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Descubra como as telenovelas moldam padrões de consumo no Brasil, impactando moda, comportamento e até a economia. Leia mais!

Descubra como as telenovelas moldam padrões de consumo no Brasil, impactando moda, comportamento e até a economia. Leia mais!

Olá amigos do SHD: Seja Hoje Diferente, hoje para vocês quero falar sobre um tema que faz parte da vida de milhões de brasileiros e que, muitas vezes, nem percebemos o quanto nos afeta: o papel das telenovelas na formação de padrões de consumo. Eu cresci assistindo a essas histórias que tomavam conta da TV à noite, e confesso que elas sempre tiveram um jeito especial de me fazer sonhar com um mundo cheio de glamour, dramas e, claro, produtos que pareciam indispensáveis. Não é à toa que, no Brasil, as novelas não são apenas entretenimento, mas um fenômeno cultural que mexe com nossa forma de pensar, sentir e, principalmente, comprar.

Quando penso nisso, lembro de como as telenovelas sempre foram um espelho da sociedade brasileira, mas também uma vitrine poderosa. Na década de 1980, por exemplo, eu ficava fascinado com os figurinos de "Dancin’ Days". Aquelas roupas brilhantes e modernas fizeram com que as vitrines das lojas se enchessem de peças inspiradas na personagem da Sonia Braga. Era como se, de repente, todo mundo quisesse se vestir como ela, e as marcas sabiam disso. Esse poder de influência não parou por aí. Nos anos 1990, "O Rei do Gado" trouxe o chapéu de cowboy para o dia a dia de muita gente, enquanto "Avenida Brasil", em 2012, popularizou acessórios como o famoso colar da Carminha. Eu mesmo me peguei olhando para aquelas joias na TV e pensando: “Será que ficaria bem em mim?”. É impressionante como uma trama bem contada consegue nos fazer desejar coisas que nem sabíamos que queríamos.

Mas como exatamente as telenovelas conseguem influenciar tanto o nosso consumo? Bom, eu acredito que é uma mistura de emoção e identificação. Quando assisto a uma novela, não vejo apenas atores, vejo personagens que poderiam ser meus vizinhos, amigos ou até eu mesmo. Esses personagens usam roupas, comem alimentos, dirigem carros e vivem em casas que, aos poucos, começam a parecer o ideal de vida que eu deveria buscar. Um estudo da USP mostrou que, após o sucesso de "Cheias de Charme", em 2012, houve um aumento de 20% nas vendas de esmaltes coloridos no Brasil, tudo porque as empreguetes da trama usavam unhas chamativas. Isso me faz refletir: será que compramos por necessidade ou porque queremos nos sentir parte daquele universo?

Outro ponto que me chama atenção é a conexão das novelas com a publicidade. Desde os anos 2000, as emissoras, como a Globo, entenderam que podiam lucrar muito mais inserindo produtos nas tramas. Eu já perdi a conta de quantas vezes vi um personagem tomando um refrigerante famoso ou usando um celular de última geração em cena. Isso não é por acaso. Marcas investem milhões para aparecer em horários nobres, e o resultado é que, sem perceber, eu começo a associar aquele produto a um estilo de vida desejável. Uma curiosidade fascinante é que, em "Mulheres de Areia", de 1993, o batom vermelho usado pela Ruth (Glória Pires) esgotou nas lojas em poucos dias. Quem diria que uma escolha de maquiagem em uma novela poderia virar febre nacional?

Além disso, as telenovelas também refletem e moldam tendências globais. No Brasil, elas muitas vezes adaptam hábitos de consumo que vêm de fora, como o fast fashion ou o uso de gadgets tecnológicos, e os tornam acessíveis ao público local. Quando assisti "Páginas da Vida", em 2006, notei como os personagens usavam laptops e celulares de um jeito que parecia natural, mas que, na época, ainda era novidade para muita gente. Isso me fez querer estar conectado como eles. Por outro lado, as novelas brasileiras também exportam nosso consumo para o mundo. Em países como Portugal e Angola, onde nossas tramas fazem sucesso, já vi relatos de pessoas comprando roupas e até alimentos inspirados no que aparecia na telinha.

E aí vem uma pergunta que sempre me intriga: até que ponto as novelas refletem quem somos ou nos dizem quem devemos ser? Eu diria que é um pouco dos dois. Elas pegam nossos desejos mais profundos – de beleza, sucesso, amor – e os transformam em algo palpável, muitas vezes na forma de um produto. Mas também nos mostram um Brasil idealizado, onde todo mundo tem acesso a coisas que, na vida real, nem sempre conseguimos. Isso me lembra uma frase do escritor Machado de Assis:A gente vive para se ver no espelho”. Nas novelas, esse espelho é colorido, brilhante e cheio de marcas que queremos tocar.

Pensando no lado prático, as telenovelas também têm um impacto econômico que não dá para ignorar. Nos anos 1980 e 1990, elas ajudaram a alavancar a indústria da moda nacional, enquanto hoje impulsionam o e-commerce e até o turismo. Quem nunca quis visitar uma cidadezinha mostrada em uma trama rural ou comprar um vestido igual ao da protagonista? Eu já me imaginei passeando por aquelas fazendas de "Pantanal" – a versão de 2022, claro – e, de quebra, comprando um chapéu só para entrar no clima. É um ciclo: a novela cria o desejo, o comércio aproveita, e nós, consumidores, entramos na dança.

Para quem gosta de ciência, vale destacar que estudos de psicologia comportamental já mostraram que a repetição de imagens na TV ativa o chamado “efeito de mera exposição”. Quanto mais eu vejo um produto, mais familiar ele me parece, e mais eu quero tê-lo. Isso explica por que, depois de meses acompanhando uma novela, eu sinto que preciso de um perfume novo ou de um carro igual ao do mocinho. É quase como se meu cérebro fosse programado para isso – e, de certa forma, é mesmo.

Culturalmente, as telenovelas também deixam marcas profundas. Elas inspiraram músicas, livros e até peças de teatro que, por sua vez, reforçam esses padrões de consumo. Nos anos 1980, "Roque Santeiro" virou um fenômeno que ia além da TV, com produtos como camisetas e chaveiros sendo vendidos aos montes. Hoje, com as redes sociais, esse alcance é ainda maior. Eu já vi influencers recriando looks de novelas e vendendo parcerias com marcas que apareceram nas tramas. É um universo que não para de crescer e se reinventar.

Olhando para o futuro, imagino que as telenovelas vão continuar evoluindo com a tecnologia. Quem sabe, em breve, eu possa assistir a uma trama interativa onde escolho os produtos que os personagens usam? Ou talvez a inteligência artificial crie novelas personalizadas, sugerindo itens baseados no meu gosto. O que não muda é o poder delas de nos fazer sonhar – e gastar. Como tarefa prática, sugiro que você preste atenção na próxima novela que assistir: anote três produtos que chamarem sua atenção e reflita se eles já estavam nos seus planos ou se a trama os colocou lá. Pode ser um exercício divertido e revelador.

Para encerrar, acredito que as telenovelas são mais do que histórias – elas são um convite para olharmos para nós mesmos e para o que valorizamos. Elas nos mostram que o consumo não é só sobre comprar, mas sobre pertencer, sonhar e viver um pedacinho daquelas tramas no nosso dia a dia. Que possamos usar essa influência para fazer escolhas que nos tragam alegria e significado, aproveitando o melhor do que elas têm a oferecer.

Sucesso, saúde, proteção e paz! 

Alessandro Turci

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