Brasil marcou presença no evento e participou das discussões que reforçaram a importância da sustentabilidade, economia circular e da tecnologia para o futuro da cadeia de produção
As discussões sobre os rumos da indústria do plástico estiveram em alta no mês passado. Após três anos, a Feira K voltou ao formato presencial entre os dias 19 e 26 de outubro, em Düsseldorf, na Alemanha. O evento, considerado o maior do mundo para o setor, atraiu cerca de 176 mil profissionais do mercado, empresas e especialistas de mais de 157 países, conferiram como o mercado está se transformando, tendo como foco a sustentabilidade.
Aliás, esse foi o tema-chave que esteve presente durante todos os dias da feira, seja nos estandes, nas rodas de conversa, na apresentação de produtos e soluções para obter um futuro mais sustentável para a cadeia.
Erhard Wienkamp, diretor executivo da Messe Düsseldorf, apontou o comprometimento das empresas com essa causa. “Pudemos observar claramente que todas as empresas abraçaram a necessidade de assumir a responsabilidade social e pensar os plásticos sob uma ótica sustentável desde o início da cadeia de produção. A variedade de soluções, máquinas e produtos para transformação rumo à economia circular apresentada na K 2022 foi incrível”, afirmou.
Brasil também esteve lá
O Brasil esteve entre os 157 países que marcaram presença na feira. Entre as empresas, a Nanox Tecnologia – pioneira no desenvolvimento e produção de antifúngicos, antibacterianos e antivirais por meio da nanotecnologia – foi uma delas.
É a quarta vez seguida da companhia como expositora. Segundo Daniel Minozzi, CMO da empresa, um dos temas que mais despertou a curiosidade dos visitantes foi o antimicrobiano. “As tecnologias ganharam potência durante a pandemia, já que atuam no controle microbiológico, inibindo a ação de patógenos maléficos tanto para nossa saúde, como aqueles que deterioram produtos”.
Tendo como slogan a frase “Protect your products with Nanox (Proteja seus produtos com a Nanox, em tradução livre), a Nanox destacou o efeito antiviral da nanotecnologia e os efeitos obtidos após a redução do volume de contaminação. “Durante as visitas no estande e em conversas com outros profissionais que estavam por lá, pude perceber o quanto o Brasil se tornou referência no desenvolvimento de soluções que promovem a proteção antimicrobiana atendendo os conceitos de sustentabilidade e economia circular”, contou o empresário.
Daniel destaca que a empresa trabalha com os patógenos desde 2004, mas foi com a pandemia que a aplicabilidade dos aditivos se expandiu. “Obtivemos excelentes resultados de rápida inibição contra o SARS-CoV-2. E, além disso, os plásticos inteligentes promovem um uso mais consciente e sustentável, tanto para o consumidor – em virtude da proteção antimicrobiana – quanto para a economia circular, já que não interfere em nada nos processos de reciclagem”.
Para Daniel, a cadeia do plástico está no caminho de se tornar cada vez mais sustentável. “As empresas do mercado estão sendo cobradas para adotarem uma postura cada vez mais voltada para adoção de processos eficientes e promover a economia circular. Por isso, ter marcado presença no maior evento de plásticos do mundo nos trouxe uma atualização importante sobre o que esperar do mercado nos próximos anos”.
A Nanox se destacou na K 2022 ao mostrar as novidades em tecnologias que inativam vírus, bactérias e fungos em diversos materiais do dia a dia, incluindo materiais plásticos para embalagens, linha branca, utilidades e utensílios domésticos e industriais, construção, entre outros. “Um dos pontos que chamaram a atenção em nossos produtos foi o fato de serem livres de toxicidade, tanto para adultos, crianças e pets”, finalizou.