A inflação do Real brasileiro fechou o ano de 2021 com um cenário preocupante, ao contrário do Bitcoin, que é cinco vezes menor.

Criada em julho de 1994, o Real brasileiro é a moeda nacional do Brasil, emitida e controlada pelo Banco Central. Essa foi parte do chamado Plano Real, o único que conseguiu combater o problema da hiperinflação no país, presença marcante nas décadas de 80 e 90.

A chamada inflação é uma métrica importante ser compreendida, mas poucas pessoas dão real valor a ela. Contudo, como é por aí que se mede o poder de compra de produtos e serviços em comparação com uma moeda, é importante não menosprezar esse efeito caótico na economia.

Inflação do Real brasileiro é cinco vezes maior que do Bitcoin em 2021

No último boletim Focus divulgado pelo Banco Central do Brasil de 2021, com referência do dia 31 de dezembro de 2021, a expectativa da autarquia é que o IPCA feche o ano cotado em 10,01%, mostrando que o brasileiro perdeu isso de poder de compra com a moeda nacional no último ano.

Essa medida deverá ser confirmada pelo IBGE ainda, mas mostra que o cenário não foi nada positivo com a moeda brasileira. Segundo uma fala recente do presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, a “inflação é um imposto maligno”, ou seja, não é nada legal o momento.

Com a inflação oficial do Real brasileiro medida pelo IPCA acima de 10% em 2021, essa foi cinco vezes maior que do Bitcoin no mesmo período, que foi de apenas 1,75% durante todo o ano.

O Real completa em 2022 seu aniversário de ano 28 desde sua criação, mas carrega um problema de já ter perdido quase 90% do seu poder de compra desde então.

Expectativa para o futuro?

A inflação do Bitcoin é controlada pelo mecanismo de emissão de novas moedas, que foi definido em sua criação, quando a rede começou a funcionar, há treze anos. Dessa forma, a expectativa da inflação do Bitcoin para 2022 é a mesma, de 1,75% durante todo o ano, assim como para 2023 e parte de 2024.

Isso porque, em 2024, a inflação do Bitcoin cairá pela metade, com o halving cortando a emissão de novas moedas e deverá deixar a taxa em 0,87% por alguns anos até que se corte pela metade novamente.

Contudo, o Real brasileiro depende de climas políticos e econômicos para decidir como será novas impressões da moeda, com governos tendo ainda uma certa influência na forma como o banco central emite e distribui novas moedas.

Dessa forma, o controle da inflação do Real é um pouco mais complexa, mas o BCB acredita que o IPCA feche 2022 com ela em 5,03%, ainda quase três vezes maior que do Bitcoin caso se confirme.

Como a moeda é um mecanismo de troca que depende da confiança da população em um sistema, o futuro está aberto para qual será o sistema predominante, ou se haverá coexistência entre eles.

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