Intermediadora entre empresas e investidores, a bolsa de valores promove a negociação das ações, divulgando a circulação do dinheiro e a dinamização econômica

Presente em todos os noticiários hoje, a bolsa de valores é a instituição em que se negociam ações — títulos que representam uma parcela do capital de uma empresa. É a bolsa de valores que intermedia os interesses de uma companhia que quer vender suas ações e as de potenciais compradores.

Quem as compra, torna-se sócio da entidade, dividindo lucros e prejuízos na parte financeira. Nesse processo, a empresa visa obter mais dinheiro para suas operações e, assim, crescer. Por outro lado, aqueles que adquirem ações buscam obter dinheiro a partir da valorização da empresa em que investiu.

Aquela imagem com pessoas gritando e falando no telefone, presente em diversos filmes, não existe mais. Hoje, as negociações ocorrem de forma eletrônica e são registradas em um grande computador.

Quem é muito cauteloso com as finanças, pode apresentar dificuldades para investir por receio de perder dinheiro. A bolsa de valores é dinâmica e, em um só dia, é possível ter movimentos de alta e baixa, o que pode afligir os que buscam retorno seguro para seus investimentos.

Contudo, investir na bolsa não se limita a comprar ações, existindo, na BM&FBovespa, um leque de investimentos possíveis, tais como Contratos Futuros de Moedas, Títulos de Renda Fixa, Contratos Futuros de índices e Contratos Futuros de Commodities.

Como funciona

Para haver a negociação das ações, é preciso que uma empresa disponibilize parte de seu capital, em títulos, para atrair recursos e expandir seus negócios. Ao “abrir capital”, a companhia registra as ações que dispõe a compradores na bolsa.

Os interessados em comprar devem ter uma conta em uma corretora de investimentos — instituições que distribuem as ofertas de ações, títulos ou fundos, intermediando, assim, as negociações entre compradores e vendedores. 

Começa, então, uma oferta e demanda por ações. Quem comprou os títulos pode vendê-los, por precisar do dinheiro naquele momento ou acreditar que o preço delas cairá, para outro investidor, que, por sua vez, confia que o valor das mesmas ações vai subir.

Quem desconhece o funcionamento da bolsa de valores, provavelmente, entende que essa necessidade de intermediação pelos corretores pode demorar. Contudo, tais negociações ocorrem em uma fração de segundos, por meio de uma ferramenta eletrônica denominada “Home Broker”.

Origem histórica

Estima-se que a primeira bolsa de valores no mundo surgiu por volta de 1487, na cidade belga de Bruges. O contexto era a expansão comercial vista na Europa Ocidental. Em 1531, foi criada a bolsa de Antuérpia, também na Bélgica. Considerada a primeira bolsa oficial, ela promovia a negociação de empréstimos.

As primeiras ações foram negociadas na bolsa de Amsterdã, na Holanda, em 1602. Quem abriu o capital nessa bolsa foi a Companhia Holandesa das Índias Orientais, que, na época, monopolizava a colonização na Ásia e, posteriormente, também colonizou áreas da América, como a capitania de Pernambuco.

Bolsa de valores brasileira

No Brasil, a cidade do Rio de Janeiro sediou a primeira bolsa de valores criada no país, em 1845. Já a bolsa livre, embrião da bolsa de valores paulista, foi fundada em 1890. 

Em 1891, a bolsa livre é fechada pela primeira vez, devido à Política do Encilhamento, caracterizada por intensa emissão de papel-moeda e facilitação de crédito. Em 1934, a bolsa se instala no Palácio do Café, situado no Pátio do Colégio, no centro da capital.

No ano 2000, ocorre a integração das bolsas de valores de diferentes estados brasileiros — São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Paraná. Desde então, a Bovespa passa a concentrar toda a negociação de ações do Brasil. As bolsas regionais mantêm atividades de desenvolvimento e prestam serviços às suas localidades.
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