O Deus dos Patriarcas é apenas história? Mergulhe na Antropologia Xamânica, PNL e Esoterismo para decifrar a força de 3 nomes que moldaram a fé.
Existe uma dimensão além da rotina, além das crenças fixas e dos limites que nos impõem. É o território da mente aberta, onde cada reflexão se torna uma porta e cada experiência, uma janela para novas possibilidades. Aqui não se trata apenas de ler, mas de atravessar para um espaço em que o autodesenvolvimento revela universos ocultos, e o cotidiano se transforma em viagem de consciência e propósito. Este é o limiar do SHD: Seja Hoje Diferente na qual falaremos sobre o "Deus de Abraão, Isaque e Jacó".
Essa expressão, curta e poderosa, é o cerne da identidade de Israel e o ponto de apoio da fé judaico-cristã. Não é apenas uma declaração histórica; é um código, uma fórmula de sustentação que me intrigou profundamente ao longo dos meus estudos em História das Religiões, Teologia e Antropologia da Ancestralidade.
O que significa ser o Deus de alguém? A mitologia e a etnologia indígena nos ensinam que a nomeação é um ato de poder e conexão profunda. Ao se autoidentificar como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, a divindade se vincula não a um lugar, mas a uma linhagem, a uma jornada de indivíduos. É o reconhecimento de uma aliança pessoal e sucessiva.
Abraão, o chamado e a promessa. Isaque, o filho da promessa e a perpetuação. Jacó, o transformado em Israel, o sustentado e o formador do povo. Olhando por lentes da PNL (Programação Neurolinguística), vemos aqui três estágios essenciais do desenvolvimento pessoal: Visão (Abraão), Validação/Confirmação (Isaque) e Consolidação/Identidade (Jacó). A própria divindade se apresenta através de um modelo de crescimento progressivo e continuado.
A Lei do Novo Pensamento ecoa essa progressão. Abraão teve que primeiro conceber, em sua mente, a possibilidade do impossível — uma grande descendência na velhice. Isaque herdou essa convicção, tornando-a uma realidade palpável. Jacó, em sua luta interna e externa (simbolizada pela luta com o anjo, um arquétipo de conflito interno), transformou a crença em uma identidade consolidada: Israel, o que luta com Deus e prevalece.
Lembro-me de quando comecei na fábrica de conectores, tomadas e interruptores em 2001. Eu passei por vários cargos antes de assumir o antigo CPD em 2008. Cada transição era como o nome de um patriarca: um chamado (Abraão) para uma nova função, a confirmação (Isaque) da minha capacidade em executá-la, e a consolidação (Jacó) como líder da rede de servidores e computadores. As metodologias ágeis e tradicionais que me especializei, me ensinaram que a evolução é sempre em sprint e framework, uma progressão planejada.
Olhando o contexto brasileiro, notamos como essa expressão ressoou nas diferentes décadas. Nos anos 80 e 90, com a efervescência das igrejas neopentecostais, o Deus de Abraão (o da promessa de prosperidade) era frequentemente o foco central. A ênfase era no chamado e na bênção imediata. Já nos anos 2000, o interesse se diversificou, e com a popularização da internet, o estudo bíblico se aprofundou. O foco começou a se deslocar um pouco mais para a fidelidade de Deus através das gerações, um tema mais próximo de Isaque e Jacó, conectando o passado à realidade. Nos dias atuais, em meio à crise de fé e ao sincretismo crescente, a busca é por um Deus presente e transformador, aquele que age no meio do caos, como fez com Jacó.
O esoterismo e o holismo nos convidam a ver os patriarcas não apenas como figuras históricas, mas como arquétipos da jornada da alma. O Deus que se revela a Moisés (Êxodo 3:6) como "Eu Sou o que Sou" e, em seguida, como o "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" está unindo o Eterno, o Ser Absoluto (Eu Sou), à história humana individual e familiar. Ele é o Ser Transcendente que se torna Iminente através de nossas linhagens.
A Antropologia do Xamanismo enxerga a ancestralidade como uma fonte vital de poder e sabedoria. Honrar o Deus dos Ancestrais (os Patriarcas) é reconhecer que a força e a promessa não começaram conosco, mas foram passadas. Minhas filhas, Brenda (nascida em 08.02.2003) e Mylena (nascida em 11.11.2011), são testemunhas da minha própria jornada e da perpetuação de valores. A continuidade da fé e do propósito é o legado de Isaque: o Deus que cumpre a promessa através da próxima geração.
É fascinante como Jesus usa essa expressão (Mateus 22:32) para provar a ressurreição. "Ele não é Deus de mortos, mas de vivos." Isso tira a expressão do mero contexto histórico (Antigo Testamento) e a lança para o domínio da vida eterna e do agora. A conexão ancestral é a prova de um Deus que sustenta a vida além do tempo.
Refletindo sobre a minha experiência, líder de usuários e parceiros de tecnologia em uma grande empresa, percebo o peso da fidelidade. Assim como Deus é lembrado por Sua fidelidade através dos patriarcas, a liderança eficaz é construída sobre a confiança e a consistência. É o nosso "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" particular, o código de conduta que nos guia: O chamado (Abraão) à responsabilidade, a confirmação (Isaque) nos resultados e a identidade (Jacó) da equipe formada. É o que aplico na minha carreira e na minha vida pessoal.
A Astrologia (tanto ocidental quanto chinesa) nos ensina sobre ciclos e a repetição de padrões (os júpiters de 12 anos e os taos de 60). A expressão dos Patriarcas é a âncora que nos lembra que, não importa o ciclo cósmico ou a mudança de década (os anos 80 puritanos, os anos 90 explosivos do grunge e da tecnologia incipiente, os anos 2000 da bolha e da globalização), a Fonte da Promessa e da Sustentação permanece a mesma.
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Afinal, a busca por significado é uma jornada de conexão, e até mesmo a economia pode ser um ato de propósito. O link estará disponível ao final deste texto.
A psicologia nos ensina que a integração da sombra é fundamental para a totalidade. Jacó, o trapaceiro, que se torna Israel, o príncipe de Deus, é o arquétipo da transformação – a sombra integrada. O Deus que o sustenta é o Deus que não nega nossa humanidade complexa, mas a utiliza como matéria-prima para a divindade.
SHD: Analisar, Pesquisar, Questionar e Concluir
A expressão "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" é muito mais que um título; é um mapa.
- Analisar: A expressão é um método progressivo de relacionamento: chamado (Abraão), cumprimento (Isaque) e transformação (Jacó).
- Pesquisar: Mergulhe nos estudos culturais e espirituais para entender como diferentes civilizações veem a Ancestralidade como ponte entre o humano e o divino. O que a Teologia e a Antropologia dizem sobre o poder do nome?
- Questionar: No Brasil dos dias atuais, com a pluralidade de crenças e a fluidez das identidades, qual dos três nomes ressoa mais fortemente em você? Qual aspecto da sua vida precisa de um chamado (Abraão), de uma confirmação (Isaque) ou de uma transformação (Jacó)?
- Concluir: O Deus dos Patriarcas é um Deus de aliança contínua. A fidelidade não é apenas Dele, mas o convite à nossa fidelidade ao nosso próprio propósito. Não importa a década, a promessa (o nosso propósito de vida) se perpetua através das nossas escolhas. A herança não é a história, mas a vivência do legado.
As três principais palavras sobre o Tema para pesquisar no SHD são: Ancestralidade, Aliança, Transformação.
Neste aprendemos que a expressão "Deus de Abraão, Isaque e Jacó" não é apenas um marco histórico, mas um modelo de autodesenvolvimento e progressão espiritual, onde cada patriarca representa um estágio da jornada da fé (chamado, confirmação, identidade) que pode ser aplicado à nossa vida pessoal e profissional, como um guia de fidelidade e propósito.
