Morreu na noite de sexta-feira (1º/1), em São Paulo, Antonio Luiz Marchioni, o Padre Ticão, aos 68 anos. Ele estava internado desde quinta-feira (31/12), por conta de problemas cardíacos.
Padre Ticão estava no Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, devido a uma descompensação de insuficiência cardíaca preexistente, que causou redução da oxigenação sanguínea. De acordo com boletim médico de 31 de dezembro, ele estava “estável e monitorizado em UTI”. O quadro, no entanto, apresentou piora na noite de sexta. Ele testou negativo para Covid-19.
Na quinta, o vereador Eduardo Suplicy (PT) publicou, em suas redes sociais, uma mensagem de apoio a possíveis ataques que Padre Ticão vinha sofrendo de grupos conservadores. O pároco defendia o uso da cannabis medicinal para tratamento de doenças e, inclusive, oferecia cursos gratuitos para a comunidade.
Em entrevista no início da pandemia, Padre Ticão encarava com bom humor as críticas que recebia. Na ocasião, ele disse que era visto, segundo seus detratores, como “padre maconheiro”, por defender o uso da planta da maconha.
Reconhecido por luta pelos desfavorecidos, a morte de Ticão repercutiu entre políticos. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), prestou condolências em rede social: “Um guerreiro na luta pela diminuição das desigualdades sociais. Descanse em paz”.
Com muita tristeza e forte sentimento de pesar que transmito a toda comunidade da Paróquia de São Francisco, em Ermelino Matarazzo, pelo falecimento do Padre Ticão, que se encontrava internado desde quinta feira, 31, no Hospital Santa Marcelina em Itaquera, por um problema de pic.twitter.com/uvYUx37j27
— Eduardo Suplicy (@esuplicy) January 2, 2021
Por outro lado, Suplicy lamentou o falecimento do líder religioso. “Com muita tristeza e forte sentimento de pesar que transmito a toda comunidade da Paróquia de São Francisco, em Ermelino Matarazzo, pelo falecimento do Padre Ticão.”
Enterro do Padre Ticão
O corpo de Padre Ticão está sendo velado na Igreja São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, até as 14h. O enterro será no Cemitério do Carmo I, na Rua Professor Hassegawa, 725, em Itaquera.