De acordo com a lei brasileira, no terceiro domingo do mês de outubro, os relógios em alguns estados devem ser adiantados em uma hora, o que dá início ao chamado horário de verão, mudança essa que deve se manter até o terceiro domingo do mês de fevereiro, quando os relógios são novamente atrasados. O horário de verão é, portanto, uma alteração especial na marcação oficial do tempo a fim de obter determinados resultados.


Para que serve o horário de verão?


O horário de verão serve para minimizar a sobrecarga de consumo durante alguns picos diários. As horas de maior consumo de energia do dia (final da tarde) ocorrem quando as pessoas chegam em suas casas e ligam o chuveiro elétrico, a TV e outros equipamentos eletrônicos, aumentando a demanda de energia. Assim, durante o horário de verão, o maior aproveitamento da luz natural faz com que as lâmpadas de casas, indústrias, espaços comerciais, ruas e espaços públicos sejam ligadas mais tarde, quando o pico de consumo já diminuiu. Dessa forma, evita-se uma sobrecarga do sistema de distribuição de energia.

Por que o horário de verão é usado no segundo semestre do ano?

O horário de verão é estabelecido quando, a partir de outubro, os dias começam a ficar gradativamente maiores dos que as noites, com o sol nascendo mais cedo e pondo-se mais tarde (solstícios de verão). A ideia é justamente aproveitar essa duração extra da luminosidade natural, sobretudo no final do dia quando o consumo de energia é maior, para que as lâmpadas fiquem ligadas por menos tempo, economizando, assim, energia.

Quando o horário de verão foi inventado?

Ao contrário do que muitos pensam, o horário de verão não é invenção brasileira e é adotado por vários países e regiões do mundo. A ideia foi criada pelo político e cientista norte-americano, Benjamim Franklin, no ano de 1784, sendo primeiramente adotada somente no início do século XX, durante a I Guerra Mundial, pela Alemanha, país que precisava economizar os gastos com carvão mineral em razão dos tempos difíceis do combate e dos gastos militares.

Com o tempo, outros países também foram adotando a mudança anual do horário. No Brasil, ele foi primeiramente utilizado no início da década de 1930 pelo Governo Vargas que buscava uma maior economia em tempos de crise econômica mundial. A partir de 1967, o horário deixou de ser adotado e foi retomado apenas na década de 1980, graças aos problemas de produção de energia nas hidrelétricas. Todavia, a adoção do horário não era padronizada, ou seja, variava de duração e data todos os anos, de forma que sua regulamentação correta ocorreu somente em 2008 durante o Governo Lula. Tal sistema é utilizado da mesma forma até os dias de hoje.

Por que alguns estados não utilizam o horário de verão?

Os solstícios de verão apresentam os seus efeitos de forma mais notória nas partes mais afastadas da linha do Equador, haja vista que as zonas equatoriais apresentam poucas variações na duração dos dias e das noites ao longo do ano, o que torna inviável a mudança de horário. Assim, as áreas do território brasileiro mais próximas a essa faixa – no caso, as regiões Norte e Nordeste – não produziriam os efeitos necessários para a alteração no tempo.

No mapa a seguir, você poderá observar os estados brasileiros que adotam o horário de verão. Curiosamente, o estado do Acre, que já se encontra em duas horas de atraso em relação a Brasília, passa a ficar com três horas atrasado em relação à capital brasileira durante o horário especial.

Muitas pessoas reclamam que o horário de verão altera o relógio biológico dos habitantes, sendo prejudicial à saúde em troca de uma mudança muito pequena no consumo de energia. Fontes governamentais afirmam que a eletricidade economizada durante o período é de cerca de 5%. Os defensores dessa proposta, no entanto, afirmam que essa porcentagem, quando convertida em números absolutos, transforma-se em um montante financeiro elevado, o que, por si só, justificaria a existência do horário de verão.


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