O Dr. Iuri Tamazauskas, cirurgião geral do Hospital Albert Sabin, fala sobre as características da doença, seu tratamento e sua prevenção.
Diverticulite é a inflamação de pequenas “bolhas” presentes no intestino grosso, os chamados divertículos, que estão presentes geralmente em adultos com mais de 40 anos e são mais frequentes em pessoas que possuem prisão de ventre crônica ou que fazem uma dieta pobre em fibras.
“A diverticulite ocorre quando uma dessas “bolhas” entope por meio de fragmentos de alimentos ou fezes e cria a condição para que bactérias do bolo fecal se proliferem causando a inflamação e a infecção”, explica o Dr. Iuri Tamazauskas, cirurgião geral do Hospital Albert Sabin (HAS).
Segundo o especialista, o quadro clássico de diverticulite aguda se apresenta com dor abdominal no quadrante inferior esquerdo, contudo, podemos encontrar sintomas associados, como:
- Náuseas e vômitos;
- Febre;
- Prostração;
- Entre outros.
O diagnóstico da doença se dá através de anamnese e exame físico dirigidos, associados a exames complementares, nos quais se destacam os laboratoriais (leucograma e proteína C reativa) e os de imagem (tomografia computadorizada de abdome / pelve).
De acordo com o cirurgião, a maioria dos casos se apresentam com quadros leves, necessitando apenas de sintomáticos e antibióticos orais em uso domiciliar. “Casos com sintomas mais proeminentes podem precisar de internação para controle de dor, pausa alimentar e administração de antibióticos endovenosos. Em uma pequena porcentagem dos pacientes pode apresentar complicações como perfuração e acabam precisando de intervenções invasivas, como uma cirurgia ou punção por radiointervenção”.
Outra dúvida muito comum é o fato de a enfermidade acontecer após os 50 anos. O Dr. Iuri explica que com nosso envelhecimento as paredes do intestino perdem seu tônus (condição de flexibilidade e firmeza de um tecido ou órgão), possibilitando a formação das “bolhas” (divertículos).
“No mais, uma dieta balanceada, rica em fibras, e associada a hidratação adequada diminui os riscos de apresentar a diverticulite”, finaliza o Dr. Tamazauskas.
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