pampulha. Depois de filiar-se ao PSD, conquistou novo mandato de deputado federal, em 1946.

Em 1950 foi eleito governador de Minas Gerais. Nessa época, com base no desenvolvimento da energia e do transporte, criou as Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG), e construiu cinco usinas para a produção de energia elétrica, elevando em trinta vezes o potencial instalado do estado.

Presidência da República

Logo após o suicídio de Getúlio Vargas, com o apoio do PSD e do PTB, mesmo com a oposição na União Democrática Nacional (UDN) e de alguns setores militares, foi eleito presidente da República em 1955. Sua posse só foi garantida após a intervenção do então Ministro da Guerra, General Teixeira Lott, em novembro daquele ano, após uma tentativa de golpe militar.

Com o propósito de realizar um vasto programa de desenvolvimento econômico, Juscelino Kubitschek estabeleceu um Plano de Metas, com 31 objetivos, dos quais eram prioritários: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Construiu duas usinas hidrelétricas: “Três Marias” e “Furnas”. Abriu grandes rodovias e pavimentou as já existentes, como a ligação entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte e a construção das estradas Belo Horizonte-Brasília, Belém-Brasília e Brasília-Acre.

A Construção de Brasília

A construção de Brasília era o objetivo central do Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. Já na constituição de 1891, estava estabelecido o local, no planalto central do país, onde deveria ser construída a nova capital do Brasil. O nome Brasília havia sido sugerido por José Bonifácio. Os planos urbanísticos e arquitetônicos foram concebidos pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Foram mil dias de obras e no dia 21 de abril de 1960, Juscelino inaugurou Brasília, a nova capital do país.

Exílio

Em 1961 entregou o poder ao novo presidente eleito, Jânio Quadros. Em 1962 foi eleito senador pelo Estado de Goiás. Em 1964, indicado pela convenção nacional do PSD, para disputar mais uma vez a presidência da República, preparava-se para iniciar a campanha quando eclodiu a revolução de 31 de março.

Em junho, teve seu mandato cassado pelo governo militar e os direitos políticos suspensos por dez anos. Exilado, viveu em Nova Iorque e depois em Paris. De volta ao Brasil, começou a escrever suas memórias, intitulada Meu Caminho para Brasília, em cinco volumes. Em 1975, torna-se membro da Academia Mineira de Letras.

Juscelino Kubitschek morreu em acidente automobilístico, perto de Resende, Rio de Janeiro, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro, no dia 22 de agosto de 1976.

Frases de Juscelino Kubitschek

"O otimista pode errar, mas o pessimista já começa errando."

"Não nasci para ter ódio, nem rancores, nasci para construir."

"Costumo voltar atrás, sim. Não Tenho compromisso com o erro."

"Meu sonho é viver e morrer em um país em liberdade."

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